Lisboa – As motivações que levaram a demora por
parte das autoridades judiciais angolanas, em apresentar os
supostos autores do crime contra a vida do jovem Jorge Valério Coelho da
Cruz “Tucho” em Tribunal é associada a detalhes da
investigação que estarão contra os quatros jovens detidos e que ao mesmo
tempo apontam para existência de um “terceiro grupo” que
poderá ter protagonizado o assassinato.
Fonte: Club-k.net
Novas revelações tornam assunto complexo
A
conclusão preliminar das autoridades é baseada com dados que constam nos
autos obtidos através de mensagens telefônicas, comportamentos,
localização dos acusados no dia do crime e antecedentes que
resultaram na aproximação de um grupo
identificado como “os da Pedra”, cujos integrantes vivem nos arredores da
Sagrada Família.
De acordo com a pericia, todos os Jovens encontravam-se em casa, a quando do desaparecimento de Jorge Valeiro excepto, o Lelas que estava no Festi Sumbe. Porém, rastreamento dos seus telefones indicam que quando se anunciou nas redes sociais o desaparecimento de Jorge Coelho, um dos rapazes, neste caso o Adilson Monteiro terá se mostrado “surpreso” e comunicado que o malogrado estava a ser dado como desaparecido mas que desejava que aparecesse para não ficar conotado ao paradeiro de "Tucho".
As autoridades acreditam que em condições normais, a reacção de jovens desta faixa etária, seria meter-se em fuga. No caso destes foram os familiares que os levaram a polícia para apuração do caso. Um dos detidos, Luís Miguel que é filho de um tenente general da procuradoria militar, foi levado a esquadra pelo próprio pai, a fim de ver o assunto esclarecido.
Marcio foi apanhado na escola na sala de aulas as 9:00 do primeiro dia de Outubro.
Lelas após ter voltado do Sumbe, foi apanhado pelos familiares de Jorge Valeiro espancado e depois levado para 2º esquadra por estes.
Adilson Monteiro, o líder do grupo foi “preso” pelos familiares de Jorge Valerio, na segunda-feira (primeiro dia de Outubro) as 19.00 junto a sua casa. Na noite anterior, a família do malogrado foi a Casa do Adilson Monteiro, falou com o mesmo avisando do desaparecimento do Jorge e que ele Adilsom Monteiro era responsável. Adilson cujo pai é falecido, vive com uma avo de cerca de 70 anos que por sinal é irmã do general Roberto Leal “Ngongo”.
Segundo dados das investigações, o malogrado Jorge Coelho havia nos últimos 15 dias antes de falecer, participado em pelo menos quatro sessões de confronto/encontro com o grupo de Adilson Monteiro precipitado por uma rapariga identificada por Jessica Amor.
A saber:
O Primeiro encontro entre Jorge Valeiro e Adilson acontece próximo da pisaria Bela Nápoles em que Adilson Monteiro após ter achado que Jorge Valeiro havia faltado o respeito bateu o mesmo, por sua vez Jorge valeiro vai ao encontro de um grupo de “caenche” e leva dois elementos para poder devolver a agressão ao Adilson e assim o faz.
Dia
seguinte Jorge Valeiro Volta ao encontro de Adilson Monteiro na escola
Bola de Neve, bairro Alvalade e leva mais quatro elementos, mas tal não
acontece porque Jorge Valeiro volta a lutar com Adilson Monteiro e os elementos
que o malogrado levou, não se meteram porque entenderam que a
briga era de um pra um, e enquanto estes elementos falavam ao telefone algumas
pessoas no local ouviram que o falecido havia prometido 25.000 Akz para o
defenderem.
Dias depois Jorge Valeiro vai até ao prédio Jota Pimenta com alguns elementos, estes do “Grupo da Pedra” ao encontro do Adilson Monteiro para poder acertar alguma coisa relacionada a confusão mas postos no local são impedidos de algum tipo de contacto físico porque encontrava-se com Adilson Monteiro um Jovem de nome "Mause" que conhecia os mesmos elementos trazidos por Jorge Valeiro e que de seguida foi anunciado pelos mesmos que o assunto estava resolvido e que tudo tinha ficado por ai.
As autoridades policiais terão notado que o grupo da “Pedra” terá se disponibilizado a confrontar-se com a ala de Adilson Monteiro após terem lhes prometido a quantia de 25 mil kwanzas. A pericia procura no entanto ter resposta até que ponto um “terceiro grupo” com a característica dos “da pedra” terão atentado contra o malogrado por motivações que se desconhecem. Entendem que por, os desentendimentos com o grupo de Adilson Monteiro terem ocorrido naquele mesmo espaço de tempo, estes jovem foram inicialmente apontados como os principais suspeitas e que a não ida dos mesmos ao Tribunal deve-se porque as evidencias apontam para uma outra historia que coloca de parte, os detidos.
Os quatros detidos foram igualmente observados por uma equipa de psicólogos que concluem que pelos métodos que a Polícia usa para investigação, os quatros jovens sob custodia das autoridades não possuem “astucia” para dobrar as autoridades durante 28 dias de detenção.
As autoridades segundo explicações optaram por manter os jovens ainda detidos visto que em liberdade seria perigoso para eles tendo em conta que a sociedade ficou com a idéia formatada que os mesmos é que terão cometido o crime. O caso esta nas mãos dos advogados. Os detidos tem a sua defesa assegurada pelo advogado Sergio Raimundo enquanto que pela parte do malogrado, os familiares teriam contactado inicialmente a advogada Paula Godinho.
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