Maputo (Canalmoz) - Um grupo de 20 empresários vindos da província chinesa de Anchiu, esteve esta segunda-feira, na Matola, reunido com empresários locais das áreas de super-mercados, indústria gráfica, mobiliário, construção civil, estradas, equipamento pesado, tintas, etc. para troca de experiências e procura de oportunidades de negócio.
O presidente do Município da Matola, depois de apresentar o território da edilidade aos visitantes, disse que a cidade da Matola é um local por excelência para a realização de investimentos.
“Queremos que o acordo entre as empresas de Anchiu se inicie hoje com os empresários da Matola. Temos o maior parque industrial do país e precisamos de uma indústria metalomecânica, de agro-processamento, de produção de material de construção, vidreiras, entre outras”, disse o edil.
A partir deste encontro, o município da Matola e a província de Anchiu vão passar a cooperar institucionalmente para facilitar negócios entre empresários de ambas províncias, acrescentou.
A voz dos empresários “matolenses”
António Chemane, empresário da indústria gráfica, mostrou-se preocupado com o processo que rodeia a aquisição de matéria-prima (camisetes e linhas) para a gráfica. Neste momento o material é adquirido a intermediários fornecedores. “Queremos ser nós a importar directamente a matéria-prima da China”, disse.
Por seu turno, Amelinha Mandlate, da empresa “Mafavuca” que se dedica à indústria imobiliária, disse que já viajou diversas vezes à China a fim de comprar equipamentos de construção, mas não conseguiu obter o material que pretendia. “Com esta parceria aberta”, diz que “as coisas ficarão mais facilitadas”.
João Camacho, empresário da “JMC Lda.”, que trabalha na área de construção de estradas, disse que tem agendada uma viajem à China, onde pretende ir comprar um torno fresador. “Esta abertura é oportunidade para a materialização dos meus planos. Sou um homem de negócios. Se existir uma empresa chinesa ligada à fábrica de tornos e fresas, preciso de uma máquina de tornear aqui. Tenho dinheiro para pagar”, disse orgulhoso o empresário moçambicano.
Palmira Gume, de uma “indústria de panelas e potes”, disse que compra matéria-prima (alumínio) na África do Sul, mas, se existir uma fábrica de alumínio na província de Anchiu, pode passar a fornecer a sua companhia, “uma vez que na África do Sul está tudo cada vez mais caro”.
Potencialidades chinesas
Por sua vez, a chefe da delegação chinesa, Hu Uchiu, disse que na província de Anchiu, existem cerca de 500 empresas com representações a nível mundial e se a Matola se mostra interessada, podem-se criar parcerias com industriais dos ramos de fabrico de carros, material de construção, indústria extractiva, calçado, vestuário, cujos representantes estiveram presentes no encontro.
“Aqui só trouxemos 12 empresas e podemos não resolver as expectativas de todos os sectores. No futuro, traremos mais empresas”, disse recordando que “Moçambique e a China têm amizade histórica”.
A chefe da delegação visitante recordou ainda que existe uma grande empresa do seu país a operar no ramo de construção civil em Moçambique e que já foi responsável por grandes obras tais como o remodelação da Assembleia da República, a construção do Ministério dos Negócios e Estrangeiro e Cooperação, do Centro de Conferências Joaquim Chissano, do Estádio Nacional de Zimpeto, entre outros.
(Cláudio Saúte)
2010-10-20 07:12:00
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