Quem vê um cachorro molhado se chacoalhando
para tirar a água dos pelos não imagina a ciência que existe por trás desse
ato, aparentemente trivial. Dispostos a compreender melhor o fenômeno, um grupo
de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Geórgia (EUA) analisou como 33
mamíferos de 16 espécies fazem para se secar quando estão encharcados.
Por meio de câmeras de alta velocidade e
rastreadores de partículas, foi possível observar que existe um padrão na
“chacoalhada”: a frequência (número de oscilações por segundo) está relacionada
com o tamanho do animal e com duas propriedades do líquido (densidade e tensão
superficial). Levando em conta esses fatores, é possível remover grande
quantidade de água com um mínimo de esforço – um cachorro grande e encharcado,
por exemplo, é capaz de remover 70% da água de seus pelos em quatro segundos.
Animais pequenos, como ratos e camundongos,
precisam oscilar em uma frequência maior para gerar uma força centrífuga capaz
de superar a tensão superficial que prende a água em seus pelos. Animais
maiores, por sua vez, podem gerar uma força maior com menos oscilações.
Outro fator que aumenta a eficiência das
chacoalhadas é o excesso de pele: girando ao redor do corpo, a pele permite que
alguns mamíferos gerem uma força centrífuga 70 vezes (!) maior do que a da
gravidade. Não é por acaso que aquele seu labrador consegue molhar a sala
inteira depois do banho.
Acima, você confere uma montagem feita pela
Nature usando os vídeos gravados pelos pesquisadores.[io9]
Assista ao vídeo aqui
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