quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

As cidades submersas de 1.800 anos na China



Se um dia você resolver viajar para o Lago de Qiandao, terá a chance de visitar duas metrópoles de 1.800 e 1.400 anos de idade, totalmente submersas.
O “Lago das Mil Ilhas”, na sua tradução em português, é chamado assim por possuir 1.078 grandes ilhas e milhares de pequenas, e fica localizado em Zhejiang, a cerca de 150 km de Hangzhou, na China.
No seu fundo, ficam as cidades de Shicheng e Hecheng (ou Shi Cheng e He Cheng), pensadas como perdidas por 40 anos.
Ao contrário de outros locais históricos que foram parar no fundo de rios e mares após serem vítimas de tragédias, as cidades não foram exatamente “perdidas”, mas sim deliberadamente sacrificadas.
Os assentamentos da Dinastia Han perderam-se sob as águas crescentes do lago artificial em 1959, após a construção de uma hidrelétrica nas proximidades. Agora, fossilizam lentamente sob mais de 30 metros de água.
Ironicamente, as metrópoles submersas hoje são um exemplo muito bem preservado do urbanismo desta antiga dinastia, incluindo cerca de 265 arcos de pedra bem conservados.
O sacrifício e a redenção
Em 1959, o governo comunista da China construiu sua primeira usina hidrelétrica no condado de Chun’na, a Usina Hidrelétrica de Xin’anjiang, para abastecer cidades do leste do país como Shanghai e Hangzhou.
Com isso, as antigas metrópoles Shicheng e Hecheng foram afundadas no Lago de Qiandao, junto com cerca de 27 aldeias e mil vilas. 290 mil habitantes tiveram que migrar da região.
Hecheng foi uma cidade comercial e próspera construída há 1.800 anos, enquanto Shicheng, também conhecida como Cidade do Leão, possui 1.400 anos e foi um centro político, econômico e cultural.
Os estudiosos pensavam ter perdido esse pedaço da história chinesa para sempre, mas, entre 2001 e 2011, o governo local organizou cinco expedições para descobrir detalhes sobre o alagamento, e percebeu-se que muita coisa das antigas cidades ainda estavam inteiras, como vigas, escalas e tijolos de casas, pátios, esculturas bem trabalhadas, portões, arcos, cemitérios e até uma telha esculpida com a frase “Fabricado no 15º ano do Imperador Guangxu”.
Agora, as cidades submersas se tornaram um destino turístico de aventura para viajantes e mergulhadores, que têm a chance de conferir as ruínas litorâneas de uma civilização incrível.
Atualmente, a Usina de Xin’anjiang está quase inativa e o Lago de Qiandao já perdeu seu sentido como fonte de energia elétrica. Foi sugerido que o nível do lago fosse baixado para trazer as cidades novamente à tona, mas elas estão debaixo d’água há 50 anos, e especialistas creem que não resistiriam à mudança do ambiente.
Além disso, o lago se tornou uma fonte da água potável para fabricação de cerveja e água mineral, e baixar seu nível poderia prejudicar os interesses econômicos da região.
Quem estiver disposto a encarar 30 metros de água acima da cabeça, no entanto, ainda será capaz de disfrutar da visão dessas antigas maravilhas. [Gizmodo, PapoViagem, CRI]
hypescience








segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Livros escolares falsificados na China


Luanda - Para a China vão livros de todas as disciplinas leccionadas no ensino primário, que abarca da 1ª à 6ª classe, de acordo a reforma educativa. Segundo a nossa fonte, os livros chegam a Angola de navio, algumas vezes passando pela África do Sul, sendo desembarcados no porto do Lobito.

Fonte: O País

Seguidamente são transportados por via terrestre até à cidade capital. O destino e o despacho para os clientes são feitos no mercado Asa Branca, disse.

Bela, a nossa interlocutora, que disse não poder revelar o preço que pagam pelas cópias dos livros, mas garante que é um valor acessível e que permite render lucros. “Todo negócio agora vem da China”, mencionou.

Acrescentou que a fiscalização não devem confiscar o material às senhoras que zungam ou vendem nos mercados informais, mas sim fiscalizar os portos e as alfândegas, onde entram esses materiais. “Será que eles não vêem os contentores de livros que entram no país?” Questionou a senhora.

Os fornecedores estacionam as suas viaturas num pequeno parque junto ao mercado, onde as antigas comerciantes do mercado do Roque Santeiro vendem. O negócio é feito em circuito fechado, pelo que não aceitam vender a mercadoria a pessoas desconhecidas, nem tão pouco revelar o preço. “ Já temos as nossas clientes. Se alguém quiser livros em grande quantidade tem de comprar às senhoras a quem vendemos; elas vendem barato ”, disse um dos fornecedores.
Asa Branca, fonte dos livros copiados

No mercado Asa Branca, os livros são comercializados por homens e mulheres, num pequeno corredor que liga o mercado e um quintal onde as senhoras provenientes do ‘Roque’ vendem, denominado de Asa Roque. Num espaço apertado, os vendedores ocuparam o lado direito e o esquerdo para comercializar materiais escolares.

Na “fonte”, como é considerada pelos ambulantes, os livros da 1ª à 6ª classe custam 100 Kwanzas. Margarida Paulo contou que vende no mesmo local onde compra, mas muito cedo. A caixa de livros de qualquer disciplina do ensino primário custa cinco mil ou quatro mil e 500 Kwanzas, revelou.

“As senhoras do São Paulo e outras que zungam pelas ruas de Luanda compram-os a nós, a retalho, ao preço de 100 Kwanzas, para que elas também lucrem”, afirmou.

A comerciante tem conhecimento da proibição da venda dos livros escolares, mas alega que não tem outra opção. “Nós dependemos simplesmente do mercado, de acordo com a procura. Sabemos que nesta época a maior procura são os materiais escolares, por isso, optei em negociar livros. Estamos a dar uma grande ajuda ao governo, porque eles não têm capacidade para oferecer livros a todos os alunos, daí que os livros são vendidos a preço acessível”, referiu.

Uns nas bancadas e outros no chão, por cima de um pano, assim é a venda no corredor do Asa Branca. Bela Simão contou que sempre vendeu material escolar e confessou que os livros da reforma educativa são mais facilmente copiados.
“A China faz tudo, logo, não é novidade. Chego às cinco horas e compro o meu negócio e posteriormente começo a vender. Para Bela, o importante é conseguir alguma coisa para sustentar a sua família. “Não estamos a prejudicar ninguém, não matamos e não roubamos, por isso sinto-me livre em vender o meu negócio”, salientou.

Para além dos livros do ensino primário, em algumas bancadas no Asa Branca também são comercializados livros das disciplinas do 1º e 2º ciclo do ensino secundário, correspondentes à 7ª e 12ª classes.

Assim como na bancada de Domingos Pedro, que diz vender livros com timbre proibido, é crime, “mas os comerciantes vão onde há lucros”, destacou.

As senhoras que nos vendem não aceitam revelar a fonte. Não sei como vêm, nem de onde vêm. “Limito-me a comprar e revender”, disse. Os livros da 7ª a 9 ª classes estão marcadas em 1000 Kwanzas, mas com desconto ficam a 900. Da 10ª à 12ª podem custar 2000 a 1500 Kwanzas. Os livros mais caros são os de língua portuguesa e matemática, explicou.
Manual do ensino primário, os mais procurados no arreio de S. Paulo

Os livros cuja venda é proibida, são os mais procurados nos mercados informais de Luanda. No São Paulo, os preços variam entre 350 a 400 Kwanzas. A vendedora Maura revelou que os livros da 1ª à 4ª classe custam 300 kz, cinco livros saem por 1500 kz.

A jovem comerciante adiantou que compra os livros em grande quantidade no mercado Asa Branca. “Cada caixa tem 45 livros e custa 4.500 kz”.

Por outro lado, Maria Paulo, vendedora há três anos, disse que vende os livros das primeiras classes do ensino escolar no valor de 250 Kwanzas. Maria contou que sempre diversificou o seu negócio e como está a aproximar-se o início das aulas, escolheu materiais escolares.

Maria Paulo afirmou que desconhece de onde provém a mercadoria que vende desde o mês passado. “Eu compro a retalho no mercado do Kikolo, nas senhoras. De onde vem eu não sei. Realmente a venda é proibida, mas é o negócio que encontramos no mercado e está a render lucro, vamos fazer o quê?”.

O mercado do Panguila também tem sido fonte de mercadoria para as senhoras que vendem material escolar. Judith contou que tem comprado os livros no mercado mais a norte de Luanda. “Compro a retalho, cada a 150 e vendo a 300 Kwanzas, mas com desconto. Não somos as culpadas pela venda dos livros. Fizemos sempre alguma coisa para que os nossos filhos não passem a fome. Se o negócio que está a dar lucro de momento é os livros, nós comercializamo-los”.
Encarregados de educação alegam insuficiência de stocks

Os livros muitas vezes não chegam às mãos das crianças. E se a direcção da escola os entregar, não serão todos os livros. Dos cincos livros que o aluno precisa, a escola entrega apenas dois ou três, disse Joana Mateus, enquanto comprava livros da 3ª classe para o seu filho. No livro está escrito que deve ser distribuído gratuitamente, mas encontrase à venda, sem fiscalização, salientou.

O Ministério de Educação deve rever essa situação e produzir mais livros, no sentido de distribuir a todos os alunos. “As escolas não têm stock suficiente e muitas direcções guardam alguns livros para os seus parentes, assim sendo temos que nos prevenir, para que os nossos filhos não fiquem desenquadra dos na sala de aula, caso não recebam todos os livros. Um outro encarregado de educação considerou os preços dos livros acessível. “Cinco livros por apenas 500 Kwanzas”.
O jovem comprou livros para a 2ª, a 4ª e a 5ª classes, para os seus irmãos. “No meu caso, a conta já é maior. Se as escolas distribuíssem todos os livros, seria um alívio para as famílias, principalmente as mais favorecidas”, acrescentou.
Kero comercializa livros adicionais da 1ª à 4ª classe

Ao contrário dos mercados informais, no híper mercado Kero são comercializados alguns livros adicionais para os alunos do ensino primário. O Meu Caderno de Actividade é um livro produzido pela Plural Editora, no âmbito da reforma educativa. Na capa indica que o livro contém textos do manual de língua portuguesa e matemática da 1ª à 4ª classe. Cada livro custa 1.695 kzs.

Câmara do Comércio Angola/EUA lamenta inutilização da linha de crédito do Ex-Im Bank


Luanda - O director executivo da Câmara do Comércio Angola/EUA, Pedro Godinho Domingos, deplorou na última quinta-feira, em Luanda, a indiferença do sector empresarial angolano, quer público como privado, face à linha de crédito do Ex-Im Bank destinada ao país desde 2009, num valor global de cerca de 12 biliões de kwanzas.

Fonte: Angop
Club-k.net

Em entrevista à imprensa, sobre as facilidades do Ex-Im Bank para África e Angola, em particular, bem como do relacionamento desta instituição financeira norte-americana com os bancos comerciais angolanos, o responsável disse ser impressionante que passados os quatro anos de vigor da linha o montante continua intacto.

Disse não perceber as razões que deverão estar na base do referido comportamento por parte da classe empresarial, motivo que obrigará a câmara a realizar mais campanhas de divulgação da linha de crédito para inverter a situação e permitir que os empresários nacionais tenham acesso aos valores disponíveis, cujo tecto passa a ser ilimitado.

“Nós olhamos para esta situação com alguma preocupação, visto que o fundo a que nos referimos (os cerca de 12 biliões de Kwanzas) esteve disponível durante quatro anos e não houve acesso. Mas isto também deve-se à existência de algumas dificuldades do empresariado nacional em contactar o mercado americano, por força da barreira comunicacional” - notou.

Na óptica do dirigente, os empresários angolanos sentem-se mais confortáveis em recorrer ao mercado português ou inglês para compras devido à dificuldade linguística. Acrescentou que o mercado português é 36 porcento mais caro que o norte-americano e que, se não fosse a língua, a África do sul seria a opção primordial dos angolanos pela proximidade. 

Por este factor, advogou maior ousadia dos empresários nacionais e que estes não vêem na língua uma barreira. Aconselhou, entretanto, que se equacione as relações com os EUA, no sentido de se tirar maior proveito das facilidades que este Estado concede a Angola, susceptíveis de contribuir para o desenvolvimento do país.

Os Estados Unidos, prosseguiu Pedro Godinho, é uma super potência, e há enormes vantagens no relacionamento com empresas norte- americanas, até porque estas detêm tecnologias de ponta.

Nesta senda, disse que um dos objectivos da câmara é garantir a transferência de tecnologias, conhecimentos e fundos, bastando apenas que haja acutilância no processo.

Recordou, na ocasião, que o Ex-Im Bank enquanto parceiro do Estado Angolano, financiou, num passado recente, a compra de aeronaves para o país, num total de cinco biliões de dólares (cerca de 500 biliões de kwanzas).

Linha de crédito do Ex-Im Bank para Angola torna-se ilimitada

O Ex-Im Bank (banco norte-americano) tem um valor indeterminado para financiar projectos empresariais em Angola e os beneficiários dos créditos da linha destinada ao país terão um prazo de sete anos para reembolsar o montante, informou hoje, em Luanda, o director da referida instituição para África, Rick Angiuoni.

De acordo com o responsável, até o presente ano Angola tinha disponível uma linha de crédito de cerca de 12 biliões de kwanzas não utilizada. Indicou  que apesar disso o Ex-Im Bank decidiu eliminar o seu tecto de financiamento para Angola por considerar  um importante e estratégico parceiro dos Estados Unidos da América.

“Na base da decisão está também a actual dinâmica do mercado angolano, o acelerado crescimento do país, a intenção da referida instituição em participar activamente no processo de diversificação da economia nacional e o facto de Angola constituir o terceiro mercado africano das principais exportações norte-americano, atrás da África do Sul e da Nigéria” - disse.

Falando em conferência de imprensa sobre as facilidades do Ex-Bank para África e Angola, em particular, bem como do relacionamento desta com os bancos comerciais angolanos, Rick Angiuoni salientou que a sua instituição pretende trabalhar em conjunto com a banca angolana para viabilizar a materializar projectos empresariais, quer do sector privado como público.

Na ocasião, manifestou-se optimista quanto ao futuro de Angola, sublinhando que doravante a interacção entre esta instituição norte-americana e os empresários angolanos será maior como forma de permitir que facilmente estes tenham acesso aos créditos.

“Nós partilhamos bastante os objectivos e metas do Plano de Desenvolvimento de Angola para a melhoria das infra-estruturas, dos investimentos e para tornar o país mais competitivo” – disse, admitindo que os elementos da economia angolana são fortes. 

Acrescentou que a prioridade da linha de crédito do Ex-Im Bank para o país recai para os sectores da agricultura, energia, aviação, petróleo e gás, transporte e telecomunicações e que os bancos credenciados para a concessão de créditos nesta base são os de Poupança e Crédito (BPC) de Fomento Angola (BFA), Angolano de Investimento (BAI) e o Espírito Santo (BESA).

Por outro lado, Rick Angiuoni Adiantou que, em breve, o Banco de Negócios Internacionais também será um dos “canais” deste processo e que no decorrer do tempo outras instituições financeiras angolanas serão envolvidas, de modos a diversificar as opções dos empresários interessados créditos dentro da referida linha.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Hackers de telefone celular podem rastrear a localização do usuário sem o seu conhecimento


De acordo com pesquisa realizada por cientistas da computação da Faculdade de Ciências e Engenharia da Universidade de Minnesota, as redes de celulares podem vazar a localização dos usuários de telefones celulares, permitindo que terceiros possam controlar facilmente a localização do usuário de telefone celular sem que este tenha conhecimento.
O estudante Denis Foo Kune, em conjunto com os professores Nick Hopper e Kim Yongdae e o estudante de graduação John Koelndorfer, foi o responsável pelo estudo.
“Torres de telefonia celular tem que acompanhar os assinantes de telefones celulares para oferecer um serviço eficiente”, explica Foo Kune. “Por exemplo, uma chamada de voz exige que a rede localize esse dispositivo para que possa alocar os recursos adequados para acessar a chamada. Sua rede de telefonia celular tem que pelo menos controlar vagamente o seu telefone dentro de grandes regiões, a fim de encontrá-lo facilmente”.
O resultado é que a torre vai transmitir uma página para o telefone, esperando para responder quando você recebe uma chamada. Esta comunicação não é diferente de um rádio CB. Além disso, é possível que um hacker interfira nessas mensagens, antes que a vítima seja capaz de ouvir o telefone tocar.
Prestadores de serviços de telefonia celular precisam acessar informações de localização para conseguir realizar seu trabalho. Além disso, as autoridades policiais têm a capacidade de intimar informações de localização de prestadores de serviços. O grupo da Universidade de Minnesota demonstrou que o acesso a informações sobre a locaização de um usuário de telefone celular é de fácil acesso para outro grupo – possíveis hackers.
“É uma barreira de entrada frágil”, diz Foo Kune.
Usando um telefone barato e software de fonte aberta, os pesquisadores foram capazes de rastrear a localização de usuários de telefones celulares sem o seu conhecimento com o Sistema Global para Comunicações Móveis (GSM), a rede predominante em todo o mundo.
Em um teste de campo, o grupo de pesquisa foi capaz de rastrear a localização de um objeto dentro de uma área de 10 blocos com o sujeito atravessando uma área de Minneapolis em ritmo de passeio. Os pesquisadores utilizaram equipamentos disponíveis e sem a ajuda direta do prestador de serviço.
As implicações desta pesquisa destacam possíveis questões de segurança pessoais. “Um exemplo pode ser ladrões testando se o telefone celular de um usuário está ausente de uma área específica e, portanto, deduzir o nível de risco associado ao entrar na residência da vítima”.
Foo Kune e seu grupo entraram em contato fabricantes de celulares oferecendo técnicas de baixo custo que poderiam ser implementadas sem mudar o hardware para evitar esses riscos. [ScienceDaily, Foto]
hypescience