segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Artes moçambicanas de luto. Bertina Lopes morreu e foi sepultada em Itália


Maputo (Canalmoz) - Faleceu na madrugada da passada sexta-feira, em Roma, Itália, Bertina Lopes, pintora e escultora moçambicana. Fez os seus estudos em Belas-Artes em Lisboa e, mais tarde, em Roma, onde vivia radicada há cerca de 40 anos.
A artista nas suas obras mostra preocupações sócio-políticas através de uma forte expressividade, influenciada pelo contacto com a poesia de Noémia de Sousa e de José Craveirinha. Na fase inicial da sua carreira, regista em sua tela intitulada «Mafalala» um cenário sombrio, representando a dor do povo moçambicano que teve sua identidade esfacelada pelo processo de colonização. Para o efeito, serviu-se da pintura para prestar a sua contribuição no fortalecimento da consciência patriótica e nacionalista dos seus concidadãos, refere o Ministério do Ministério em comunicado de imprensa enviando à nossa redacção.
Os amigos tratavam-na carinhosamente por Mama B, porque viam nela corporizado o mito e a essência do ser colectivo; uma figura exemplar a seguir pelas novas gerações, sobretudo como fonte de inspiração nos nossos esforços de reconstrução e desenvolvimento nacional. Ela participou em várias exposições, em Portugal, Itália, Luxemburgo, Espanha, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Estados Unidos, Brasil, Arábia Saudita, ex-União Soviética, Grécia, de entre outros países.
Ao longo da sua carreira, Bertina Lopes foi sido alvo de numerosos estudos e análises sobre o seu trabalho artístico, facto que prestigia e engrandece as artes plásticas e a escultura do nosso país na arena internacional. Pela expressividade e mensagem das suas obras, ela recebeu vários prémios e títulos dos quais se destacam: o 1.º Prémio de Pintura Internacional do Centro Internacional para a Arte e Cultura Mediterrânea (1975); o Grande Prémio de Honra da União Europeia da Crítica de Arte (1988); o Prémio Mundial Carson da Fundação Rachel Carson, em Nova Iorque (1991); o Prémio internacional de arte “La Piejade” (1992), em Roma; e o título de Comendadora de Arte entregue pelo Presidente da República portuguesa, Mário Soares, em 1993, no período em que ela exercia as funções de conselheira cultural na Embaixada de Moçambique, em Itália. (Redacção)

1 comentário:

  1. ELA è MINHA MAE ESPIRITUAL,MINHA AMIGA,A NOSSA GALLERIA REPRESENTA ELA NO MUNDO DAS ARTES..
    VAMOS FAZER VARIOS EVENTOS EM SUA HONRA..
    NO BRASIL E NA ITALIA
    POR FAVOR CONTATEM SE PUDEREM E QUISEREM
    GRAZIE
    REGINA NOBREZ
    www.tartagliaarte.com

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