terça-feira, 6 de novembro de 2012

Investigação sobre morte de Jorge Valério aponta existência de “um terceiro grupo”




Lisboa –  As  motivações que levaram a demora por parte das  autoridades judiciais angolanas, em  apresentar os supostos autores do crime contra a vida do jovem Jorge Valério Coelho da Cruz “Tucho” em Tribunal  é associada  a detalhes da  investigação que  estarão contra os quatros jovens detidos e que ao mesmo tempo apontam para  existência de   um “terceiro grupo” que poderá ter  protagonizado o assassinato.

Fonte: Club-k.net
Novas  revelações tornam assunto complexo
A  conclusão preliminar das autoridades  é baseada com dados que constam nos autos obtidos através de mensagens telefônicas, comportamentos,  localização dos acusados no dia do crime e antecedentes que  resultaram na  aproximação  de  um grupo   identificado como “os da Pedra”, cujos integrantes  vivem nos arredores da Sagrada Família.

De acordo com a pericia,  todos os  Jovens encontravam-se em casa, a quando do desaparecimento de Jorge Valeiro excepto,   o Lelas que estava no Festi Sumbe.  Porém, rastreamento dos seus  telefones indicam que quando se anunciou nas redes sociais o desaparecimento de Jorge Coelho, um dos  rapazes, neste caso o Adilson Monteiro terá se mostrado “surpreso” e comunicado que o malogrado estava a ser dado como desaparecido mas que desejava que aparecesse para não ficar conotado ao paradeiro de "Tucho". 

As autoridades acreditam que em condições normais, a reacção de  jovens desta faixa etária, seria meter-se em fuga. No caso destes foram os familiares  que os levaram a polícia para apuração do caso.  Um dos detidos, Luís Miguel  que é filho de um tenente general da procuradoria militar, foi levado a esquadra pelo próprio pai, a fim de ver o assunto esclarecido.

Marcio foi apanhado na escola na sala de aulas as 9:00 do primeiro dia de Outubro. 

Lelas após ter voltado do Sumbe,  foi apanhado pelos familiares de Jorge Valeiro espancado  e  depois levado para 2º esquadra por estes.

Adilson Monteiro, o líder do grupo   foi “preso” pelos familiares de Jorge Valerio,  na segunda-feira (primeiro dia de Outubro) as 19.00 junto a sua casa.  Na noite anterior,  a  família do malogrado  foi a Casa do Adilson Monteiro,  falou com o mesmo avisando do desaparecimento do Jorge e que ele Adilsom Monteiro era  responsável.  Adilson  cujo pai é falecido,  vive com uma avo de cerca de 70 anos que por sinal é irmã do general Roberto Leal “Ngongo”. 

Segundo dados das investigações,  o malogrado Jorge Coelho  havia  nos últimos 15 dias antes de falecer,   participado  em pelo menos  quatro sessões de  confronto/encontro  com o grupo de Adilson Monteiro  precipitado por  uma rapariga identificada por Jessica Amor.

A saber:

O  Primeiro encontro entre Jorge Valeiro e Adilson acontece próximo da pisaria Bela Nápoles em que Adilson Monteiro após ter achado que Jorge Valeiro havia faltado o respeito bateu o mesmo, por sua vez Jorge valeiro vai ao encontro de um grupo de “caenche”  e leva dois elementos para poder devolver a agressão ao Adilson e assim o faz.

Dia seguinte Jorge Valeiro Volta ao encontro de Adilson Monteiro na  escola Bola de Neve, bairro Alvalade  e leva mais quatro elementos, mas tal não acontece porque Jorge Valeiro volta a lutar com Adilson Monteiro e os elementos que  o malogrado  levou, não se meteram porque  entenderam que a briga era de um pra um, e enquanto estes elementos falavam ao telefone algumas pessoas no local ouviram que o falecido  havia prometido 25.000 Akz para o defenderem.

Dias depois Jorge Valeiro vai até ao prédio Jota Pimenta com alguns elementos, estes do “Grupo da Pedra”  ao encontro do Adilson Monteiro para poder acertar alguma coisa relacionada a confusão mas postos no local são impedidos de algum tipo de contacto físico porque encontrava-se com Adilson Monteiro um Jovem de nome "Mause" que conhecia os mesmos elementos trazidos por Jorge Valeiro e que de seguida foi anunciado pelos mesmos que o assunto estava resolvido e que tudo tinha ficado por ai. 

As autoridades policiais terão notado que o grupo da “Pedra” terá se disponibilizado a confrontar-se com a ala de Adilson Monteiro após terem lhes prometido a quantia de 25 mil kwanzas.  A pericia procura no  entanto ter resposta  até que ponto  um “terceiro grupo”   com a característica  dos  “da pedra” terão  atentado contra o malogrado  por motivações que se desconhecem. Entendem que por,   os  desentendimentos  com o grupo de Adilson Monteiro terem ocorrido naquele mesmo espaço de tempo, estes jovem foram inicialmente apontados como os principais suspeitas e que a não ida dos mesmos ao Tribunal  deve-se porque as evidencias apontam para uma outra historia que coloca de parte,  os detidos.

Os quatros detidos foram igualmente observados por uma equipa de psicólogos que concluem que pelos métodos que a  Polícia usa para investigação, os quatros jovens sob custodia das autoridades  não possuem “astucia” para dobrar as  autoridades durante 28 dias de detenção.

As autoridades segundo explicações optaram   por  manter os jovens ainda detidos  visto que em liberdade seria perigoso para eles  tendo em conta que a sociedade  ficou com a idéia formatada que os mesmos é que terão cometido o crime. O  caso esta  nas mãos  dos advogados. Os detidos tem a sua defesa assegurada pelo  advogado Sergio Raimundo   enquanto que pela parte do malogrado, os familiares teriam contactado  inicialmente a advogada  Paula Godinho.

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