Luanda - A Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC)
apresentou nesta quarta-feira, 09, em Luanda, três presumíveis autores
materiais do homicídio voluntário do cidadão Jorge Valério Coelho da Cruz
"Tucho", em Setembro do ano transacto. Trata-se de João Manuel Mateus
"Teodoro Bate Ngo", Victor Nsumbo Valdemiro "Baía" e Manuel
Daniel Lopes Lima "Bravo", que se encontram detidos na DNIC
juntamente com Jéssica Coelho, ex-namorada da vítima.
Fonte:
Angop
Em conferência de imprensa convocada para o efeito,
o director nacional da DNIC, comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre, fez
saber que em data não determinada do mês de Setembro do ano transacto, a jovem
Jéssica Coelho manifestou a Manuel Lima "Bravo" (motorista da
família), a intenção de recrutar alguém com capacidade de resgatar o telefone
de Jorge Valério "Tucho", seu ex-namorado, que continha registos de
imagens em vídeo comprometedoras para si.
Com efeito, o comissário-chefe afirmou que a jovem Jéssica disponibilizou-se a pagar aos executantes do crime a importância de USD 8.000,00, equivalente a cerca de 800 mil kwanzas.
Na sequência desta solicitação, segundo o responsável da DNIC, Manuel Lima contactou os seus amigos "Naró" e "Teodoro", aos quais informou da missão, tendo combinado encontrarem-se com Jéssica Coelho para acertos de pormenores do acto.
Adiantou que os marginais João Mateus "Teodoro" e Rodrigo Vidal "Naró" deslocaram-se em seguida ao bairro do Cruzeiro, distrito urbano da Ingombota, ao encontro de Manuel Lima "Bravo", que de seguida os transportou numa carrinha de marca Toyota Hilux de cor preta até ao colégio onde Jéssica Coelho estuda.
Naquele local, Manuel Lima "Bravo" apresentou os seus amigos à Jéssica, informando-a que os mesmos estavam dispostos a executar a missão solicitada. "A Jéssica Coelho informou aos comparsas que a missão seria de eliminar fisicamente o seu namorado, pelo facto daquele possuir no seu telefone registos de imagens suas muito comprometedoras e que ameaçou envia-las ao seu pai ou postá-las nas redes sociais", disse o oficial comissário.
Para o cumprimento da missão, disse, os marginais João Mateus "Teodoro" e Rodrigo Vidal "Naró”"solicitaram a importância de USD 14.000,00 (catorze mil dólares norte americanos), proposta que após negociação com Jéssica Coelho ficou acordada em oito mil dólares.
Em cumprimento do macabro plano, segundo a fonte da DNIC, João Mateus "Teodoro" e Rodrigo Vidal "Naró" contrataram um outro marginal, identificado por Victor Nsumbo Valdemiro "Baía", que ao corrente da missão, sem hesitação aceitou, tendo sido incumbido de alugar uma viatura e adquirir uma pistola, meios que viriam a ser utilizados para o cometimento do crime.
A fonte acrescentou que em Setembro de 2012, mês da ocorrência do crime, João Mateus "Teodoro" e Victor Valdemiro "Baía", fazendo-se transportar numa viatura de marca Toyota Starlet, por atraso de Rodrigo "Naro", recrutaram Antocha Niata, que prontamente acedeu ao convite, rumando para as imediações do Cemitério Alto das Cruzes, onde chegaram por volta das 21 horas, aguardando por instruções de Bravo que, durante o dia, por insistência de Jéssica Coelho, o vinha pressionando para a execução do acto.
Manuel Lima "Bravo" juntou-se ao grupo nesta mesma noite, tendo-lhes indicado as características físicas da vítima, dizendo-lhes que estava em contacto permanente com a Jéssica Coelho, que o pontualizava dos movimentos do ex-namorado.
Passado algum tempo, adianta a fonte, foram informados por Manuel Lima "Bravo" que a vítima chegaria a todo o momento, a bordo de uma viatura cuja marca não sabia precisar, mas que o deixaria no portão da casa de Jéssica Coelho, local onde os três supostos marginais discretamente se posicionaram.
Com efeito, Jéssica comunicou telefonicamente a Manuel Lima "Bravo" e este aos marginais contratados, a chegada do ex-namorado, que enquanto aguardava no portão por Jéssica, foi cercado pelos marginais que, com uma pistola de marca Makarof, apontaram para o abdómen e sem que aquele mostrasse resistência, levaram-no até a viatura e raptaram-no. "De imediato, retiraram o telemóvel da vítima e partiram daquele local em direcção as imediações do Estádio 11 de Novembro. Ali, numa área de casas em construção, retiraram o Jorge Valério da viatura e começaram a espancá-lo, atingindo-o com blocos de betão", contou.
Segundo o director da DNIC, o infeliz foi atirado para um tanque de água de onde escapou, tendo de seguida sido alcançado pelos marginais, que estavam em superioridade numérica, e levaram-no para o interior de uma obra inacabada, onde continuaram a espancá-lo, com mais violência, tendo-lhe sido enrolado um varão no pescoço que dois dos marginais apertaram com força, puxando cada um num extremo até que perdeu a vida.
Após o hediondo e bárbaro acto, adianta, os marginais saíram do local em direcção ao bairro Cortume, município do Cazenga, próximo a escola número 723, ao encontro do "Bravo", por volta das 23 horas, a quem entregaram o telemóvel do falecido, tendo na ocasião recebido, das mãos deste, a quantia de três mil dólares norte-americanos e uma semana depois, outros 3.800 dólares norte-americanos.
Segundo o comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre, diligências prosseguem com vista a captura do prófugo Antocha Nieta "Tocha", bem como outras aplicações para a consolidação das provas.
Presumível marginal confessa homicídio voluntário
O cidadão João Manuel Mateus "Tedoro", um dos autores confessos do homicídio voluntário de Jorge Valério manifestou-se arrependido pelo facto de ter participado no ilícito, que chocou a sociedade angolana nos últimos tempos. Teodoro disse à imprensa, terem sido contratados para eliminar fisicamente Tucho, ex-namorado de Jéssica Coelho.
Referiu que no encontro que mantiveram com Jéssica Coelho, a mesma de imediato utilizou a seguinte expressão: "Quero empacotar o meu namorado, ou seja eliminá-lo fisicamente". Disse ter indagado a ela se realmente estava preparada psicológica e espiritualmente para tamanha empreitada, ao que respondeu que sim. De imediato, solicitaram um adiantamento de 500 dólares norte-americanos, cedido prontamente.
Segundo referiu, o suposto marginal, posteriormente deslocaram-se ao bairro Cruzeiro onde, em companhia com os seus comparsas, pegaram em Jorge Valério e meteram o mesmo no interior de uma viatura e levaram-no até as imediações do Estádio 11 de Novembro, onde o espancaram até a morte. "Espancámo-lo com pedras, blocos, paus, entre outros, e só assim é que acabou por sucumbir (…)", confessou.
Adiantou que após a consumação do acto, retiraram-se do local do crime e foram ao encontro de Manuel Lima "Bravo" (motorista da família de Jéssica), para a recepção da primeira tranche do montante combinado. "Repartimos os valores, eu levei em dólares o equivalente em Kwanza a 140 mil, o meu amigo 170 mil e um outro rapaz que também se encontrava connosco levou 50 mil. Estou bastante arrependido por ter participado neste crime, que lesou muito a sociedade", disse.
Com efeito, o comissário-chefe afirmou que a jovem Jéssica disponibilizou-se a pagar aos executantes do crime a importância de USD 8.000,00, equivalente a cerca de 800 mil kwanzas.
Na sequência desta solicitação, segundo o responsável da DNIC, Manuel Lima contactou os seus amigos "Naró" e "Teodoro", aos quais informou da missão, tendo combinado encontrarem-se com Jéssica Coelho para acertos de pormenores do acto.
Adiantou que os marginais João Mateus "Teodoro" e Rodrigo Vidal "Naró" deslocaram-se em seguida ao bairro do Cruzeiro, distrito urbano da Ingombota, ao encontro de Manuel Lima "Bravo", que de seguida os transportou numa carrinha de marca Toyota Hilux de cor preta até ao colégio onde Jéssica Coelho estuda.
Naquele local, Manuel Lima "Bravo" apresentou os seus amigos à Jéssica, informando-a que os mesmos estavam dispostos a executar a missão solicitada. "A Jéssica Coelho informou aos comparsas que a missão seria de eliminar fisicamente o seu namorado, pelo facto daquele possuir no seu telefone registos de imagens suas muito comprometedoras e que ameaçou envia-las ao seu pai ou postá-las nas redes sociais", disse o oficial comissário.
Para o cumprimento da missão, disse, os marginais João Mateus "Teodoro" e Rodrigo Vidal "Naró”"solicitaram a importância de USD 14.000,00 (catorze mil dólares norte americanos), proposta que após negociação com Jéssica Coelho ficou acordada em oito mil dólares.
Em cumprimento do macabro plano, segundo a fonte da DNIC, João Mateus "Teodoro" e Rodrigo Vidal "Naró" contrataram um outro marginal, identificado por Victor Nsumbo Valdemiro "Baía", que ao corrente da missão, sem hesitação aceitou, tendo sido incumbido de alugar uma viatura e adquirir uma pistola, meios que viriam a ser utilizados para o cometimento do crime.
A fonte acrescentou que em Setembro de 2012, mês da ocorrência do crime, João Mateus "Teodoro" e Victor Valdemiro "Baía", fazendo-se transportar numa viatura de marca Toyota Starlet, por atraso de Rodrigo "Naro", recrutaram Antocha Niata, que prontamente acedeu ao convite, rumando para as imediações do Cemitério Alto das Cruzes, onde chegaram por volta das 21 horas, aguardando por instruções de Bravo que, durante o dia, por insistência de Jéssica Coelho, o vinha pressionando para a execução do acto.
Manuel Lima "Bravo" juntou-se ao grupo nesta mesma noite, tendo-lhes indicado as características físicas da vítima, dizendo-lhes que estava em contacto permanente com a Jéssica Coelho, que o pontualizava dos movimentos do ex-namorado.
Passado algum tempo, adianta a fonte, foram informados por Manuel Lima "Bravo" que a vítima chegaria a todo o momento, a bordo de uma viatura cuja marca não sabia precisar, mas que o deixaria no portão da casa de Jéssica Coelho, local onde os três supostos marginais discretamente se posicionaram.
Com efeito, Jéssica comunicou telefonicamente a Manuel Lima "Bravo" e este aos marginais contratados, a chegada do ex-namorado, que enquanto aguardava no portão por Jéssica, foi cercado pelos marginais que, com uma pistola de marca Makarof, apontaram para o abdómen e sem que aquele mostrasse resistência, levaram-no até a viatura e raptaram-no. "De imediato, retiraram o telemóvel da vítima e partiram daquele local em direcção as imediações do Estádio 11 de Novembro. Ali, numa área de casas em construção, retiraram o Jorge Valério da viatura e começaram a espancá-lo, atingindo-o com blocos de betão", contou.
Segundo o director da DNIC, o infeliz foi atirado para um tanque de água de onde escapou, tendo de seguida sido alcançado pelos marginais, que estavam em superioridade numérica, e levaram-no para o interior de uma obra inacabada, onde continuaram a espancá-lo, com mais violência, tendo-lhe sido enrolado um varão no pescoço que dois dos marginais apertaram com força, puxando cada um num extremo até que perdeu a vida.
Após o hediondo e bárbaro acto, adianta, os marginais saíram do local em direcção ao bairro Cortume, município do Cazenga, próximo a escola número 723, ao encontro do "Bravo", por volta das 23 horas, a quem entregaram o telemóvel do falecido, tendo na ocasião recebido, das mãos deste, a quantia de três mil dólares norte-americanos e uma semana depois, outros 3.800 dólares norte-americanos.
Segundo o comissário-chefe Eugénio Pedro Alexandre, diligências prosseguem com vista a captura do prófugo Antocha Nieta "Tocha", bem como outras aplicações para a consolidação das provas.
Presumível marginal confessa homicídio voluntário
O cidadão João Manuel Mateus "Tedoro", um dos autores confessos do homicídio voluntário de Jorge Valério manifestou-se arrependido pelo facto de ter participado no ilícito, que chocou a sociedade angolana nos últimos tempos. Teodoro disse à imprensa, terem sido contratados para eliminar fisicamente Tucho, ex-namorado de Jéssica Coelho.
Referiu que no encontro que mantiveram com Jéssica Coelho, a mesma de imediato utilizou a seguinte expressão: "Quero empacotar o meu namorado, ou seja eliminá-lo fisicamente". Disse ter indagado a ela se realmente estava preparada psicológica e espiritualmente para tamanha empreitada, ao que respondeu que sim. De imediato, solicitaram um adiantamento de 500 dólares norte-americanos, cedido prontamente.
Segundo referiu, o suposto marginal, posteriormente deslocaram-se ao bairro Cruzeiro onde, em companhia com os seus comparsas, pegaram em Jorge Valério e meteram o mesmo no interior de uma viatura e levaram-no até as imediações do Estádio 11 de Novembro, onde o espancaram até a morte. "Espancámo-lo com pedras, blocos, paus, entre outros, e só assim é que acabou por sucumbir (…)", confessou.
Adiantou que após a consumação do acto, retiraram-se do local do crime e foram ao encontro de Manuel Lima "Bravo" (motorista da família de Jéssica), para a recepção da primeira tranche do montante combinado. "Repartimos os valores, eu levei em dólares o equivalente em Kwanza a 140 mil, o meu amigo 170 mil e um outro rapaz que também se encontrava connosco levou 50 mil. Estou bastante arrependido por ter participado neste crime, que lesou muito a sociedade", disse.
Já Manuel Lima "Bravo" (motorista da família de Jéssica) disse ter
sido contactado por Jéssica, para apresentação de pessoas que pudessem tirar o
telefone do namorado, por conter fotos indecentes tiradas com Jorge Valério e
que comprometiam, de certa maneira, a sua personalidade. Disse ainda que de
princípio não aceitou a proposta de Jéssica, mas que perante a insistência
desta, acabou por recrutar os supostos marginais para a tarefa.
Adiantou que os cidadãos contratados viriam depois acertar com Jéssica para a tarefa, a troco de oito mil dólares norte-americanos. "Mas eu só sabia que a intenção era simplesmente para receber o telefone do seu namorado, mas não eliminá-lo fisicamente". Instado como a Jéssica, de apenas 17 anos, adquiriu avultadas somas monetárias para contratar os supostos marginais, afirmou que presume ter recebido valores da sua progenitora.
Adiantou que os cidadãos contratados viriam depois acertar com Jéssica para a tarefa, a troco de oito mil dólares norte-americanos. "Mas eu só sabia que a intenção era simplesmente para receber o telefone do seu namorado, mas não eliminá-lo fisicamente". Instado como a Jéssica, de apenas 17 anos, adquiriu avultadas somas monetárias para contratar os supostos marginais, afirmou que presume ter recebido valores da sua progenitora.
a policia do nosso pais so sabe proteger marginais e mandar parar carros para cobrar 100 a 500 kzs, e nada mais. nao tem tecnicas de investigaçao criminal e nem qualidade para vigilancia, angola nao adianta ainda ter policia. é ainda considerada a classe dos mais delinquentes do pais. um pais democratico e de direito como brasil a policia trabalha dia e noite para vigilançia da populaçao e investigaçao criminal. o MPLA deve abandonar o poder é corrupto.
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