Se existe uma lógica sob a qual
os assaltantes mais ousados trabalham, ela diria que o importante é que a
operação seja bem sucedida e a pessoa saia impune com o produto do roubo,
certo? Alguns dos casos que não saíram exatamente como planejados, no entanto,
acabaram se tornando os mais notórios da história. Confira uma compilação com
os mais esquisitos “produtos” já surrupiados:
12 – Dirk, o Pinguim
Começamos com um caso recente: em abril deste ano,
três homens britânicos resolveram apimentar suas férias em Gold Coast, na
Austrália, com uma pequena travessura. Alcoolizados, eles pularam o alambrado
do parque aquático durante a noite e sequestraram o pobre Dirk, um pinguim que
vive no local.
Foi apenas ao acordar de ressaca, no dia seguinte,
que eles se deram conta que havia uma exótica ave aquática com eles no quarto.
Sem saber o que fazer, abandonaram-no em um lago das proximidades, onde ele foi
encontrado à noite. Nossos três herois alegaram, com sucesso, que não pretenderam
em nenhum momento machucar o animal, mas levaram uma grande multa mesmo assim.
Dirk, por sua vez, já se recuperou e passa bem.
11 – O tesouro do Rei Eduardo I
A famosa Abadia de Westminster, em Londres, foi
construída no ano 1050. Naquela época, já havia credores judeus, bem como um
grande número de desesperados devendo para eles. Um destes desafortunados,
Richard Pudlicott, teve uma ideia luminosa para resolver seus problemas
financeiros em 1303: assaltar o tesouro lendário do monarca Eduardo I, guardado
a sete chaves no monumento.
O método de Puddlicot foi impressionante: ele foi
desgastando, aos poucos e pelo lado de fora, a parede cujo interior dava para a
sala onde estavam guardadas joias e moedas raras (tal informação privilegiada
ele conseguiu com ajudantes paroquiais que se deixaram subornar por
antecedência). Conforme desgastava a parede, Pudlicott ia plantando hera no
lugar, para disfarçar.
Quando o buraco ficou grande o suficiente, ele se
esgueirou para dentro do templo e saiu levando tudo o que foi capaz de carregar
consigo. O valor de seu assalto equivalia a mais de um ano de impostos de todo
o reino inglês da época.
A casa caiu para o ladrão britânico pouco tempo
depois, quando algumas das moedas que ele afanou foram encontradas por emissários
da nobreza em uma casa de penhores. Até que o verdadeiro culpado fosse
localizado, muita gente foi interrogada e colocada contra a parede. No fim das
contas, Richard acabou confessando o crime, foi enforcado, esfolado, e sua pele
exposta na porta da Abadia para servir de exemplo.
10 – Carro-forte de Las Vegas
O norte-americano Roberto Solis saiu do anonimato
em 1969 ao matar um segurança durante um assalto a banco. Depois de 23 anos na
cadeia (onde tinha a poesia como seu maior passatempo), o homem foi solto.
Pouco tempo depois, ele começou a namorar uma mulher de vinte anos chamada
Heather Tallchief, que conseguiu trabalho em uma empresa de segurança que
levava e trazia dinheiro para Las Vegas, capital mundial dos cassinos.
Durante uma das viagens, em outubro de 1993, a moça
iludiu seus companheiros de trabalho e fugiu com o carro-forte, que carregava
2,5 milhões de dólares (o equivalente atual a R$ 5 milhões), encontrou Solis e
os dois fugiram. Durante doze anos, o casal escapou das garras da polícia.
Até que um belo dia, em 2005, Solis saiu pelo mundo
sozinho, com o dinheiro, e abandonou sua companheira com apenas mil dólares e
um filho para criar. Ela acabou sendo localizada e está presa. Solis, no
entanto, continua solto: é o homem mais procurado dos EUA.
9 – O roubo do colar-bomba
O dia 28 de agosto de 2003 começou normal para o
entregador de pizzas Brian wells, de Erie (Pensilvânia), nos Estados Unidos. Ao
chegar a mais um endereço com a pizza quentinha, no entanto, o americano não
foi recebido por consumidores com fome, mas sim por um homem e uma mulher
armados.
Sob a mira de um revólver, Brian foi forçado a
vestir um colar acoplado a um poderoso explosivo. Com este “adorno”, o pobre
entregador recebeu as instruções de assaltar um banco e entregar o dinheiro em
determinados lugares, cada etapa tendo que ser cumprida em um tempo-limite.
Caso contrário, a bomba explodiria.
Um assaltante não se faz do dia para a noite.
Armado, Brian entrou no banco, exigiu 250 mil dólares mas recebeu menos de 10
mil, e foi capturado pela polícia assim que deixou o recinto. Imediatamente,
Brian tentou convencer os homens da lei de que era inocente e pedia para que
chamassem o esquadrão de bombas imediatamente.
O tempo de hesitação da polícia custou a vida de
Brian: o esquadrão só chegaria três minutos depois de a bomba explodir e abrir
um rombo no peito do entregador de pizzas. Eventualmente, descobriu-se que a
história das etapas era uma enganação: a bomba explodiria de qualquer maneira.
Pouco tempo depois, o casal criminoso foi localizado e condenado.
8 – As joias da coroa do Rei George
Assim como a Abadia de Westminster, a Torre de
Londres também já foi alvo da cobiça de ladrões. O assaltante, neste caso, era
o coronel Thomas Blood, ex-integrante das forças armadas do reino e já acusado
de traição. As joias oficiais do monarca George II eram guardadas sob a tutela
de um homem de 77 anos. Em 1671, o coronel se disfarçou de abade e visitou a
Torre durante semanas, até ganhar a confiança do velho guardião.
Quando isso aconteceu, Blood convenceu o homem a
mostrar as joias em privativo para ele e sua “família” (na verdade eram
cúmplices do assaltante). Quando entraram na sala restrita onde se guardavam os
valores, Blood acertou uma marretada na cabeça do velho, o derrubou, amarrou e
amordaçou.
O coronel e seus cúmplices conseguiram deixar a
torre com os bens, ainda que tivessem que cortar o Cetro Real em duas partes e
amassar a coroa com outra marretada, para que coubessem no saco. Mas a alegria
durou pouco: o guardião septuagenário acordou e conseguiu dar o alarme de roubo
para que os criminosos fossem encontrados.
Apesar da audácia e do declarado descaso com as
joias, o coronel Blood acabou anistiado pelo Rei George e ganhou um tranquilo
exílio com terras garantidas na Irlanda. Especula-se que a benevolência do rei,
na verdade, era medo de uma possível represália dos cúmplices caso ele fosse
executado.
7 – O fracasso dos assaltantes homossexuais
John Wojtowicz (27 anos) e Salvatore Naturile (18)
eram dois companheiros nova-iorquinos que acordaram no dia 22 de agosto de 1972
dispostos a assaltar um banco. É provável que eles realmente só tenham decidido
assaltar o banco no próprio dia, tão mal planejada foi a operação. Eles não
usavam máscaras nem luvas para ocultar pistas comprometedoras e evitar
testemunhas, chamavam um ao outro pelo primeiro nome e levaram mais de vinte
minutos para roubar tudo o que pretendiam.
Dessa maneira, a polícia já estava toda preparada e
cercava o prédio quando eles finalmente decidiram sair. Como não puderam,
ficaram presos do lado de dentro do banco e fizeram os clientes de reféns.
Exigiam um helicóptero para deixar o local em segurança, mas acabaram enganados
pelos policiais e foram encurralados na agência.
O mais novinho, Salvatore, resistiu e acabou sendo
morto com um tiro. John Wojtowicz, por sua vez, acabaria preso. O dinheiro que
ele pretendia roubar, conforme se descobriu depois, era para que o namorado
pudesse fazer uma cirurgia de mudança de sexo.
6 – Taça Jules Rimet
Desde 1930, quando foi realizada a primeira Copa do
Mundo de futebol, a cobiçada taça Jules Rimet passou de um país campeão a outro
a cada quatro anos, sempre guardada nas sedes das federações com a maior
segurança possível. Em 1966, pouco antes da abertura da oitava Copa do Mundo,
na Inglaterra, o troféu já estava exposto para visitação na Abadia de
Westminster.
Em um pequeno descuido durante a troca de guarda,
na hora do almoço, a taça de 35 centímetros de altura e 3,8 quilos desapareceu,
misteriosamente e sem que nenhuma testemunha tivesse visto algo. No dia
seguinte, uma voz identificada “Jackson” ligou para a Football Association
(Federação de Futebol da Inglaterra), identificou-se como o ladrão e ameaçou
derreter a taça caso chamassem a polícia. Chamaram mesmo assim, rastearam o
telefonema e prenderam “Jackson”. Mas a taça não estava com ele.
Uma semana depois, com a polícia ainda tonta e sem
saber por onde continuar as investigações, um homem chamado David Corbett
andava com seu cachorro Pickles pelas ruas de Londres quando o animal farejou
em meio ao lixo um saco, no qual havia algo enrolado em jornal.
Por um motivo ainda desconhecido, era a taça que
estava lá, jogada. Ao devolver a relíquia, Corbett seria recompensado com mais
de 6 mil libras (o equivalente atual a 19 mil reais), e o cãozinho Pickles
acabou virando uma estrela de cinema e televisão.
5 – “O grito”, de Edvard Munch
Uma das telas mais famosas do expressionismo
europeu do século XIX existe não em uma, mas em quatro versões originais, em
diferentes tipos de tela. Uma delas, exposta na Galeria Nacional de Arte da
Noruega, estava segura até a chegada das Olimpíadas de Inverno de Lillehammer,
em 1994.
Devido aos eventos relativos aos Jogos, a tela
acabou sendo colocada em um lugar menos seguro, próximo a uma janela, e deu
chance para que ladrões roubassem a obra.
Eles acabariam capturados pouco tempo depois, mas o
susto não serviu de lição. Dez anos mais tarde, em 2004, assaltantes roubaram
outra versão, de outro museu norueguês, mas o roubo dessa vez foi mais bem
sucedido.
Além de conseguirem escapar, eles roubaram não
apenas “O Grito”, como também “Madonna”, ambos de Edvard Munch. O momento em
que escaparam, colocando as telas no porta-mala do carro, foi registrado por um
transeunte, mas eles se safaram mesmo assim. Apenas dois anos depois, em 2006,
as obras seriam recuperadas.
4 – O assalto do Papai Noel
Durante os anos 1920, quando a economia americana e
mundial começava a dar sinais de colapso, a depressão batia fundo e muita gente
sofreu com isso. Imagine o que Marshall Ratliff, um ex-presidiário, podia fazer
quando foi solto, em 1927, sem dinheiro e em uma sociedade com índices
astronômicos de desemprego: nada, exceto continuar a roubar bancos, sua antiga
profissão.
O problema é que seu rosto já era muito conhecido
em sua pequena cidade natal de Cisco, no Texas, que não o deixaria nem passar
perto de uma agência bancária.
Graças a essa inconveniência, Ratliff pensou em uma
solução genial: disfarçar-se de Papai Noel. O Natal se aproximava e o assalto
foi programado para o dia 23 de dezembro, para que um homem gordo andando de
casaco vermelho e um saco nas costas não fosse digno de suspeitas. Ratliff
chamou três comparsas e tudo parecia que ia correr como o esperado, mas ele
teve a infeliz ideia de percorrer a pé, sozinho, o caminho até o banco.
Antes que pudesse chegar, ele já estava sendo
abordado por dezenas de crianças, que não largaram do seu pé nem mesmo quando
ele já estava dentro do banco.
Na hora combinada, os três auxiliares de Ratliff
entraram logo em cena, brandindo as armas e mandando todos deitarem no chão.
Durante o assalto, no entanto, uma mulher entrou e pânico e saiu correndo e
gritando porta afora, apesar das ameaças. A polícia logo ficou sabendo, e
cercou o banco no encalço dos ladrões.
Teve início um tiroteio infernal, no qual dois
policiais morreram baleados e o quarteto conseguiu escapar no carro levando
mais de 150 mil dólares (cerca de R$ 300 mil). Um dos comparsas, no entanto,
acabaria mortalmente ferido durante a fuga. Ratliff sobreviveu, apesar de levar
seis tiros, e foi a julgamento depois de se recuperar. Quando a população soube
que ele alegava loucura para escapar de uma pena mais longa, invadiram a
penitenciária, lincharam-no, e ele faleceu ali mesmo.
3 – O cavalo Shergar
No mundo do hipismo, alguns cavalos vencedores têm
status de celebridades, tornando-se famosos e aparecendo em filmes. Nos anos
80, a maior estrela do mundo esportivo equino era o irlandês Shergar: aos cinco
anos de idade, já havia ganho mais de 600 mil dólares (equivalente atual a
cerca de 1 milhão e 200 mil reais) em prêmios nos páreos em que concorreu.
Em uma noite aparentemente comum em 1983, um carro
acoplado a um trailer especial para transporte de cavalos estacionou próximo às
estrebarias onde Shergar estava.
Uma quadrilha de homens mascarados desceu do carro,
foram até a casa dos cuidadores de Shergar e tocaram a campainha. Quando o
filho do caseiro atendeu, deram-lhe uma paulada na cabeça, que o nocauteou. Os
ladrões entraram na casa, renderam a família e obrigaram o caseiro a levá-los
até Sheregar.
Localizaram-no, puseram-no no carro e foram embora.
Pouco tempo depois, os donos de Shergar receberam telefonemas dos
sequestradores, que pretendiam pedir um resgate. Os donos, no entanto, se
recusaram a negociar com a quadrilha, até que as ligações cessaram. Shergar
jamais seria visto novamente.
2 – Dormindo na cena do crime
Parece inacreditável, mas no Brasil já houve
assaltos que deram errado graças a um imprevisto inusitado: o ladrão dormiu no
lugar que pretendia assaltar. Nos últimos anos, isso aconteceu mais de uma vez:
em 2008, na cidade de Canoas (RS), um rapaz de 20 anos entrou em uma casa e
assaltou-a. Fugiu com sucesso e gastou parte de seus lucros com uma pedra de
crack. Consumida a droga, decidiu que poderia entrar na mesma casa e roubar
mais objetos. Na segunda excursão, contudo, acabou dormindo no sofá e só foi acordado pela polícia na
manhã seguinte.
Em 2010, um homem em São José dos Campos (SP) teve um infortúnio parecido, também em uma casa. Em outubro
de 2011, na mesma São José dos Campos, um jovem pegou no sono no sofá de uma empresa que pretendia
assaltar. Pouco mais de um mês depois, em Goiânia, um homem arrombou a sala da
coordenação de uma escola e acabou dormindo na mesa da diretora.
1 – Taça Jules Rimet, versão brasileira
No item 6, você conheceu a história do roubo
da taça Jules Rimet, entregue aos vencedores da Copa do Mundo de 1930 até 1970.
Neste ano, na Copa do México, a seleção brasileira conquistou o tricampeonato e
ficou com a taça em definitivo (em 1974, um novo troféu – o atual – foi
inaugurado). A partir dali, ela foi guardada na sede da Confederação Brasileira
de Futebol (CBF).
Durante treze anos, a taça Jules Rimet
permaneceu ali, segura. Em 1983, no entanto, homens encapuzados invadiram a
sede da entidade e de lá surrupiaram o valioso troféu. Embora os responsáveis
tenham sido detidos, este crime jamais foi totalmente solucionado. Acredita-se,
contudo, que os ladrões tenham derretido a taça e vendido o ouro para fazer
correntinhas. Hoje, o que existe na sede da CBF é apenas uma réplica. Uma pena.
[Lisverse/Sports Illustrated]
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