Muitos mitos à volta desta lagoa. É a célebre Lagoa do Feitiço, referência obrigatória em qualquer viagem ao Uíge.
Dizem ....-e acredite se quiser - que tocar nas águas desta lagoa é desafiar a morte. Verdade ou mentira, o certo é que ninguém se atreve. Todos preferem manter-se afastados dessas águas. À cautela... porque nunca se sabe.
São os mitos que tornam o Uíge muito especial. Remmember A SAÚDE DO MORTO de um tal de LF
http://luisfernandoangola.blogspot.com/2008/06/lagoa-do-feitio.html
Lagoa do Feitiço no Uíge
Ainda no leste de Angola, entre os Tucôkwe da comunidade rural, a tradição proíbe as crianças e adolescentes de ir muito cedo (às manhãs) ou muito tarde ao rio (lwiji) e à lagoa (citende, lê-se tchitende), sobretudo se estiver a nevar. A razão dessa proibição é que “Samutambyeka”, uma figura mitológica monstruosa, mais alta do que os eucaliptos, temível pela população, bebe muita água nesses períodos e evita a presença de pessoas antes de ficar saciado. Enquanto bebe, sopra a partir da boca e das narinas um jacto de água que se transforma em nevoeiro.
O arco-íris (Cezangombe, lê-se tchezangombe) que normalmente aparece às tardes e quando está a chover, é utilizado para fazer entender às crianças e aos adolescentes a presença, nessa altura, do também chamado “Espírito perdido”, perto dos rios e lagoas.
“Samutambyeka” é coadjuvado por forças invisíveis conhecidas nessa comunidade como “yikixikixi” ou “espírito das águas”.
Do semanário O País, edição de 26/junho/2009
Mitologia da água, de Américo Kwononoka,
Diretor do Museu Nacionalde Antropologia.
http://seguindoadiante.blogspot.com/2009_06_28_archive.html
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