terça-feira, 6 de novembro de 2012

Caso Jorge Valério: Jéssica desmente envolvimento na morte do namorado




Luanda  - Jéssica Coelho, reagiu as acusações contra si,  proferidas recentemente, por Euridice Sebastião,  alegando que  tivesse facilitado  ao desaparecimento do  seu falecido filho, Jorge Valério  "Tucho". 

Fonte: Club-k.net
“As acusações falsas espelham uma grande irresponsabilidade”
Por intermédio dos seus progenitores, a jovem Jéssica Coelho  conta o sucedido entre Tucho e a mesma  no dia em que aquele  desapareceu, e afirma que as declarações da mãe do malogrado  são “mentiras, deturpações dos factos e acusações infundadas de quem busca vingança cega e não justiça.”

Eis os factos apresentados por Fernando Coelho, o pai de Jéssica:
O Jorge Valério (Tucho) foi namorado da nossa filha, por cerca de 1 ano. Mesmo com algumas desavenças e interrupções na relação, coisa normal entre jovens, o Jorge, aparentemente, nutria uma grande afeição por ela e era correspondido. Ele ligava para ela e enviava mensagens, várias vezes, todos os dias.

No Sábado dia 29/09/2012, o Jorge enviou até as 15 horas várias mensagens para ela. Não enviou mais nenhuma mensagem durante o resto do dia, nem de noite, ao contrário do que afirma a família, de que ele falou com ela à noite por mensagens. O Jorge só voltou a contactar a Jéssica, POR CHAMADA TELEFÓNICA, às 22:04:46 horas, dizendo que estava numa festa e precisava de falar com ela sobre um assunto em que queria um conselho. Dizia ser URGENTE E IMPORTANTE e que passaria em breve por nossa casa. 10 minutos depois (22:14:46) voltou a LIGAR e pediu à Jéssica que saísse. A Jéssica perguntou-lhe se já estava lá fora (no portão de casa) e ele disse que não, mas que estava de boleia a caminho e perto da casa. Assim, ela deixou passar entre 4 a 5 minutos para que ele chegasse e foi até ao portão, onde constatou que o mesmo NÃO SE ENCONTRAVA. Voltou para dentro de casa e fez uma chamada para o Jorge para saber onde ele estava, mas o seu telemóvel dava sinal de desligado. Quando eram cerca das 23 horas, voltou a ligar para o Jorge, sem sucesso, o telefone do Jorge continuava a dar sinal de desligado. Então, ficou a espera de novo contacto dele, até que adormeceu, sem que tal acontecesse.

No Domingo 30/09/2012, por volta das 16 horas recebeu uma chamada da sua amiga e colega do colégio e prima do Tucho e de um amigo dele, o Emanuel Mingas, perguntando-lhe se ele lhe tinha telefonado nesse dia, pois ninguém sabia dele e o telefone estava desligado. A Jéssica informou à prima e ao amigo do Tucho, que não tinha recebido nenhuma chamada ou mensagem nesse dia, mas que na noite anterior ele lhe havia ligado a dizer que passaria por sua casa para conversarem, mas que entretanto não apareceu. Ligaram também para a Jéssica ainda no domingo a tarde, a MÃE do Jorge Valério e a tia (D. Fausta Conceição) a perguntarem se ele lhe havia telefonado nesse dia, uma vez que elas sabiam que a Jéssica era namorada do seu filho e sobrinho e que este estava sempre a contactá-la. A Jéssica deu às duas senhoras (mãe e tia do Jorge) a mesma explicação.

Na Segunda-feira 01/10/2012, por volta das 12H00, quando se encontrava no colégio, foi chamada, com vários colegas que se relacionavam com o Tucho, para irem à 2.ª esquadra da Policia Nacional, a fim de prestarem esclarecimentos que pudessem ajudar a localizar o Jorge Valério. A Jéssica deu às autoridades policiais, a mesma explicação acima enunciada.

Até esta altura, todo mundo sabia apenas que o Jorge estava desaparecido e efectuavam-se buscas para localizar o seu paradeiro. Foi somente na 2.ª esquadra que a Jéssica tomou conhecimento de que o Jorge teria tido umas brigas na semana anterior com alguns rapazes, porque já haviam alguns familiares e amigos do Jorge a comentarem esse assunto. E apenas na terça-feira 02/10/2012 de manhã no colégio, ela ficou a saber da triste notícia do falecimento do Jorge.

DESMENTINDO OS BOATOS, INVERDADES E FALSAS ACUSAÇÕES:

1. A nossa filha, a Jéssica, NÃO ligou para o Jorge, nem sequer enviou ou recebeu nessa noite mensagens de/ou para o Jorge, a pedir que fosse ter com ela (como afirma a mãe do Jorge na edição n.º 699 de 02/11/2012, do Jornal ANGOLENSE), mas sim foi ele, JORGE, QUEM LIGOU para a Jéssica, porque dizia ter algo URGENTE para falar com ela. (Isso poderá ser comprovado, mediante acesso, ao registo de chamadas e mensagens junto da operadora de telefonia Unitel, local onde o Roger Cruz irmão do malogrado trabalha).

2.  A nossa filha NÃO mora em prédio, mas sim numa casa de rés-do-chão, e estava nessa noite em casa com a sua mãe, irmão e avó. NÃO COMBINOU nenhum encontro e NÃO mandou o Jorge esperar 20 minutos (COMO ERRADAMENTE AFIRMA A MÃE DO JORGE) para descer, pelo contrário, foi ela que esperou cerca de 5 minutos para ir até ao portão, dando tempo que ele chegasse, uma vez que ele referiu que “estava a chegar” (e não que já tinha chegado!).

3. A nossa filha NÃO contactou, NÃO é amiga, NÃO conhece e NUNCA viu os rapazes que têm sido “apontados” como “supostos” autores do crime. Nem sequer conhece a rapariga, alegadamente de nome Geovana, a quem se atribui a origem de toda esta triste e dolorosa confusão. Por outro lado, realce-se também que a Jéssica não estuda em nenhuma das universidades dos referidos supostos autores do crime, nem mesmo na Universidade onde estudava o Jorge, mas sim num colégio. (Isso também se pode comprovar consultando a lista de chamadas e mensagens do seu telefone ou as dos ditos supostos autores do crime).

4. Durante o tempo da sua relação com o Jorge (Tucho), a nossa filha NUNCA soube de qualquer envolvimento do Jorge em lutas ou disputas com outros jovens, nem sequer soube deste caso específico em que ele se envolveu em lutas com os referidos rapazes, porque ele também não lhe contava nada dessas coisas.

Estes factos são o que REALMENTE se passou nesses dias e que se impunha esclarecer e dar a conhecer à sociedade. Da nossa parte e atendendo a que o Tucho foi namorado da nossa filha, procuramos quer no dia do óbito (terça-feira 02/10/2012, nos bombeiros), quer no dia a seguir ao funeral (quinta-feira 04/10/2012, na Terra Nova) a família dele, para transmitirmos os nossos sentimentos de pesar e colaborarmos no que fosse necessário, tendo em conta a relação havida entre os nossos filhos. Porém, isso não sucedeu porque a nossa visita foi mal interpretada e por isso fomos mal recebidos por alguns familiares que ali estavam presentes.

Como cidadãos e pais, compreendemos a dor e revolta da família enlutada, pois é demasiado grave o que aconteceu. Temos confiança no trabalho da polícia, por isso nos mantivemos até então, em silêncio, respeitando os comentários de quem os fizesse, ainda que algumas vezes maliciosos. Mas não podemos aceitar, que a coberto dessa dor e revolta, (que também é nossa, como pais, pois isso não pode deixar de nos afectar psicologicamente), se pretenda envolver por mentiras e deturpações, o nome da nossa filha para este crime. A nossa filha podia também ter sido vítima, se eventualmente tivesse sido encontrada com ele. Não nos vamos silenciar, deixando impunes estes ataques gratuitos e desmedidos, que mancham, hoje e quem sabe para sempre, o nome da nossa filha, reservando-lhe um futuro estigmatizado e pré-condenado socialmente. Provando-se a total inocência da nossa filha, virá esta mãe a público desculpar-se? Já diz o ditado: Quando se acusa, ouvem 100 (porque se grita), mas quando se desculpa só ouvem 10 (porque se murmura). Não vamos aceitar que uma mãe dorida e por consequência disso, fragilizada, INVENTE que “reflectiu e chegou à conclusão de que em 20 minutos (ninguém sabe onde ela foi buscar essa história), a nossa filha tenha feito ligações aos amigos para raptarem o filho dela, conforme disse ao jornal Angolense de 02/11/2012. Se o Tucho supostamente estava sozinho, não falou com mais ninguém, como é que esta mãe pode inventar esse tempo de espera do filho dela pela nossa filha e mais, INVENTAR que a Jéssica estivesse a efectuar chamadas para indivíduos que ela não conhece? São acusações gravíssimas, com base em especulações, que influenciam a opinião pública, deixando-os com uma versão falsa dos factos, mas que ditos por uma mãe dorida, começam a criar na sociedade uma opinião maldosa da boa conduta e educação da nossa filha e não só, caindo a menina nas teias da condenação social. E MAIS: Estas mesmas deturpações, acabarão influenciando e pressionando a actuação dos investigadores, uma vez que se tenta a todo o custo plantar flores no cimento.

Nós os pais da Jéssica Coelho, NÃO SOMOS nem nunca fomos generais, dirigentes do país ou outra coisa que se pretenda fazer acreditar. Somos cidadãos normais, que trabalham, vivem do seu suor, e que procuram dar aos seus filhos o melhor que receberam dos seus pais e avós: EDUCAÇÃO. Não é nossa intenção “pintar” a nossa filha com cores de princesa, mas sim repor a verdade dos factos, e um ambiente de sã convivência social. Todos os amigos que lhe conhecem, sabem do grau de educação que a Jéssica tem. É jovem, tem qualidades e defeitos naturais da sua idade, como todo ser humano, mas é educada e incapaz de fazer mal a quem quer que seja, E MUITO MENOS AO SEU PRÓPRIO NAMORADO! Se algum crime a Jéssica cometeu, foi o de ter gostado e namorado com o Jorge. A mãe do Tucho em momento nenhum se referiu à Jéssica como namorada do seu filho. Mas era nela que o Tucho procurava o seu amor e essa mesma mãe sabia disso! Que motivos teria a Jéssica para querer algum mal ao Tucho? Não pensou essa senhora que a nossa filha sofre com a morte do Tucho e ainda hoje chora por aquele que partiu? Respeitem-nos por favor, pois é também nossa esta dor e particularmente da Jéssica, pelo sentimento que nutria pelo Tucho. A Jéssica está em Angola, não fugiu nem tem motivo para o fazer, continua a ir a escola todos os dias.

As acusações monstruosas e falsas de que a nossa filha tem sido alvo, espelham uma grande irresponsabilidade por parte da mãe e de alguns familiares do Jorge Valério, dando-nos o direito de procedermos judicialmente contra os mesmos, por crime de calúnia e difamação, pois que, se é a JUSTIÇA que se proclama e se pede, então justiça seja feita a todos. Não vamos aceitar que a coberto de uma pretensa busca de justiça, se procure vingança contra tudo e todos a qualquer preço. A senhora fala muito em justiça divina. Pois bem, lembre-se ela também, que terá que prestar contas ao Criador por estes seus actos. Ninguém está livre disso.

Muito obrigado a todos que se dignarem a ler e prestar alguma atenção a este relato.
Os pais da Jéssica – Fernando Coelho e Paula Coelho.

Investigação sobre morte de Jorge Valério aponta existência de “um terceiro grupo”




Lisboa –  As  motivações que levaram a demora por parte das  autoridades judiciais angolanas, em  apresentar os supostos autores do crime contra a vida do jovem Jorge Valério Coelho da Cruz “Tucho” em Tribunal  é associada  a detalhes da  investigação que  estarão contra os quatros jovens detidos e que ao mesmo tempo apontam para  existência de   um “terceiro grupo” que poderá ter  protagonizado o assassinato.

Fonte: Club-k.net
Novas  revelações tornam assunto complexo
A  conclusão preliminar das autoridades  é baseada com dados que constam nos autos obtidos através de mensagens telefônicas, comportamentos,  localização dos acusados no dia do crime e antecedentes que  resultaram na  aproximação  de  um grupo   identificado como “os da Pedra”, cujos integrantes  vivem nos arredores da Sagrada Família.

De acordo com a pericia,  todos os  Jovens encontravam-se em casa, a quando do desaparecimento de Jorge Valeiro excepto,   o Lelas que estava no Festi Sumbe.  Porém, rastreamento dos seus  telefones indicam que quando se anunciou nas redes sociais o desaparecimento de Jorge Coelho, um dos  rapazes, neste caso o Adilson Monteiro terá se mostrado “surpreso” e comunicado que o malogrado estava a ser dado como desaparecido mas que desejava que aparecesse para não ficar conotado ao paradeiro de "Tucho". 

As autoridades acreditam que em condições normais, a reacção de  jovens desta faixa etária, seria meter-se em fuga. No caso destes foram os familiares  que os levaram a polícia para apuração do caso.  Um dos detidos, Luís Miguel  que é filho de um tenente general da procuradoria militar, foi levado a esquadra pelo próprio pai, a fim de ver o assunto esclarecido.

Marcio foi apanhado na escola na sala de aulas as 9:00 do primeiro dia de Outubro. 

Lelas após ter voltado do Sumbe,  foi apanhado pelos familiares de Jorge Valeiro espancado  e  depois levado para 2º esquadra por estes.

Adilson Monteiro, o líder do grupo   foi “preso” pelos familiares de Jorge Valerio,  na segunda-feira (primeiro dia de Outubro) as 19.00 junto a sua casa.  Na noite anterior,  a  família do malogrado  foi a Casa do Adilson Monteiro,  falou com o mesmo avisando do desaparecimento do Jorge e que ele Adilsom Monteiro era  responsável.  Adilson  cujo pai é falecido,  vive com uma avo de cerca de 70 anos que por sinal é irmã do general Roberto Leal “Ngongo”. 

Segundo dados das investigações,  o malogrado Jorge Coelho  havia  nos últimos 15 dias antes de falecer,   participado  em pelo menos  quatro sessões de  confronto/encontro  com o grupo de Adilson Monteiro  precipitado por  uma rapariga identificada por Jessica Amor.

A saber:

O  Primeiro encontro entre Jorge Valeiro e Adilson acontece próximo da pisaria Bela Nápoles em que Adilson Monteiro após ter achado que Jorge Valeiro havia faltado o respeito bateu o mesmo, por sua vez Jorge valeiro vai ao encontro de um grupo de “caenche”  e leva dois elementos para poder devolver a agressão ao Adilson e assim o faz.

Dia seguinte Jorge Valeiro Volta ao encontro de Adilson Monteiro na  escola Bola de Neve, bairro Alvalade  e leva mais quatro elementos, mas tal não acontece porque Jorge Valeiro volta a lutar com Adilson Monteiro e os elementos que  o malogrado  levou, não se meteram porque  entenderam que a briga era de um pra um, e enquanto estes elementos falavam ao telefone algumas pessoas no local ouviram que o falecido  havia prometido 25.000 Akz para o defenderem.

Dias depois Jorge Valeiro vai até ao prédio Jota Pimenta com alguns elementos, estes do “Grupo da Pedra”  ao encontro do Adilson Monteiro para poder acertar alguma coisa relacionada a confusão mas postos no local são impedidos de algum tipo de contacto físico porque encontrava-se com Adilson Monteiro um Jovem de nome "Mause" que conhecia os mesmos elementos trazidos por Jorge Valeiro e que de seguida foi anunciado pelos mesmos que o assunto estava resolvido e que tudo tinha ficado por ai. 

As autoridades policiais terão notado que o grupo da “Pedra” terá se disponibilizado a confrontar-se com a ala de Adilson Monteiro após terem lhes prometido a quantia de 25 mil kwanzas.  A pericia procura no  entanto ter resposta  até que ponto  um “terceiro grupo”   com a característica  dos  “da pedra” terão  atentado contra o malogrado  por motivações que se desconhecem. Entendem que por,   os  desentendimentos  com o grupo de Adilson Monteiro terem ocorrido naquele mesmo espaço de tempo, estes jovem foram inicialmente apontados como os principais suspeitas e que a não ida dos mesmos ao Tribunal  deve-se porque as evidencias apontam para uma outra historia que coloca de parte,  os detidos.

Os quatros detidos foram igualmente observados por uma equipa de psicólogos que concluem que pelos métodos que a  Polícia usa para investigação, os quatros jovens sob custodia das autoridades  não possuem “astucia” para dobrar as  autoridades durante 28 dias de detenção.

As autoridades segundo explicações optaram   por  manter os jovens ainda detidos  visto que em liberdade seria perigoso para eles  tendo em conta que a sociedade  ficou com a idéia formatada que os mesmos é que terão cometido o crime. O  caso esta  nas mãos  dos advogados. Os detidos tem a sua defesa assegurada pelo  advogado Sergio Raimundo   enquanto que pela parte do malogrado, os familiares teriam contactado  inicialmente a advogada  Paula Godinho.

Caso Jorge Valério: Polícia prende líder do “ terceiro grupo”




Lisboa –  A Policia Nacional angolana  deteve recentemente em Luanda, um elemento identificado por “Telinho”, apresentado como integrante  do grupo  “Os da Pedra” da Sagrada Família  que tivera  aproximação com o malogrado Jorge Valério  Coelho Cruz “Tucho”, nos dias que antecederam ao assassinato do jovem.

Fonte: Club-k.net
Detido nega envolvimento na morte de Jorge
Sob mandato de captura, “Telinho” foi capturado numa casa noturna na cidade capital, sob acusação de formação de quadrilha e de ligações a “drug dealers”. Interrogado pelas autoridades sobre possível envolvimento nos contornos que ditaram a morte de Jorge Coelho,  “Telinho” negou alguma implicação no assassinato daquele mas por  outro lado, assumiu   que esteve com o falecido, numa ocasião que destinou se a  ir ao encontro de Adilson Monteiro para  que este “ ficasse no seu lugar”.

Com uma aparência, de estar na casa dos 26 anos de idade (tenaz de cor clara e uso de tranças), “Telinho” é uma das figuras que a muito se encontrava na lista negra das autoridades. A sua detenção,  obedeceu a cálculos no sentido de se apurar eventuais ligações ao dossiê  de Jorge Valério Coelho “Tucho”.

O mesmo encontra-se agora detido na investigação criminal aguardando pelo desfecho das investigações. Por outro lado, os quatro jovens, acusados como principais suspeitas da morte de Jorge foram nesta  semana finda  transferidos da DPIC para as celas da DNIC. A decisão  da  transferência dos mesmos  foi decorrente de  uma   contradição  a que um procurador Nacional teve com o director interino da Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC), Superintendente Amaro Neto.

Entretanto, o inspector geral  do Ministério do Interior, Fernando Torres Vaz da Conceição “Mussolo” , compareceu, por volta das 17h00 de  sexta-feira (02) na DNIC para confirmar  se os quatros se encontravam mesmo enjaulado.  A presença do mesmo na companhia da esposa,  foi entendida como estando a exercer pressão sobre o processo.  “Mussolo” era ligado a falecido por intermédio da sua esposa que é irmã da mãe de Jorge Coelho da Cruz. 

A polícia “sabe” que a Jéssica tem a ver com isso - diz mãe de Jorge Valério




Luanda  -  O jornal Angolense contactou a  mãe do malogrado Jorge Valério, morto no dia 27 de Setembro, do ano em curso, para sabermos em que pé está o processo judicial do caso e, segundo nos confirmou, nunca mais se ouviu nada. Euridice Sebastião, mãe, sente-se inconformada e clama por justiça.

Fonte: Angolense Club-k.net
A  casa onde o meu filho foi morto é do pai do Luís Miguel
Como têm sido os últimos dias?
Estamos a tentar viver, cada dia é um dia
 
Quando apercebeu-se do desaparecimento de Tucho pensou em algo negativo?
Quando me apercebi que o meu filho estava ausente de casa não tive pensamentos negativos,  porque vivia com os meus três filhos e, o Jorge, quando fosse para a rua, por hábito, nós temos horas de entrar, fiquei preocupada como mãe, dei conta da ausência do Jorge as quatro horas da manhã, liguei para o número dele, estava desligado. Por hábito, quando ele tivesse que ficar fora de casa, mandava sempre… mais sempre uma mensagem, nem que fosse de um telefone alheio. Achei estranho, até queria ir a missa mas não consegui, porque o telefone ainda continuava desligado. Fomos à casa dos seus amigos, na redondeza e ninguém sabia do seu paradeiro, fiquei desesperada e comecei logo a procurá-lo até que o encontramos morto e irreconhecível, com sinais de tortura, coisa triste, meu Deus!...
 
O Tucho apresentava comportamentos negativos?
Era um menino doce, desde que começou a falar as suas primeiras palavras, mas só com quem fosse doce com ele. Tinha muitos amigos, sabia cativá-los mas, tão de repente, passavase sem que alguém lhe fizesse algo de errado. O comportamento nunca mudou, continuava a ser sempre aquele menino lindo, obediente e inteligente. Foi muito amigo do pai, eles tinham muito boas qualidades, era um filho presente, gostava muito de cozinhar.
 
Como está a decorrer o processo judicial?
No fim-de-semana passado a polícia ligou para um tio meu, que estava a acompanhar o processo, desde a primeira hora, que se fez acompanhar do pai do malogrado António Jorge, e foram a Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC) e mostraram-lhes os quatro elementos que estavam presos. E disseram que estavam a aguardar novas evidências, e até ao momento nada mais nos disseram.
 
Já constituíram advogado?
Já temos sim o advogado, mas de momento ainda não pode fazer nada, porque estamos a esperar que a polícia se pronuncie. Os meninos estão presos, mas ainda não foram ouvidos. Por isso, o advogado não pode entrar neste momento.
 
Qual é a informação que tem dos supostos autores da morte de seu filho?
Dizem estar a trabalhar, mas em justiça de Deus eu acredito, porque a do homem pode não vir a acontecer, mesmo em cem anos. A polícia não os prende porque não quer, têm provas suficientes para condenarem esses meninos e a tal Jéssica Coelho, que foi a que fez com que o meu filho fosse morto. Como é possível ela combinar um encontro a pedir que o esperasse vinte minutos, depois o meu filho desaparece e ela não saber do seu paradeiro?  Tivemos a procurar o telefone do meu filho, e o GPS detectava que estava nos arredores da casa dela. Essa menina é uma das causadoras! Como mãe, reflecti e cheguei à conclusão de que naqueles vinte minutos, ela fez ligação aos amigos para raptarem o meu filho!...
 
Há informações que apontam para existência de mão invisível a protegerem os suspeitos. Qual é a informação que tem?
A cada dia que passa, estamos a ouvir muitas coisas. Quando há um crime muita gente gosta de aparecer nas costas dos outros, mas uma coisa digo: sou mãe, e muitas mães devem saber como me sinto neste momento. Uma mãe cujo filho comete um crime e lhe guarda, meu Deus, esta mãe está a plantar o pior para o futuro de seu filho, não esta a ser justa consigo mesma e, se tiver alguma das tripas ao coração a proteger isso, Deus vai cuidar!
 
Como soube que Tucho estava na Morgue Central de Luanda?
Tive informações de que meu  filho estava na morgue por intermédio do outro filho que, por sua vez, foi à procura do seu irmão, e encontrou-o lá, atirado ao relento. Em verdade lhe digo; não cheguei de ver o meu filho, porque me disseram que eu não aguentaria de tanta crueldade que fizeram com ele.
 
Como vocês reagiram quando tiveram frente-a-frente com os supostos marginais?
Agimos friamente, porque tinha tanta certeza de que nada de anormal tinha acontecido ao meu filho, nós é que os encontramos, os meninos em suas próprias casas, e pedi que me dissessem onde eles tinham o tinham posto. Um deles disse me friamente que não conhecia o meu filho, não demos tanta importância porque eles não contavam a verdade.
 
A casa em que seu filho foi morto lhe era familiar?
Não, para mim não era uma casa que estava em obras, e é do pai do Luís Miguel, no condomínio “Onjoyetu”, aonde levaram o meu filho e lhe mataram daquela forma. Se lhe levaram em uma casa é porque já tinham tudo planeado. Se dizem que são menores, como foi possível levarem o meu filho de vinte anos… como se deslocaram do Cruzeiro para o condomínio de Viana?
 
Tem informação do jovem que deu boleia ao Tucho no dia em que o mesmo desapareceu defronte a casa da Jéssica?
Temos sim. O jovem que deu boleia ao meu filho era o seu colega da faculdade e, segundo ele, o meu filho lhe insistiu e o mesmo deu- lhe boleia, mas antes de ir à casa da Jéssica, ele passou cá em casa para pegar o  carregador do seu telefone, e já não mais vi o meu filho. Segundo o jovem, o Tucho foi a farmácia comprar preservativos e depois deixou-lhe em frente à casa da Jéssica, mas o colega voltou a festa da prima da sua colega, no bairro São-Paulo.
 
Acha que quem levou o Jorge da casa da Jéssica sabia que ele estava numa zona perigosa?
De certeza que sim, porque seria muita coincidência, o  Jorge ter esperado vinte minutos a mando da Jéssica, e que depois simplesmente desaparece, e a jovem diz não saber de nada. Isso é mentira! A polícia sabe melhor de que a Jéssica está envolvida nisto!
 
Como a família está neste momento a reagir com esse choque, lá se vão 31 dias sem o Jorge?
Estamos desestruturados. Perdemos alguém muito querido e não tínhamos como estar bem sem antes a justiça não ser clara, transparente e a favor dos que têm razão. E acredito que os amigos do Jorge têm sido neste momento também nossos amigos e agradeço muito pelos gestos e carinhos que nos têm passado todos os dias. Neste momento, estamos a reagir bem para depois sentirmos a paz e a justiça feita, para que nos sintamos ainda melhor.