quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Bispo de Uíge considera antidemocrática política da "cadeira vazia"



Uíge, 22 jan (RV) - O bispo de Uíge, Angola, Dom Emílio Sumbeleleo, disse nesta sexta-feira, que não lhe parece democrático o procedimento da "cadeira vazia", apresentado pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), na quinta-feira, por ocasião da aprovação da nova Constituição do país.

http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=351310
Em declarações a agência de notícias angolana, Angop, o prelado disse que os deputados da UNITA deveriam, pelo menos, ter comparecido à Assembleia Constituinte, deveriam permanecer na sala e talvez se absterem ou não votarem, da mesma forma que fizeram outros partidos, mas não desertarem.

"Não me parece muito correto, abandonar a sala. Eles estiveram presentes na elaboração e nas discussões, e na hora da aprovação abandonaram a sala. Creio que deveriam ser mais coerentes e terem permanecido na sala" – sublinhou o bispo.

Depois de ressaltar a importância da Carta Magna para o país, Dom Sumbeleleo defendeu que com esta nova Constituição, Angola vai ganhar estabilidade política e econômica, porque ela contém aspectos jurídicos que irão reger diversas estruturas. "Estou certo de que muitos aspectos saídos das discussões, por ocasião de sua apresentação pública estão plasmados nela" – frisou o prelado.
Para Dom Emílio Sumbelelo, a Constituição aprovada nesta quinta-feira pela Assembleia Nacional é de grande valia para o país, antecipando esperar que ela seja promulgada pelo presidente da República, para sua posterior publicação no Diário Oficial.

"No meu entender, na Constituição está contido aquilo que a própria população manifestou depois das consultas públicas. Acho que reflete o pensamento e o sentimento dos angolanos. Portanto – sublinhou – podemos nos rever nela. Espero que venha a ter aquela estabilidade que todos nós queremos" – concluiu.
O bispo de Uíge afirmou que Angola entrou, a partir desta quinta-feira, 21 de janeiro, numa nova época de sua vida, com a aprovação da nova Constituição do país. (AF)

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