Maputo (Canalmoz) – O presidente da Confederação das Associações Económicas na província de Maputo, Faruque Osman, diz que os parceiros chineses que há dias manifestaram interesse em investir na Matola, irão transferir as suas tecnologias e know-how para o parque industrial da Matola, que está a definhar.
Osman falando ao Canalmoz disse que a maior parte do parque industrial da Matola, que por sinal é o maior do país, continua a usar equipamento com mais de trinta anos, o que faz com que não responda às actuais exigências de produção.
Afirmou que estas indústrias matolenses que ainda usam o mesmo equipamento há três décadas, não conseguem ser competitivas, daí que a Confederação das Associações Económicas tomou a iniciativa de convidar os parceiros chineses a trazerem as suas tecnologias.
“Eles podem transferir as suas tecnologias e know-how que serão capazes de dinamizar mais a nossa indústria. Penso que, com a recente visita realizada ao município da Matola, os chineses começam a conhecer o potencial e a partir daí podemos atrair tecnologias e fazer com que as nossas indústrias produzam’’, disse a fonte que estamos a citar.
Sublinhou a título elucidativo que alguns monstros adormecidos como a ex-Texlom, actual MozTex, a Vidreira de Moçambique, a Fábrica de Bicicletas, entre outras, são empresas muito grandes, pelo que o processo que visa a sua reestruturação leva muito tempo, necessitando também de acordos prévios entre os governos. Mas algo está a ser feito, concretizou.
Questionámos ainda a Faruque Osman, se o facto de, em muitos casos, os investidores chineses importarem da China até mão-de-obra e material de construção não preocupava a CTA a nível da província, no sentido de que não haveria oportunidade de emprego para os moçambicanos, a fonte respondeu que há necessidade de se contextualizar as coisas já que se está num mundo globalizado. “Os moçambicanos vão para outros países e cidadãos doutras nacionalidades vem aqui”.
“É evidente que todas as empresas estrangeiras devem respeitar as leis moçambicanas, mas fora disso, não vejo nenhum problema porque o nosso trabalhador também tem que começar a ter outros níveis de produtividade e começar a ver outras maneiras de fazer as coisas de modo que o nosso país seja competitivo a nível externo’’, disse.
(Cláudio Saúte)
2010-10-27 07:09:00
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