sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Jornalistas Da RNA Festejam Afastamento De Manuel Rabelais



Londres - A semelhança do que aconteceu a alguns anos atrás em Malanje quando o povo festejou a exoneração do falecido e antigo governador Flavio Fernandes, o quadro tornou-se a repetir mas desta vez na comunicação social com o afastamento do ex- Ministro Manuel Rabelais. A decisão de JES de retirada de confiança ao mesmo foi alvo de festejo entre funcionários da RNA e TPA que empalharam mensagens de alegria nos últimos dias. (Não há informação acerca da reacção dos trabalhadores na Angop e Jornal de Angola).

Fonte: Club-k.net
Ascensão e a queda do Ministro
Para alem de ter saído com a fama de mau gestor, Manuel Rabelais é lembrado pelo registro de falta de salários (na RNA), criação de grupos de intrigas, medidas disciplinares pesadas contra jornalistas (Ernesto Bartolomeu , Amilcar Xavier, Vaz Quinguri e etc) e a imposição de filhos do PR na TPA.
A ASCENSÃO
Formado em direito, Manuel Rabelais é um reconhecido relator de desporto de radio em Angola. A sua ascensão naquela estação de radio começou a efectivar-se, quando interinou as funções de director da RNA no seguimento da morte do seu antecessor Vieira Dias. Rabelais, de acordo com uma versão interna, havia se reunido de seguida com os responsáveis da RNA nas províncias que após a oferta de viaturas e outros meio emitiram uma moção de apoio reconhecendo as suas habilidades para que ficasse director efectivo da empresa.

Em paralelo, começou a dar relevância ao factor militância no MPLA ao qual aderiu em 1997 (Cartão de militante 29308). Juntou-se ao comitê de especialidade dos jornalistas do MPLA passando a ser o responsável dos assuntos políticos. Terá sido nesta condição que rapidamente adere ao Comitê Central no V congresso em representação a classe da comunicação social. Passou a privar com Fernando Miala (o mesmo aconteceu com o Ex DG da RNA, Eduardo Magalhães)

Substituiu Hendrick Vaal Neto, na comunicação social e tão logo que assumiu as pasta de Ministro reuniu em privado alguns directores de semanários independentes em Luanda e em alguns casos passou a te-los em sociedades comerciais. Aguiar dos Santos, DG do AGORA, chegou a declinar uma convocatória no gabinete do mesmo. Nas véspera das eleições de 2008 o Ministro ofereceu viaturas a todas as redações de jornais privados. O director Aguiar dos Santos registrou a "sua" em nome do seu Semanário (para apoios aos jornalistas) e se recusa usar para fins particulares, para evitar conotações de aliciamento. Entretanto, o aparente controle que Manuel Rabelais passou a ter dos jornais privados foi aplaudido dentro do MPLA, por diferenciar do seu antecessor que mantinha relação de crispação com a classe jornalística não servidora do regime.

Na seqüência das eleições legislativas de 2008, Manuel Rabelais esteve em vias de ser afastado de Ministro ao qual foi defendido em reunião do Bureau Político por Kundy Paihama que realçou os seus feitos na campanha eleitoral. Antes disso, alguns dirigentes do MPLA mostravam-se desapontado com o mesmo após terem surgido informações segundo a qual permitia que os seus colaboradores directos lhe levassem desapreciásseis considerações a respeito do Vice Ministro, Miguel de Carvalho “Wadjimbi”, tido como “quadro do partido”.

PRECIPITAÇÃO DO AFASTAMENTO
O afastamento de Manuel Rabelais terá sido em parte provocado por denuncias e excessos seus em relação aos destinos obscuros dos fundos do orçamento do Ministério da comunicação social. Criou a sua própria entourage ao qual se incluíam alguns adidos de imprensa nas embaixadas (através dos mesmos comprou aparelhos na África do Sul para montagem de um estúdio privado com fundos do Estado).

Para as suas deslocações ao exterior, criou um “grupo de avanço”, chefiado por um colaborador seu, Abílio Montenegro. O “grupo de avanço” tinha a missão de fazer expedientes no estrangeiro (reservas em hotéis) e os seus elementos viajavam com bilhetes de primeira classe.

O Ex-Ministro aproximou-se a Tchizé dos Santos tendo proposto, a ex deputada a oportunidade de aderir a comissão de gestão da TPA. Afastou a então direcção da televisão tendo promovido a idéia de que não era ele "quem estava a mandar" e que a entrada na TPA da filha do Presidente da Republica correspondia a orientações “superiores”.

Entretanto quando em meados de Março 2009, o porta voz da Presidência, Aldemiro Vaz telefonou ao Ministro para se inteirar de uma informação que chegou ao seu gabinete dando conta que Manuel Rabelais estaria a hostilizar o então director geral da TPA, Fernando Vieira Dias Cunha, ficou claro que a entrada de Tchizé dos Santos na TPA, não representava ordens da Presidência da Republica. Por outro lado, foram notadas reações de Tchizé dos Santos quando lhe foi chegando informações que davam conta que a intenção do Ministro era usá-la como moeda de troco para se manter no posto ministerial.

Contudo, um incidente envolvendo Manuel Rabelais levaria ao desapontamento do circulo presidencial quando em finais de 2008 foram posta a circular em meios restritos, informações segundo a qual o então Ministro estava decidido a fazer uma maldade contra integridade física do jornalista Amilcar Xavier. (Os familiares do jornalista chegaram a ir ter com a família do ministro para esclarecimento.)

Há também informações de que antes do período do seu afastamento chegaram cartas de jornalistas a individualidades afectas a Presidência da Republica e ao partido MPLA contendo reclamações a respeito dos excessos do então Ministro. Em Dezembro de 2009, uma senhora do cassenda, apresentou-se como sua esposa a uma das rádios locais denunciado que teria sido espancada pelo Ministro Manuel Rabelais. A versão que chegou ao partido (entenda-se MPLA), da conta que uma senhora foi batida por “alegadamente ter desacatado uma orientação de Manuel Rabelais” e que a mesma senhora dirigi uma empresa, Sucrimat que no natal passado distribuiu cabaz aos funcionários da RNA.

De um modo geral, a exoneração de Manuel Rabelais do governo foi prejudicada por praticas que levaram a fragmentar os fundos da comunicação social espelhado nos seguintes exemplos a saber:
- Casos de subfacturação: Um grupo de brasileiros cobrou cerca de 1 milhão de dólares para realização de uma Novela “minha terra,minha mãe” feita entre Angola e Brasil. Uma outra novela, “doce pitanga” feita por angolanos através de uma produtora atribuída a Manuel Rabelais custou cerca 6 milhões de dólares.

- Gastos não justificados de cerca de 4 milhões de dólares da RNA ao qual numa reunião interna atribui culpas a ex-director da RNA, Eduardo Magalhães aconselhando-o a devolver. (Rabelais era na pratica um DG da radio a distancia)

- Criação de empresas suas que prestam trabalho nas instituições do Ministério, a exemplo da empresa Sucrimat dirigida pela esposa.

- Existência de uma folha “sombra” de salários dos trabalhadores da RNA e TPA, ao qual inclui salários de cerca de USD 2000 por jornalistas e recebimento do ordenado de pessoas já falecidas.

- No seu consulado, quando foram nomeados directores gerais impôs que os financeiros tivessem que ser homens de sua confiança. Alguns saídos do seu gabinete.

- As empresas da comunicação social tem contas no BPC ao qual recebem pagamentos. Através das empresas, Manuel Rabelais pedia financiamentos no referido banco cuja a honra de devolução era desconhecida. Quando o ministério das finanças autorizava pagamentos o mesmo usava parte daquele dinheiro para liquidez de dividas no BCP acabando as empresas como a RNA e TPA ficarem sem dinheiros resultando em falta de salários e etc.

- Em finais de 2009, os directores das empresas tiveram que pedir empréstimo ao banco para poder efectivar os salários de Dezembro e décimo terceiro. ( RNA ficou sem salário ate ao dia 15 de Dez 2009 e de momento ainda ha atraso de dois meses de salário).

- Transferência bancaria de altas somas de dinheiro para Portugal através de uma conta no banco BIC de uma suposta esposa (Terá comprado uma casa neste pais onde tem filhos a estudar).

Quando os funcionarios da RNA e TPA começaram a reclamar sobre desvios de dinheiros na empresa, alguns quadros conotados a Manuel Rabelais promoveram, nos corredores, “conversas de bar” alegando que “o Ministro não estava comer sozinho” e associaram o nome de Aldemiro da Conceição, funcionário da Presidência da Republica e de Norberto dos Santos “Kwata Kwanawa”, ex Secretario do MPLA para informação como dirigentes que estariam a beneficiar da rede do Ministro.

Na noite do dia em que Manuel Rabelais foi afastado, um grupo de elementos ligados ao mesmo dirigiu-se ao parque de estacionamento da Radio Nacional para retirar sete viaturas da marca Mitsubishi, todas elas novas. Não há informacao de que o “saque” tenha agido a mando do Ministro demissionário.

3 comentários:

  1. pelo menos algo de bom o nosso governo fez xtas bem na rua gatuno tinhas q ir pra cadeia isso sim... seu corrupto

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  2. bem feito e deves ir e ja para cadeia

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  3. onde esta o tribunal de contas para prender ja este gatuno

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