On the waterfront. Realizador: Elia Kazan. Actores: Marlon Brando; Karl Malden.
Música: Leonard Bernstein. Duração: 108 min. Ano: 1954
Um caso real que ao ser transposto para livro, ganhou o célebre prémio Pulitzer. Ao passar para película veio a ganhar todos os óscares para os que estava nomeado, em especial nas categorias mais importantes.
Um duplo assassinato nas docas de Nova York. Dois trabalhadores apareceram mortos. A investigação começou mas ninguém vira nada, ninguém sabia de nada. O desemprego e as condições de trabalho eram duras. O risco de perder o emprego era grande e o de não conseguir trabalho ainda era maior. Os patrões, os "big boss" das docas não eram pessoas de fácil trato. Os sindicatos procuravam defender os trabalhadores e os seus interesses. Mas à medida que o filme se vai desenvolvendo, o que poderia parecer uma história simplista entre bons e maus começa a complexificar-se. Como acontece normalmente, a realidade não é a preto a branco. Os sindicalistas, ou melhor, alguns dos chefes dos sindicatos, estavam mais interessados em manter os seus privilégios do que os direitos dos trabalhadores. E isso traduzia-se em factos e acções que prejudicavam os próprios funcionários. Todos estavam ao corrente do que acontecia. Eram como regras não escritas nem legais, mas o medo a perder o emprego não lhes permitia denunciar a situação. E como os que tinham sido mortos, tinham ousado pôr em causa isso, o medo instalara-se. Para alguns dos patrões esse estado de coisas também não era mau pois assim conseguiam ter sempre trabalhadores obedientes e que não levantavam problemas.
Surge então o personagem interpretado por Marlon Brando, num dos seus melhores papéis. Ele sabia o que acontecera. Decidira tal como os outros, não fazer nada. Mas ao conhecer a irmã de um dos assassinados e confrontado com a injustiça de todo o sistema, decide actuar. É encorajado por amigos, mas tem consciência de que todas as consequências das suas acções recairão sobre si. É então que se joga não só o seu destino, como igualmente o de todos os colegas. Decide avançar, mas o preço a pagar será elevado…
Há situações difíceis na vida real e esta história verídica é um bom exemplo disso. E como sempre acontece, a sua resolução passa sempre pela atitude pessoal de alguém que decide actuar correndo todos os riscos. Mais do que manter uma cómoda posição laboral, preferem fazer mesmo algo de valioso por si e pelos outros. E atitudes comos esta estão ao alcance de todos…
Tópicos de análise:
1. Relações entre os sindicatos, os patrões e trabalhadores.
2. Investigar, reflectir, decidir e depois actuar.
3. Saber pedir conselho a pessoas de confiança antes de actuar.
4. A motivação intrínseca é sempre mais forte que as motivações extrínsecas.
http://educacao.aaldeia.net/filmehalodonocais.htm
Foto: http://www.dvdpt.com/h/ha_lodo_no_cais.php
Música: Leonard Bernstein. Duração: 108 min. Ano: 1954
Um caso real que ao ser transposto para livro, ganhou o célebre prémio Pulitzer. Ao passar para película veio a ganhar todos os óscares para os que estava nomeado, em especial nas categorias mais importantes.
Um duplo assassinato nas docas de Nova York. Dois trabalhadores apareceram mortos. A investigação começou mas ninguém vira nada, ninguém sabia de nada. O desemprego e as condições de trabalho eram duras. O risco de perder o emprego era grande e o de não conseguir trabalho ainda era maior. Os patrões, os "big boss" das docas não eram pessoas de fácil trato. Os sindicatos procuravam defender os trabalhadores e os seus interesses. Mas à medida que o filme se vai desenvolvendo, o que poderia parecer uma história simplista entre bons e maus começa a complexificar-se. Como acontece normalmente, a realidade não é a preto a branco. Os sindicalistas, ou melhor, alguns dos chefes dos sindicatos, estavam mais interessados em manter os seus privilégios do que os direitos dos trabalhadores. E isso traduzia-se em factos e acções que prejudicavam os próprios funcionários. Todos estavam ao corrente do que acontecia. Eram como regras não escritas nem legais, mas o medo a perder o emprego não lhes permitia denunciar a situação. E como os que tinham sido mortos, tinham ousado pôr em causa isso, o medo instalara-se. Para alguns dos patrões esse estado de coisas também não era mau pois assim conseguiam ter sempre trabalhadores obedientes e que não levantavam problemas.
Surge então o personagem interpretado por Marlon Brando, num dos seus melhores papéis. Ele sabia o que acontecera. Decidira tal como os outros, não fazer nada. Mas ao conhecer a irmã de um dos assassinados e confrontado com a injustiça de todo o sistema, decide actuar. É encorajado por amigos, mas tem consciência de que todas as consequências das suas acções recairão sobre si. É então que se joga não só o seu destino, como igualmente o de todos os colegas. Decide avançar, mas o preço a pagar será elevado…
Há situações difíceis na vida real e esta história verídica é um bom exemplo disso. E como sempre acontece, a sua resolução passa sempre pela atitude pessoal de alguém que decide actuar correndo todos os riscos. Mais do que manter uma cómoda posição laboral, preferem fazer mesmo algo de valioso por si e pelos outros. E atitudes comos esta estão ao alcance de todos…
Tópicos de análise:
1. Relações entre os sindicatos, os patrões e trabalhadores.
2. Investigar, reflectir, decidir e depois actuar.
3. Saber pedir conselho a pessoas de confiança antes de actuar.
4. A motivação intrínseca é sempre mais forte que as motivações extrínsecas.
http://educacao.aaldeia.net/filmehalodonocais.htm
Foto: http://www.dvdpt.com/h/ha_lodo_no_cais.php
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