Corpos das vítimas do massacre
no rio Qinhuai com um soldado japonês ao lado
O Massacre de Nanquim, também conhecido
como o Estupro de Nanquim, foi um episódio de assassinato em massa e estupros em massa
cometidos por tropas do Império do Japão contra a cidade de Nanquim, na China, durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa, na Segunda Guerra Mundial. O massacre ocorreu
durante um período de seis semanas a partir de 13 de dezembro de 1937, o dia em
que os japoneses tomaram Nanquim, que na época era a capital chinesa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Nanquim
Durante este período, dezenas de
milhares, se não centenas de milhares de civis chineses e combatentes
desarmados foram mortos por soldados do Exército Imperial Japonês.7
8
Estupros e saques
também ocorreram.9
10
Vários dos principais perpetradores das atrocidades, na altura rotulados como crime
de guerra, mais tarde foram julgados e considerados culpados pelo Tribunal Militar
Internacional para o Extremo Oriente e pelo Tribunal de Crimes de Guerra de
Nanquim, e foram executados. Outro autor chave, o príncipe Asaka,
um membro da Família Imperial, escapou acusação da por
ter imunidade, que foi anteriormente concedida pelos Aliados.
O número de mortos no massacre não pode
ser estimado com precisão porque a maioria dos registros militares japoneses
sobre os assassinatos foram deliberadamente destruídos ou mantidos em segredo
logo após a rendição do Japão, em 1945. O Tribunal Militar
Internacional para o Extremo Oriente estimou, em 1948, que mais de 200 mil
chineses foram mortos no incidente.11
A estimativa oficial da China é de mais de 300 mil mortos, com base na
avaliação do Tribunal de Crimes de Guerra de Nanquim em 1947. O número de
mortos tem sido ativamente contestado entre os estudiosos desde a década de
1980, com estimativas que variam de 40 mil a mais de 300 mil seres humanos
mortos.3
12
O evento continua a ser uma questão
política controversa, já que vários dos seus aspectos foram contestados por
alguns revisionistas históricos e japoneses nacionalistas,8
que alegam que o massacre foi exagerada ou totalmente fabricado para fins de propaganda.13
14
15
Como resultado dos esforços nacionalistas para negar ou racionalizar os crimes
de guerra, a controvérsia em torno do massacre continua a ser um obstáculo nas
relações sino-japonesas, bem como nas relações japonesas com outras nações da Ásia-Pacífico, como Coreia
do Sul e do Filipinas.
Embora o governo japonês admita que os
assassinatos de um grande número de não-combatentes, saques e outras violências
cometidas pelo Exército Imperial Japonês depois da queda de Nanquim;16
17
Japoneses veteranos que serviram em Nanquim naquela época, confirmaram que um
massacre ocorreu, mas uma presente minoria tanto no governo quanto na sociedade
japonesa tem argumentado que o número de mortos era de natureza militar e que
tais crimes de guerra nunca ocorreram. A negação do massacre (e um conjunto
divergente de revisionismos dos assassinatos) tornou-se um ponto importante do
nacionalismo japonês. No Japão, a opinião pública dos massacres varia e poucos negam a
ocorrência total do massacre.18
No entanto, as tentativas recorrentes de negacionistas de promover uma história
revisionista do incidente criaram uma polêmica que repercute periodicamente na
mídia internacional, em particular na China, na Coreia do
Sul e em outros países do Leste
Asiático.19
Civis chineses sendo enterrados vivos por soldados japoneses
durante o Massacre de Nanquim, na Segunda Guerra Sino-Japonesa
Foto tirada em Xuzhou, mostrando o corpo de uma mulher profanado como
descrito pelo missionário John Magee.
O início
Em 7 de julho
de 1937, o exército imperial japonês inicia a
execução de estratégias para conquistar Nanquim. Ao
início de agosto de 1937, a marinha imperial japonesa está
posicionada na costa e inicia sucessivos disparos de canhões à costa chinesa,
dando início ao desembarque do exército imperial japonês comandado pelo Chefe da Casa marechal Kotohito Kan'in. O desembarque
do exército imperial japonês é constante até o final de agosto de 1937,
estruturando nove unidades de infantaria e duas unidades de artilharia na costa
chinesa, que marcham em direção a cidade de Xangai sobre forte
bombardeio aéreo. Em um único fronte, conquistam as proximidades de Xangai ao
final de outubro de 1937, dando início a batalha final para conquistar Xangai,
que termina após quatro meses de combate. Xangai é conquistada ao final de
novembro de 1937. Então, o exército imperial japonês inicia e estrutura dois
frontes, um ao norte e outro ao sul de Nanquim. Dividindo-se em duas
companhias, o exército imperial japonês está a 300 km de Nanquim.
A defesa de
Nanquim
O exército chinês e civis batem
em retirada em direção a capital Nanquim após violenta derrota em Xangai. E adotam a
tática de destruição de recursos e estruturas que possam ajudar o exército imperial japonês a se
reestruturar para ganhar força e marchar em direção a Nanquim. O exército
chinês estrutura um novo fronte que se divide em três companhias, a primeira ao
norte, a segunda ao sul e a terceira ao leste de Nanquim, belicamente
inferiores ao exército imperial japonês. Contando somente com apoio terrestre
precariamente estruturado, iniciam os combates a 300 quilómetros de Nanquim.
A terceira
companhia ao leste de Nanquim inicia o combate ao exército imperial japonês
atacando a companhia do norte, a companhia comandada pelo general Matsui com
seis unidades de infantaria e uma unidade de artilharia. A companhia chinesa ao
leste é vencida pela companhia do norte do exército imperial japonês que marcha
em direção a sua posição ao norte de Nanquim. Belicamente superior à companhia do
sul, abre dois frontes ao norte de Nanquim contra a primeira companhia do
exército chinês ao norte.
A segunda
companhia ao sul inicia os combates contra a companhia do exército imperial
japonês ao sul comandada pelo general Yanagawa Heisuke, ambas as
companhias chinesas são derrotadas e obrigadas a recuar para a cidade de
Nanquim, em tentativa de abrir nova resistência ao fronte de duas companhias
japonesas que se dividem em três. A terceira companhia comandada pelo general Nakajima Kesago juntamente com
as outras duas atacam em 5 de dezembro de 1937 aos arredores das muralhas da
cidade de Nanquim ao leste, dando início a uma batalha que dura até a tomada da
cidade em 13 de dezembro de 1937.
O general Tang
Shengzhi
O general Tang
Shengzhi, responsável pelas tropas chinesas, recebe a dura missão de
defender Nanquim,
suas tropas sofreram duras baixas contra o exército imperial japonês na cidade de Xangai destruída
pelo exército imperial japonês e seus habitantes foram capturados e mortos
brutalmente.
O exército chinês, sob o comando
do general Tang Shengzhi, se ilha na cidade de Nanquim. O general Chen Cheng e o líder político e
militar Chiang Kai-shek, juntamente planejam a retirada de
tropas de elite, alegando que as tropas serão liquidadas desnecessariamente.
O general Tang
Shengzhi declara publicamente que irá manter o fronte contra as tropas do
exército imperial japonês e irá morrer na cidade de Nanquim juntamente com seu
exército e civis. Recruta então 100.000 novos soldados na cidade, muitos deles
não possuem experiência ou treinamento militar. O general Tang Shengzhi fica
ilhado na cidade sem apoio terrestre ou aéreo, suas tropas estão sem
comunicação e seus recursos bélicos sofrem constantes perdas, provocando
inúmeras desistências ao serviço militar e pânico entre os civis.
O líder político
e militar Chiang Kai-shek e o general Chen Cheng se retiram da cidade de
Nanquim juntamente com as tropas de elite, sob fortes e constantes bombardeios
da força aérea imperial
japonesa.
A cidade de
Nanquim sofre constantes bombardeios aéreos e está cercada por 9 unidades de
infantaria e 2 unidades de artilharia do exército imperial japonês, o príncipe tenente general Asaka
Yasuhiko ordena o assalto final a cidade de Nanquim. Todas as unidades de
infantaria do exército imperial japonês atacam simultaneamente a cidade de
Nanquim liquidando o exército chinês e civis sob a ordem do príncipe tenente
general Asaka Yasuhiko, que teria ordenado matar todos os prisioneiros de
guerra imediatamente. Homens, mulheres e crianças foram barbaramente mortos em
13 de dezembro de 1937 durante e após o assalto do exército imperial japonês.
O massacre
Em 13 de
dezembro de 1937,
o príncipe
tenente general Asaka
Yasuhiko ordenou o exército imperial japonês a tomar de
assalto a cidade de Nanquim com nove unidades de infantaria, executando todos os
prisioneiros de guerra.
O exército imperial japonês toma de
assalto a cidade de Nanquim com uma fúria homicida, as ruas estão repletas de
civis em sua maioria, juntamente com soldados chineses em resistência
desorganizada e em retirada. Civis e soldados chineses são fuzilados nas ruas
por soldados japoneses que buscam neutralizar a resistência de civis e
militares. O exército imperial japonês obtém o controle total da cidade de
Nanquim em poucas horas do início do assalto e inicia a organização de
prisioneiros de guerra, militares e civis de forma furiosa, homicida e
organizada. Militares e civis são separados, o exército imperial japonês
organiza o controle da cidade de Nanquim de forma brutal e homicida.
Os militares que sobreviveram ao assalto
do exército imperial japonês são identificados entre os civis e separados,
todos os soldados chineses capturados foram torturados, depois fuzilados,
enforcados ou decapitados, sofrendo uma morte brutal, uma carnificina humana.
Os civis sofrem com a fúria homicida do assalto a cidade de Nanquim pelo
exército imperial japonês, homens, mulheres, crianças e idosos são mortos
brutalmente nas ruas de Nanquim antes da organização civil da cidade. Após o
início da organização civil, os civis são separados por sexo e idade. Homens,
mulheres e crianças são procuradas pelo exército imperial japonês nas ruas, nas
casas, nos templos, muitos fugiram da organização civil. Mulheres e crianças se
refugiaram em templos na cidade de Nanquim inutilmente, as ordens superiores
são aplicadas nas ruas, nas casas, em templos pelos soldados japoneses.
Milhares de civis são fuzilados logo após a organização civil, um número
desconhecido (sabe-se que eram centenas) de pessoas entre mulheres, homens e
adolescentes são levados para uma pedreira onde havia uma imensa cratera. Os
soldados japoneses obrigaram os civis chineses a se aglomerarem na cratera,
minutos depois cercam a cratera portando metralhadoras e fuzis e abrem fogo
contra os civis. Muitos sobrevivem e agonizam na cratera, superiores ordenam os
soldados a procurarem por sobreviventes na cratera e executá-los, após a
execução de centenas de pessoas o exército imperial japonês continua a executar
civis.
Os soldados japoneses sob o comando do general Iwane Matsui realizaram a partir de dezembro de 1937 um efeito-demonstração que converteu-se numa das maiores atrocidades da história contemporânea - o "estupro de Nanquin" (Nanjing Datsusha). A guerra conduzida pelo império do sol nascente assumiu formas repugnantes.
Com a tomada de Nanquim, o massacre
tornou-se uma disciplina esportiva e forma de divertimento: os soldados
japoneses disputavam a rapidez e eficiência na decapitação dos prisioneiros. A
desumanização do inimigo alcançou uma dimensão bastante rara quando ao invés de
utilizar animais, as vivissecções passaram a ser praticadas nos civis e
militares chineses. Os prisioneiros eram também usados como alvo vivo dos
soldados japoneses nos exercícios de assalto com baionetas.
A desumanização também atinge as
mulheres e adolescentes, os soldados japoneses buscam por mulheres e
adolescentes, nas casas nas ruas, nos templos para praticar estupros coletivos
e individuais com mulheres e adolescentes chinesas. Adolescentes e mulheres são
arrastadas pelas ruas e colocadas em caminhões. Os soldados japoneses enfrentavam
a resistência de suas mães com brutalidade, socos, tapas, pontapés até tomar as
adolescentes pelos braços, pernas e arrastá-las até os caminhões para serem
escravas sexuais dos soldados e oficiais do exército imperial japonês na cidade
de Nanquim e em outras localidades.
O massacre dura até fevereiro de 1938, inúmeras
atrocidades foram cometidas pelo exército imperial japonês na cidade de
Nanquim. O governo japonês nega muitos fatos e relatos em documentos oficiais
chineses. Muitas das informações sobre o massacre de Nanquim, que são de livre
acesso ao público, são fornecidas por ONGs e instituições não governamentais,
que disponibilizam materiais fotográficos e documentos oficiais do governo da China
com o conhecimento de autoridades chinesas.
De 150 a 300 mil pessoas foram
executadas nas mais atrozes condições (mulheres estupradas, homens torturados,
crianças enterradas vivas). A cidade foi saqueada e incendiada. O massacre de
Nanquim seria o único crime de guerra a ser tratado em separado pelo Tribunal
de Tóquio. O general Iwane Matsui foi condenado à morte por não ter impedido a
carnificina cometida pelas tropas que comandava.
O estupro de
Nanquim
Mulheres
de conforto (em japonês:
慰安婦, transl. ianfu) ou mulheres de conforto
militar (japonês: 従軍慰安婦, transl. jūgun-ianfu) é um eufemismo para mulheres que praticavam
(ou eram forçadas a praticar) sexo em bordéis militares em países ocupados pelo
Japão durante a Segunda Guerra Mundial. Existem diferentes
teorias sobre o lugar de origem das mulheres revigorantes. De acordo com o
professor Hirofumi Hayashi da Universidade Kanto Gakuin, a maioria das mulheres
eram da Coreia e
China. Outras
vinham das Filipinas,
Taiwan, Tailândia,
Vietnã, Singapura, Índias Orientais Holandesas, e outros
países e regiões ocupados pelo Japão.
De acordo com o Professor Yoshiaki
Yoshimi da Universidade Chuo, existiam cerca de 2.000 centros aonde algo em
torno de 200.000 mulheres coreanas, filipinas, taiwanesas, birmanesas,
indonésias, holandesas, australianas e algumas japonesas eram forçadas a manter
relações sexuais com os militares do Exército Imperial.
A descoberta de documentos dos arquivos
militares permitiu estabelecer a responsabilidade do exército na organização do
"tráfico" de 200 mil mulheres asiáticas, em sua maioria coreanas,
destinadas aos bordéis militares do exército imperial entre o final da década
de 30 e a derrota, em 1945, obrigando o governo a reconhecer os fatos em 1992. A partir de
então, as vítimas exigem indenizações do Estado japonês, que se
recusa a considerá-las, argumentando que a questão das indenizações de guerra
já foi resolvida. Entretanto, foi criada uma fundação para ajudar as vítimas.
Negação do
massacre
O Revisionismo do Massacre de Nanquim
é uma teoria revisionista defendida parcialmente por alguns historiadores e
pelo governo japonês.
De acordo com
estas teorias, as fotografias das atrocidades foram consideradas pelos
pesquisadores destes estudos como montagens, encenadas, ou substituídos por
falsas (civis mortos durante as guerras civis travadas entre os comunistas
chineses e nacionalistas chineses na China), cujas fotografias podem ser
traçadas em livros de propaganda de guerra e nenhuma delas, segundo eles,
provaria massacre de civis praticados por militares japoneses em Nanquim.20
21
O livro What
War Means, considerado prova absoluta do massacre, teria sido compilado e
publicado pela Divisão de Contra-Inteligência do Ministério da Informação da
China e por isso não pode ser aceito como imparcial, segundo este ponto de
vista.22
Provas do
massacre
O livro What
War Means, um dos alicerces do Massacre de Nanquim, foi editado por Harold
Timperly, conselheiro do Ministério da Informação da China, que serviu de
base para acusações de crimes de guerra.23
São aceitos
também como provas dos massacres artigos publicados no Chicago Daily News e no New
York Times. O reverendo Miner Searle Bates, que ensinava na Universidade
de Nanquim e era conselheiro do Ministério da Informação da China, seria a
fonte destas notícias.23