Johanesburgo - Faz parte do circulo restrito de José Eduardo
dos Santos de onde notabilizou-se como o oficial general que geria as
comunicações do gabinete presidencial. Foi afastado da referida
função em Setembro de 2010 e desde então passou a dedicar-se aos assuntos
pontuais do PR, conservando assim a posição simbólica de consultor da
Casa Segurança/Militar da presidência..
Fonte:
Club-k.net
Parte da fortuna de JES está em seu nome
Filho de pai
educador primário, Manuel Maria Nascimento (ex- professor da escola São
Domingos), o general Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”
provêem de uma família que na década de 70/80 se protagonizou no antigo
bairro “Congo Pequeno”, hoje Saiotes nos arredores do bairro Nelito
Soares. Quando chegou a idade para ir para tropa,
Leopoldino foi despachado para a província da Huila para fazer a
recruta e por influencia do seus cunhados (general
Carlos Rodrigues da Cruz “Faisca” e o malogrado “Bazuca”) ganhou uma
bolsa de estudos para Bulgária onde, na década de 80,
estudou telecomunicação militar. Regressado ao país foi colocado
como quadro das comunicações do Estado Maior das Forças Armas.
A entrada para o circulo presidencial aconteceria em circunstancias de sorte e por influencia de figuras que estariam em ascensão no “futungo de belas”. Isto é, na primeira semana de Dezembro de 1992, o Presidente da Republica, nomeou um novo chefe da Casa Militar, o então coronel “Beto” Van-Dúnem, de sua graça Osvaldo Serra Van-Dúnem. Naquela altura, o departamento das comunicações da Casa Militar era chefiado por um oficial que dava pelo nome de “Kalei”, notabilizado por ter andado em todas as guerras como guerrilheiro do MPLA. “Kalei” respondia ao Coronel “Beto”, porém, as relações entre ambos ficaram marcadas por contradições, o que levou o então Chefe da Casa Militar a ir buscar alguém no Estado Maior das FAA que pudesse render o então responsável das comunicações da presidência, que por sua vez foi enviado para embaixada angolana em Lusaka como adido militar, onde faleceu, na década de 90.
Leopoldino do
Nascimento que já era conhecido do então coronel “Beto” Van-Dúnem através
dos seus progenitores ao qual se dizia haver laços de
parentescos seria então o escolhido para substituir o general “Kalei”.
“Dino” chegou com a patente de major e por portas e travessas arranjou
amizade com a primeira dama, Ana Paula dos Santos, a qual se aproximou
por intermédio de uma irmã desta. Através desta amizade
chegou até ao circulo do próprio PR, José Eduardo dos Santos.
Oportunisticamente, o general Manuel Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, o
novo Chefe da Casa Militar que seria nomeado, em Julho de 1995, viu
nesta amizade uma forma de também se tornar ainda mais chegado ao
PR tendo promovido “Dino” do Nascimento para o seu próprio
proveito. Envolveu-lhe também em todos os negócios fazendo dele, um dos
generais mais ricos de África.
Ao longo da sua permanência no circulo presidencial, “Dino”, viveu também momentos menos bons que levou o PR a manter-lhe, afastado por cerca de seis meses em casa. O problema foi baseado, em insinuações despropositadas atribuídas a Fernando Miala, então Chefe do SIE. Depois da hostilização foi dignamente recuperado e hoje é classificado como um dos amigos do PR, do momento. Têm uma amizade de filho para pai. JES retribui-lhe, a fidelidade. A poucos anos atrás, o general “Dino” perdeu a sua mãe, Dona Mesquita e o Presidente da República, num gesto ao qual se dispensou publicidade da imprensa, acompanhou-lhe até, ao cemitério.
A amizade que tem com o PR é ao ponto de que quando há jogos de futebol internacional de grande envergadura ou quando a selecção de basquete ou de futebol nacional joga fora do país, o PR convida-o para assistir com ele a partida, nos seus aposentos.
JES aprecia também nele a sua discrição. Não é exibicionista, e sabe estar no seu lugar, aproveitando as oportunidades que a vida lhe dá. Sob consentimento do mesmo foi afastado do cargo das comunicações da PR tendo sido rendido por Filipe Figueiredo, um brigadeiro saído do Estado Maior das FAA. “Dino” foi de seguida nomeado, consultor do chefe da Casa Militar, general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”. Na practica é ele que age como um “chefe adjunto” da Casa Militar. É ele que agora resolve todos os assuntos particulares do PR. Esta sempre presente nas viagens presidências.
“Dino”, esta agora ligado a JES e a dupla “Kopelipa” e Manuel Vicente a vários títulos – incluindo negócios comuns. A dois anos atrás comprou 12 quintas em Portugal de uma só vez em favor dos interesses econômicos de JES, gesto, este que foi visto como uma forma de conservarem dinheiro em bens imobiliário no estrangeiro.
Segundo uma pesquisa desenvolvida pelo jornalista Rafael Marques, o general “Dino” é acionista da Unitel, através da Geni, que detém 25% do capital da operadora. Junto com o general “Kopelipa” e Manuel Vicente é acionista no grupo Medianova, cujo investimento inicial ultrapassa os 70 milhões de dólares.
É sócio da petrolífera, Nazaki Oil & Gás que tem também como proprietários, com quotas iguais, o Chefe da Casa Militar e o actual Vice- Presidente angolano. Em muitos negócios onde consta o nome do general “Kopelipa” e de Manuel Vicente, o general “Dino” entra como terceira parte em representação dos interesses do Presidente José Eduardo dos Santos, razão pela qual chancelarias estrangeiras em Luanda, entendem que parte da fortuna e bens do PR encontra-se em nome de Leopoldino Fragoso do Nascimento.
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reeditado
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