domingo, 30 de setembro de 2012

Evento promovido pela Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo


Brasil: 47 casais gays unem-se em casamento colectivo
Quarenta e sete casais homossexuais, femininos e masculinos (alguns dos quais já vivem juntos há mais de vinte anos), oficializaram a sua relação numa grande cerimónia colectiva na cidade de São Paulo, Brasil. O evento, promovido pela Secretaria de Justiça do Estado de São Paulo, foi totalmente gratuito.
Por:Domingos Grilo Serrinha, Correspondente no Brasi
Dos 47 casais, 32 são formados por mulheres e 15 por homens. Todos formalizaram a sua relação fazendo um contrato de união civil estável homoafectiva na presença de advogados, juízes e notários especialmente convocados para o efeito.
Esse contrato equivale, na prática, ao casamento civil entre pessoas de sexos diferentes. Após a sua assinatura, as duas partes passam a ter direitos semelhantes aos de casais heterossexuais, como segurança social, partilha de bens em caso de separação e direito a herança e reforma em caso de morte do outro.
No amplo recinto do Centro de Tradições Nordestinas, na capital paulista, além dos casais, compareceram largas centenas de padrinhos e convidados. Como é praxe numa situação desta, seja qual for a orientação sexual dos envolvidos, após a oficialização da união seguiu-se uma grande festa, que, tal como a parte oficial do evento, foi custeada pelo governo paulista. 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

No futuro, todos parecerão brasileiros, diz cientista


Como será o ser humano do futuro? Esta pergunta já suscitou muitas respostas bizarras, como a de que o ser humano do ano 2000 seria mais baixo, teria pernas curtas, cabeça maior, olhos maiores, e um aspecto bizarro. Partindo de pesquisas recentes sobre o comportamento humano, veja uma previsão mais moderna sobre o assunto.
Pessoas azuis
No período curto de seis gerações de endogamia, uma população isolada nas montanhas do Kentucky, em Troublesome Creek (EUA), acabou por desenvolver uma pele azulada.
Todos os descendentes de um imigrante francês de nome Martin Fugate sofrem de uma doença sanguínea rara chamada metemoglobinemia, causada por um gene recessivo, que faz com que o sangue seja marrom, em vez de vermelho, o que faz com que a pele tenha um aspecto azulado.
Os geneticistas, tentando descobrir de onde veio o gene recessivo, montaram a árvore genealógica dos Fugate, que revelava uma história de casamentos entre primos, e entre tios/tias e sobrinhas/os. Dennis Stacy, cujo tataratataravô dos dois lados era a mesma pessoa, Henley Fugate, apresentou uma explicação simples para o fenômeno: os moradores da região casavam entre si porque não haviam estradas para eles saírem de lá.
A desculpa parece sórdida na pior das hipóteses, ou coisa de preguiçoso na melhor das hipóteses, mas a história dos Fugate é uma miniatura do que aconteceu com a humanidade: o isolamento das populações causou um compartilhamento de genes, resultando em grupos locais que acabaram dando origem a raças ou grupos étnicos.
Entra a bicicleta
Esta história começou a mudar com a invenção da bicicleta. Antes da mesma, a distância média entre os locais de nascimento de marido e mulher, na Inglagerra, era 1,6 quilômetros. A invenção da bicicleta permitiu que os homens buscassem esposas mais longe, e a distância passou a ser de 48 quilômetros, em média. E este fenômeno não ficou restrito à Inglaterra: outros países europeus apresentaram padrões semelhantes.
A bicicleta levou à pavimentação de estradas e preparou o caminho para a chegada do automóvel. A distância entre o local de nascimento de marido e mulher foi aumentando a ponto de hoje em dia facilmente se encontrar casais que nasceram ou têm ascendentes em continentes diferentes.
Olhos azuis
Um estudo de 2002 feito pelos epidemiologistas Mark Grant e Diane Lauderdale descobriu que só um em cada seis americanos brancos não hipânicos tem olhos azuis, um número que era de mais da metade da população branca não mais de 100 anos atrás.
A única explicação encontrada para isso, segundo Lauderdale, foi de que a tendência de casar com membros do mesmo grupo ancestral mudou, uma hipótese comprovada pelos dados do censo de 1980, com o aumento de pessoas que apontam terem mais de um grupo ancestral.
Com essa “mistura”, será que as características recessivas vão sumir? Ou seja, as dominantes podem dominar totalmente e acabar, por exemplo, com o olho azul? Não, segundo Lauderdale. Elas vão estabilizar a um nível que reflete a chance de casamento entre dois indivíduos possuindo genes recessivos. Outras características que são controladas por vários genes atuando juntos tenderão a um valor médio, com os valores extremos se tornando cada vez mais raros.
Este efeito vai ser visível nos EUA em todas as características recessivas de descendentes europeus, como cabelo ruivo ou loiro, e sardas, por causa da mistura com povos asiáticos, africanos e latinos. Outras características genéticas que tendem a diminuir incluem a anemia falciforme e a fibrose cística.
No futuro, todos serão morenos-jambo
Não dá para prever como esta mistura genética irá afetar a aparência física das pessoas, mas acredita-se que o norte-americano do futuro terá a pele e o cabelo um pouco mais escuros que atualmente, diminuindo cada vez mais o número de pessoas com pele e cabelo bem escuros ou bem claros.
Esta mistura genética também está acontecendo em diferentes graus em outras partes do mundo. Entretanto, em alguns lugares, onde os traços nativos ainda conferem vantagens no ambiente, ou onde a imigração é mais lenta, as mudanças acontecem de forma mais difícil.
A homogeneização total das características humanas provavelmente nunca acontecerá, embora a população humana se torne cada vez mais misturada.
Segundo os pesquisadores, uma população que serve de exemplo de mistura a longo prazo é a brasileira. Nosso povo mistura características de africanos, americanos nativos e europeus. Em alguns séculos, os americanos vão se parecer com os brasileiros. Ainda mais longe, todo o mundo deverá “ser brasileiro”. [Life's Little Mysteries]

Como seria a internet sem senhas?


Senha é problema. Primeiro, porque as pessoas continuam usando, majoritariamente, senhas facilmente adivinháveis. Depois, porque elas usam a mesma senha em todos os lugares, o que faz com que qualquer hacker/cracker de esquina roube a senha de seu joguinho online para tirar dinheiro de sua conta bancária.
Exemplos de roubos de senha online não faltam. Esse ano, mundialmente, 6,5 milhões de senhas vazaram do LinkedIn, e milhões de senhas de usuários do eHarmony e Yahoo foram publicadas por hackers.
No Brasil, também esse ano, a empresa de segurança ESET desvendou um novo golpe por e-mail que estava roubando dados de conta e senha de correntistas do Banco do Brasil usando sites fraudulentos parecidos com os originais como isca para atrair vítimas.
Isso tudo com o agravante de que, aqui, no nosso país, ladrões de senhas bancárias são 3,6 vezes mais comuns do que em outras partes do mundo, conforme descobriu o analista de vírus da McAfee Guilherme Vênere no ano passado.
Analisando as senhas vazadas esse ano, os especialistas confirmaram que elas são muito fáceis de adivinhar. Eles
descobriram que escolhas realmente bobas abundavam. A frase mais comum nas senhas do LinkedIn, por exemplo, foi “link”.
Não muito atrás, veio a famosa “1234″, uma das senhas mais usadas no mundo todo (confira essa lista com as senhas e temas mais usados de todos os tempos).
Só para piorar, as senhas, que servem única e exclusivamente para nos proteger, exigem algo muito difícil de nós: memória.
Nossos cérebros não são adequados para recordar as combinações complexas de letras, números e caracteres especiais que são recomendadas (muitos não lembram nem das mais fáceis).
Isso significa que nós ainda anotamos as nossas senhas (e as guardamos, estupidamente, junto com nosso computador, nosso cartão de credito, e assim por diante).
Além disso, o “Esqueceu sua senha?” está entre os links mais populares em sites – e entre os mais perigosos, já que muitas vezes exige apenas o nome do seu animal de estimação ou time do coração, coisas facilmente determináveis a partir do Facebook, por exemplo.
Então como proteger seus dados, seu dinheiro, sua vida na internet? Certamente, com senhas não é possível.
Como são feitas as autenticações
Os profissionais de segurança afirmam que existem “dois fatores” de autenticação da identidade de alguém que servem como uma forma de “duplo controle” para autorizá-la.
Tradicionalmente, esses dois fatores incluem “algo que você tem” e “algo que você sabe”. Por exemplo, um cartão de crédito é “algo que você tem”, e um código PIN (a senha) é “algo que você sabe”.
Não é de hoje que temos ouvido falar sobre sistemas de autenticação usando biometria, como o mapeamento de retina e reconhecimento de voz. Esses sistemas ainda não são utilizados amplamente, mas já atuam em instalações que podem arcar com suas despesas.
Senhas biométricas expandem as possibilidades para a categoria “algo que você é”. Um exame de retina ou impressão digital, por exemplo, autentica os usuários com base em algo que eles são, e que, na maioria dos casos, não pode mudar.
Biometria tem uma vantagem decisiva sobre senhas: não conta com a capacidade dos usuários de se lembrar dela. Você é quem sua retina diz que você é. A desvantagem dramática, no entanto, é o risco físico que ela impõe. Quem já assistiu dramas ou filmes de ações envolvendo tecnologia sabe que o bandido nunca hesita em arrancar os olhos do mocinho para ganhar acesso a um local protegido.
As tecnologias mais recentes procuram manter a vantagem da biometria sem criar o mesmo nível de risco físico.
Ou seja, elas envolvem “algo que você faz”, tais como a maneira de andar. Outra ferramenta similar envolve quantificar a maneira única com que usuários teclam, uma técnica chamada de “análise de teclas”. Essas técnicas são chamadas de “comportamentais”, são exclusivas e podem ajudar na autenticação das pessoas.
Comportamentos e perfis
Um novo estudo da Universidade Carnegie-Mellon (EUA) em parceria com uma pequena empresa canadense está investigando se a forma de caminhar das pessoas pode ser usada como uma maneira simples, mas segura de afirmar suas identidades.
Esses e outros traços comportamentais podem formar “perfis” das pessoas que alertam quando não são elas que estão realizando suas atividades protegidas.
O sistema estudado pelos pesquisadores da Carnegie-Mellon usa um “BioSole”, dispositivo inserido em sapatos para avaliar a marcha da pessoa, e se ela corresponde ao padrão distinto do registro existente para verificar a identidade da pessoa.
Outra técnica comportamental promissora se aproveita de uma habilidade que a maioria dos jogadores de videogame conhece bem: os usuários aprendem comportamentos que se tornam automáticos através de jogos.
Mais tarde, eles podem recordar esses comportamentos aprendidos – reconhecer padrões, por exemplo – sem ter que pensar sobre eles. Pesquisadores da Universidade de Stanford e Northwestern (EUA) estão trabalhando em um sistema que “ensina” os usuários a reconhecer um padrão de pontos em uma imagem como um quebra-cabeça, e usá-lo como senha.
Marty Jost, que trabalha com autenticação na empresa Symantec, acredita que técnicas comportamentais são as mais propícias para a próxima geração de “senhas”. “Biometria pode lhe decepcionar. Por exemplo, quando você mais precisa dela, suas impressões digitais estão sujas e o sistema não as lê direito. A chave para o sucesso é fornecer um segundo fator, que não seja difícil de usar”, opina.
A Symantec está se concentrando em técnicas comportamentais que não necessitam de mudanças dramáticas para os usuários.
Por exemplo, a empresa usa técnicas comportamentais como observar o tipo de atividades que o usuário realiza. Se uma atividade não usual ocorre – como um usuário que normalmente se conecta a partir de Nova York de repente se conectar a partir de Hong Kong -, uma “bandeira vermelha” surge para que os especialistas descubram se houve falha de segurança.
Da mesma forma, um usuário que geralmente transfere pequenas quantias de dinheiro de uma conta é sinalizado se ela ou ele de repente pede uma transferência para um valor muito maior.
“Os dados comportamentais ao longo do tempo desenvolvem um perfil”, disse Jost. “Podemos analisar esses padrões sem ter que envolver o usuário”.
A tolerância do usuário para tomar precauções extras de segurança depende da motivação. Alguns métodos “exóticos” de precaução já estão em uso hoje em dia quando as circunstâncias incentivam a sua utilização.
Em áreas de alta criminalidade no Brasil, por exemplo, máquinas que detectam os padrões de fluxo de sangue na palma da mão de um usuário foram implantadas. Nos EUA, nos locais onde as taxas de roubo de caixas eletrônicos não são publicadas pelos bancos, um crime dessa natureza rende aos ladrões mais de 10 vezes mais do que em aéreas mais bem protegidas.
Enquanto isso, os sistemas existentes de reconhecimento facial e de voz, como o “Unlock Face” da Samsung e o Siri da Apple, ajudam os consumidores médios a se acostumar com a biometria em suas vidas cotidianas.
Apesar dos avanços tecnológicos e da alta taxa de crimes cibernéticos, será que as senhas vão mesmo desaparecer de vez?
“Acho que a consciência do problema está crescendo rapidamente: é muito fácil adivinhar senhas, e, usando outros tipos de sistemas, você pode superar isso. Então será que haverá uma revolução nas senhas? Não tenho certeza. Mas espero que sim”, argumenta Jost.[NBCNews]

7 conceitos bizarros da física que todos devem conhecer


No dia-a-dia, conceitos básicos de física (como força, aceleração e pressão) não causam tanto espanto, nem soam absurdos. Quando mudamos para outros cenários, porém, as regras mudam: no mundo subatômico, por exemplo, partículas podem estar em dois lugares ao mesmo tempo, e só o fato de observá-las já altera seu estado; buracos negros podem conter a massa de uma estrela condensada em um único ponto; e para um objeto viajando à velocidade da luz, o tempo passa mais devagar.
Confira a seguir estas e outras ideias que fogem do que nós consideramos “normal” – mas que não causam tanto espanto em cientistas da área.
1 – Relatividade
O termo se refere a duas das mais famosas teorias da física, ambas propostas por Albert Einstein. Na primeira, divulgada em 1906, o físico demonstrou, por meio de uma série de cálculos, que a velocidade da luz é a maior que pode ser atingida por um corpo. Outra ideia defendida por Einstein foi a de que o tempo pode passar mais devagar (ou mais rápido) conforme a velocidade do observador.
Em 1916, ele publicou uma versão expandida dessas ideias, chamada de Teoria Geral da Relatividade. Desta vez, ele abordou também a questão da gravidade, que, segundo ele, seria uma distorção do espaço-tempo causada por objetos massivos. Essa teoria também prevê a existência dos estranhos buracos negros e ajuda a compreender a distorção sofrida pela luz ao atravessar galáxias (causada pela grande força gravitacional desses objetos).
2 – Mecânica Quântica
Átomos, todo mundo sabe, são extremamente pequenos. Partículas como prótons e elétrons, por sua vez, são ainda menores, tão pequenas que, em seu “mundo”, prevalece a Mecânica Quântica – proposta no começo do século 20.
Na escala subatômica, as partículas podem se comportar como ondas e podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo. É na Mecânica Quântica que estão outros conceitos curiosos, como “emaranhamento” e o “Princípio da Incerteza”.
3 – Teoria das Cordas
Essa teoria (que, por sinal, é estudada pelo personagem Sheldon Cooper, do seriado The Big Bang Theory) sugere que partículas não são pequenos pontos, mas dobras em objetos unidimensionais similares a cordas. A diferença entre as partículas seria a frequência com que as cordas vibram.
A Teoria das Cordas é uma tentativa de conciliar a Física Quântica e a Teoria Geral da Relatividade, além de uma possível base para a hipotética “Teoria do Tudo”, que, supostamente, será capaz de unir todos os conceitos físicos e explicar o universo.
4 – Singularidade
Na física, o termo se refere a um ponto em que tempo e espaço estão infinitamente curvados. Acredita-se que existem singularidades no centro de buracos negros (dentro dos quais, por exemplo, a massa de uma estrela pode estar condensada em uma região minúscula, ou mesmo em um único ponto) e, ainda, que o próprio Big Bang teria começado a partir de uma.
5 – Princípio da Incerteza
Formulado em 1927 pelo físico alemão Werner Heisenberg, o princípio seria uma das consequências da Mecânica Quântica e se refere à precisão máxima em que seria possível medir a localização e a velocidade de uma partícula subatômica.
Há dois fatores por trás da incerteza apontada pelo princípio: o primeiro é o de que a simples medição de algo (no caso, uma partícula) já afeta este objeto; o segundo é o fato de que o mundo quântico não é “concreto”, mas baseado em probabilidades, dificultando a medição do estado de uma partícula.
6 – Gato de Schrödinger
Esse termo se refere a uma experiência teórica imaginada pelo físico austríaco Erwin Schrödinger em 1935, que demonstraria o quão estranha era a incerteza por trás da Mecânica Quântica.
Schrödinger propôs que se imaginasse um gato, preso em uma caixa junto com material radioativo. No experimento, haveria 50% de chance de que o material se deteriorasse, emitindo radiação e matando o gato, e 50% de chance de que o material não emitisse radiação e que o gato sobrevivesse.
De acordo com a física clássica, um desses cenários obrigatoriamente se tornaria realidade e poderia ser observado quando alguém abrisse a caixa. De acordo com a Mecânica Quântica, contudo, o gato não estaria nem vivo nem morto até que alguém abrisse a caixa e observasse (medindo e, portanto, afetando a situação).
7 – Emaranhamento
É um dos fenômenos mais conhecidos da Mecânica Quântica, no qual duas partículas, mesmo quando separadas por uma enorme distância, são afetadas mutuamente – ou seja, se uma se move, a outra se move na mesma direção.
O conceito perturbou o próprio Albert Einstein, que o chamou de “assombrosa ação a distância”. O emaranhamento já foi induzido em experimentos e cientistas esperam, algum dia, poder aproveitá-lo para criar computadores supervelozes.[LiveScience]