A Sonangol e o Banco de Desenvolvimento
da China (CDB) assinaram esta sexta-feira, em Pequim, um acordo de concessão de
um empréstimo à petrolífera angolana no valor de dois mil milhões de USD (200
mil milhões de kwanzas).
De acordo com um comunicado distribuído
em Luanda pela petrolífera angolana, o acordo foi assinado pelo presidente da
Sonangol, Francisco de Lemos José Maria, e pelo Presidente do CDB, Zheng
Zhijie.
Francisco de Lemos assegurou que os
financiamentos do CDB têm sido relevantes para a petrolífera nacional,
adiantando que os mesmos "têm permitido a realização de projectos de
grande monta na exploração de petróleo bruto, refinação e logística".
Lembrou ainda que o recurso aos
referidos empréstimos têm servido igualmente de suporte à petrolífera para
"a efectivação de alguns projectos governamentais, designadamente a
construção de habitações sociais, que tornaram bastante visível a relação de
cooperação entre as partes envolvidas no acordo agora firmado".
De acordo com o presidente da Sonangol,
a actual abertura do CDB acaba por "guindá-lo à condição de parceiro
credível, estável e com quem se pode contar no futuro".
O responsável pelo banco considerou que
o acordo "consolida a parceria entre as duas instituições, realçando a
importância de África, e de Angola em particular", na relação entre os
dois estados, assim como dos créditos que o CDB tem concedido à economia
angolana desde 2008.
Zheng Zhijie lembrou que Angola é o segundo
maior fornecedor de produtos petrolíferos à China, assegurando que o CDB tem
acompanhado atentamente o desenvolvimento da Sonangol, classificando o acordo
agora assinado como "uma nova linha de partida nas relações com a
petrolífera nacional".
De acordo com o comunicado, este
financiamento "vai suportar projectos de expansão da Sonangol no segmento
do petróleo e gás".
"O acordo terá a prevalência de 10
anos, mas, nas palavras de Francisco de lemos, e abre fortes perspectivas para
outros financiamentos de longo prazo, atendendo às apostas futuras da Sonangol,
que em 2015 iniciará a construção da Refinaria do Lobito, e que este ano deu o
arranque a vários projectos de monetização de gás natural", conclui o
documento.
O Banco de Desenvolvimento da China é a
maior instituição financeira chinesa, em termos de cooperação com o exterior,
particularmente na área da concessão de créditos.
NJ/Expansão
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