quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Rádio Ecclésia censura manifestantes


Segundo uma fonte junto a direcção da emissora católica de Angola, os jovens protagonistas da pretensa manifestação do dia 3 de Setembro foram censurados a publicação feita para o anúncio da mesma.
Os jovens que foram entrevistados por um dos profissionais daquela casa de rádio viram vetados a publicação, alegadamente por ordens superiores.
Este portal ligou para uma fonte junto a Ecclésia que disse não ser verdade a informação. E que, alega serem enganos por várias iniciativas de protestos e não serem concretizadas.
A fonte afirma ainda que hão-de passar o protesto tão logo começam e não passaram a pretensão dos mesmos.
Lembro que Rádio Ecclesia de Angola, fez a sua primeira emissão em 8 de Dezembro de 1954, para assinalar o encerramento do Ano Santo Mariano. Com um emissor de ondas curtas de 50 Watts, "a aparelhagem era modesta. O emissor de fraquíssima potência. Os discos, pouco ou mais de meia dúzia… as instalações exíguas, no primeiro andar dum prédio da Rua de S. Paulo". As emissões diárias começaram em 19 de Março de 1955, tendo como Director o Padre José Maria Pereira.
A actual programação, é emitida em FM 97.5 MHz para Luanda e arredores e via Internet (Emissão Online), com 24 horas de emissão diária
angola24horas.com

Regime proíbe noticias que criticam preços das casas do Kilamba


Lisboa - Uma suposta “ordem superior” que circula em meios de comunicação social conotada ao regime esta a desencorajar noticias cujo o teor precipita a criticas dos preços dos apartamentos da centralidade do Kilamba.
Fonte: Club-k.net
Descoberto esquema para compra das casas
Na noite de sábado (27), a Zimbo TV, teve de abortar em última da hora, um debate semanal em que dois convidados iriam trocar argumentos a cerca das casas do Kilamba. Os realizadores daquela televisão privada invocaram que o programa já não iria ao por “motivos técnicos”.
As casas dos Kilamba criou espectativa junto dos populares em Luanda, com realce a juventude que acusa o governo de enveredar por preços astronômicos. Vários analistas tem sugerido, as autoridades para que passem para um plano B, consubstanciado no aluguer das casas.
A semana passada circulou em Luanda, informações, ainda não desmentidas, dando conta da existência de um esquema para aquisição dos apartamentos. O esquema, segundo as informações é feito por um grupo que, alegam ter os canais para em que se paga “certa quantia” em dólares para inserção do nome dos interessados, na lista dos compradores das casas. Há também conhecido de caso de pessoas cujo os nomes já estão na lista antes do anuncio oficial feito pela as autoridades. A facilidade terá sido feito através de familiares envolvidos com o processo de cadastramento.

Casas do Kilamba apenas para quem tem salário mínimo de USD 3.500


Luanda - Para habilitar-se à compra dos apartamentos de menores dimensões disponíveis (T3A), com 110 metros quadrados, ao preço de 125.000 dólares, o mais provável é que a renda mínima do interessado seja de 3.500 dólares, de acordo com o Jornal de Angola, que sita como fonte o Banco Internacional de Credito (BIC).

Fonte: SA
No BIC, segundo Jornal, o crédito é concedido a pessoas com idade entre os 18 e os 60 anos e a taxa de juros está fixada em 12%, com variação do período de liquidação da dívida, consoante a idade de cada cliente.

O Banco Nacional de Angola não permite que se desconte mais do que 40% do salário em casos de financiamento. No Banco BAI, o financiamento contempla pessoas até 55 anos de idade e pode ser liquidade em 20 anos, porém o interessado precisa de ter depositados na sua conta 15% do valor do imóvel a adquirir, refere o matutito nacional.

Muitos dos interessados nos apartamentos da Cidade do Kilamba propõem-se a liquidar o valor total dos imóveis entre 20 a 30 anos, com o desconto de parcelas entre 500 a 1000 dólares por mês. Nas concessões de créditos, recorde-se, quanto maior a idade, menor é o período de
liquidez da dívida.

Governo de Luanda não paga operadoras de lixo há sete meses


José Maria dos Santos, enquanto governador de Luanda, sempre se manifestou indiferente aos problemas destas empresas porque pretendia criar a sua
A empresas de recolha de lixo de Luanda estão a enfrentar uma série de dificuldades no exercício das suas actividades, na sequência da não libertação das verbas, por parte do Governo Provincial de Luanda (GPL), destinadas a elas.
As operadoras vivem esta situação há já sete meses, não se vislumbrando uma saída para o seu fim, o mais depressa possível.
Tudo quanto se sabe é que o Ministério das Finanças já disponibilizou os valores, há muito tempo, tendo o antigo governador de Luanda, José Maria dos Santos, se mostrado indiferente em seleccionar o problema.
A situação é deveras grave, na medida em que as operadoras são obrigadas a se desdobrar no sentido de adquirirem dinheiro, por outras fontes e com elevados custos, para custearem as despesas, por forma a manterem as suas operacionalidades.
Os gastos feitos pelas operadoras são avultados, envolvendo os salários dos trabalhadores, manutenção do equipamento e combustível, entre outros.
Não fosse estes esforços, estas empresas viriam-se abrigadas a estarem endividadas com os trabalhadores e, como consequência, notar-se-ia uma onda de greve um pouco por toda a capital do país.
Com a recém-exoneração de José Maria, as coisas complicaram-se, na medida em que se aguarda pela nomeação do novo governador. Enquanto a situação prevalecer, as operadores continuarão a passar por maus bocados. Uma paralização das mesmas poderá traduzir-se em catástrofe, se tivermos em conta a produção diária de resíduos sólidos.
“Se com as empresas em funcionamento é o que se vê, com a sua paralizarão, o que será?”, interrogou-se fonte próxima destes jornal.
Numa ronda feita em Luanda, constatamos ser voz unânima que a situação seja resolvida pelo Governo de Luanda, num curto espaço de tempo para desafogar as empresas que muito têm feito, haja chuva ou faça sol, para manter limpa a cidade capital do país.
O ANGOLA24HORAS contactou as operadores, mas estas manifestaram indisponibilidades para se pronunciar sobre o assunto, almejando tão-somente que as verbas seja disponibilizada.
Este jornal apurou, por outro lado, que José Maria, enquanto governador de Luanda estava mais preocupado em criar a sua empresa de recolha de lixo do que, propriamente, em velar para as já existentes.
Angola24horas.com

Michael Morris: Banqueiros controlam o FED, BCE, ONU, Banco Mundial, FMI, BCI


- Bolha imobiliária e a crise bancária, e levam propositadamente o mundo ao precipício
A ciranda diabólica

Michael Morris é o autor do livro Was Sie nicht wissen sollen! (O que você não deve saber!), onde ele esclarece como um pequeno grupo de banqueiros particulares governa nosso mundo em segredo. Estes banqueiros controlam conforme sua vontade não apenas o FED ou o BCE, mas também as organizações supra-nacionais como a ONU, o Banco Mundial, o FMI e o BCI (Banco de Compensações Internacionais). Além disso, eles manipulam as cotações do ouro e da prata, provocaram conscientemente a bolha imobiliária e a crise bancária, e levam propositadamente o mundo ao precipício.
Michael Morris explica:

“Há mais de duzentos anos, a economia entra em colapso em intervalos regulares, porque exatamente assim é planejado e desejado. E planejada da mesma forma é a próxima quebra das bolsas – que virá logo. Pois desta forma o dinheiro, e conseqüentemente o poder, será distribuído de baixo para cima… Nós caímos novamente no mesmo velho golpe. Isso somente acontece porque poucas pessoas entendem como funciona nosso sistema financeiro globalizado. Ele é mantido sob uma áurea de complicação para que justamente seja pouco compreendido. E isso é feito propositadamente. E no fundo tudo é tão simples!”

Na entrevista seguinte concedida a Stefan Erdmann, de 7 de julho de 2011, o autor do livro previu a situação atual da economia mundial, principalmente nos EUA.

Ele também estará certo quanto às suas outras previsões?
O quê você não deve saber

Stefan Erdmann: Herr Morris, você publicou em abril deste ano um interessante livro intitulado Was Sie nicht wissen sollen!. Nele, você afirma que a economia européia e norte-americana dirige-se contra um muro. Isso ainda não aconteceu e parece que o atual sistema irá continuar desta mesma forma pela eternidade afora. Você ainda tem esta opinião?
Michael Morris: Sim, naturalmente. Não há qualquer dúvida que a economia mundial entrará em colapso – pois isso deve acontecer! A única pergunta é, quando?
Stefan Erdmann: Mas porque você está tão seguro disto? A economia alemã até apresenta um aparente crescimento, as bolsas estão subindo, a Grécia foi salva e tudo vai voltar ao normal. Não é assim?
Michael Morris: Sim, isso seria bonito, mas não é assim que funciona. Toda essa conversa sobre crescimento é uma tosca tentativa para acalmar as massas. Os números e estatísticas são claramente unilaterais, a favor dos mandantes e não possuem qualquer força argumentativa. O volume da economia cresce apenas porque mais dinheiro é bombeado para o mercado. Simultaneamente este dinheiro perde cada vez mais valor por causa da inflação. Nos relatórios vemos um maior faturamento, mas não é por isso que eles têm mais valor. Trata-se apenas de um jogo de adição de zeros, onde as classes inferiores perdem rapidamente e as mais abastadas ganham. Acontece uma monstruosa concentração de renda. Assim que a maioria das pessoas entenderem isso, a coisa pega.

Stefan Erdmann: E na sua opinião, por que os políticos nada fazem contra isso?
Michael Morris: Porque eles, em sua grande maioria, não têm o mínimo conhecimento. No fundo todos os políticos tentam atualmente adiar o colapso da economia e as conseqüentes ondas de revolta, para além do período de seu mandato. Assim este cenário de horror não acontece sob seus olhos, mas talvez no próximo período de legislatura.
Impressionante eu acho o relatório atual de um comissário de polícia em Berlim, que atua na segurança doBundestag (parlamento alemão) e tem contato diário com os parlamentares. Há poucas semanas ele contratou um amigo construtor para construir uma casa em Chiemgau, e este deveria entregá-la o mais rápido possível! Perguntado, ele explicou que logo tudo desabará, as caixas da previdência estão vazias, a Grécia falida e impassível de salvação, e que os políticos federais sabiam disso, todavia não iriam avisar a população. Este é uma posição de 6 de julho de 2011, ou seja, bem recente! A política sabe que aquilo que ela faz não pode acabar bem, mas não estão entendendo exatamente o que fazem. O mais importante é manter seus privilégios e abastados salários. De fato é difícil avaliar realisticamente a situação atual, quando não se tem noção de economia, de dinheiro e ouro, de bancos e bolsas. Olhe bem quem controla a Alemanha. De onde vêm a chanceler e o vice-chanceler? Qual deveria ser a qualificação para dirigir uma nação econômica? Olhe a direção da UE. Não sabemos bem se devemos rir ou chorar! Tal equipe pode dirigir uma associação de boliche, mas não toda a Europa. Isso tem que acabar mal. Eles não entendem que chegamos a um ponto, onde a economia tem que entrar em colapso!
Essência democrática: “É como você disse: aqueles que decidem não foram eleitos,
e aqueles que foram eleitos não decidem nada”
[Horst Seehofer, ministro da saúde (2005-2008) e atual governador da Bavária]
Stefan Erdmann: Você afirma que a economia tem que entrar em colapso. Por quê? Você pode nos explicar em detalhes?
Michael Morris: Nosso sistema econômico está baseado em um permanente crescimento, mas um crescimento infinito não pode existir em um planeta com limitações físicas. O sistema é erigido de tal forma que a economia só pode crescer à medida que pessoas, empresas e países se endividem. Através da contração de dívidas, novo dinheiro é criado, dinheiro este que não existia anteriormente – isso é denominado “criação monetária”. O dinheiro, que é concedido na forma de crédito, é criado quase do nada pelos bancos. Este dinheiro não existe realmente, não existe fisicamente, mas existe apenas no papel. No início de um novo ciclo econômico, este dinheiro extra aquece o mercado. Todos se passam por grandiosos, compra-se e investe-se onde pode. Então chega-se ao ponto onde as pessoas perdem a noção das coisas, sobem os preços dos imóveis, das matérias-prima e do varejo, formam-se bolhas; mais dinheiro é criado pelos bancos a juros e emprestado aos felizes consumidores a juros sobre juros. Através da expansão da base monetária, o dinheiro perde valor, aparece a inflação. Em algum momento os preços aumentam mais do que os salários, então as pessoas perdem poder aquisitivo e a economia começa a tropeçar. Ao mesmo tempo as dívidas tornaram-se tão altas, que a pressão dos juros sufocam as pessoas, as cidades e todo o país. Eles não podem mais saldar os créditos que tomaram, e são obrigados então penhorar aquilo que mais prezam, para quitar pelo menos parte da dívida. Em algum momento, todo este castelo de cartas desaba, pois não existem mais recursos.
Stefan Erdmann: Este é o ponto que chegou a Grécia?
Michael Morris: Exato. Se bem que a Grécia tem pouca culpa pelo mar de lama. Os gregos não tiveram qualquer chance, Eles devem sucumbir dentro da Zona do Euro. Isso era previsto.
Stefan Erdmann: Como assim? Como isso teria sido previsível?
Michael Morris: A Alemanha está orgulhosa por exportar tantos produtos de alta-tecnologia. Isso é ótimo, e não deve ser um transtorno para outros países contanto que estes tenham moeda própria. Pois desta forma eles podem elevar as barreiras alfandegárias e assegurar que pelo menos uma parte de seu dinheiro permaneça no país e não escoe tudo para a Alemanha. Enquanto a Grécia teve uma moeda própria, determinados produtos gregos puderam concorrer com os produtos alemães. Eles não eram tão sofisticados, mas por sua vez eram mais baratos do que os produtos alemães, sobre os quais incidiu os impostos de importação. A Grécia pode também influenciar o câmbio em relação ao marco alemão. Era atrativa como local turístico, pois era relativamente barato. Então de uma vez desapareceram a moeda própria e as barreiras alfandegárias. Com isso os produtos gregos não puderam mais concorrer com os alemães, todo dinheiro fluiu para o estrangeiro, a economia grega ficou totalmente estagnada, vieram as demissões, a arrecadação fiscal diminuiu e, portanto, o governo grego foi obrigado a tomar mais crédito que logicamente não podia mais pagar – como ele poderia, de onde viria o dinheiro? Naturalmente ele pode tomar novos empréstimos, ou seja, contrair mais dívidas para pagar os juros das dívidas antigas. Uma ciranda doente.
Stefan Erdmann: Quer dizer que o sistema foi melhor para a Alemanha do que para os gregos?
Michael Morris: Não, não para os alemães, mas sim para os bancos alemães. Para estes foi um ótimo negócio. Eles não levaram calote dos gregos, pois são “relevantes ao sistema”. Isso significa claramente que eles têm tanto poder e podem fazer o que bem quiserem. O Estado alemão deve ajudar os gregos ensangüentados e prostrados no chão, para que com isso os bancos não tenham qualquer prejuízo no recebimento dos juros. Simultaneamente, o Estado apóia os bancos com dinheiro e vantagens fiscais. Mas como o Estado não tem os muitos bilhões necessários, ele deve tomar o dinheiro emprestado destes próprios bancos. Este recurso, pelo qual todos nós somos garantidores, é enviado então à Grécia para que eles possam pagar com nosso dinheiro as dívidas que contraíram juntos aos bancos alemães. Este jogo é tão absurdo, que quase não dá para acreditar que através disso os bancos possam atravessar a crise. Mas eles conseguem, e de fato há mais de um século. Desde que os bancos conseguiram separar em 1914 o dinheiro do ouro – desde que nosso dinheiro não foi mais lastreado por valor verdadeiro – os bancos podem fazer conosco o que bem entendem – e quase ninguém parece perceber a trama.
Stefan Erdmann: Os pacotes de salvamento não fazem então bem aos gregos?
Michael Morris: Não, é claro que não. Em princípio, no dominante sistema monetário baseado em dívidas, tudo é vantajoso para os bancos, e a todos que trabalham em estreita cooperação com eles. Acontece novamente segundo o mesmo esquema, não importa se agora seja com a Grécia, ou Argentina em 1990. Existem tantos exemplos disso, principalmente na África e América do Sul. Obriga-se um povo a contrair imensas dívidas, até que todos fiquem sem dinheiro. Então obriga-se o Estado a diminuir as despesas juntos aos benefícios sociais e salários e, ao mesmo tempo, aumentar os impostos. Isso significa para a população: menores ganhos e maiores despesas. É claro que isso não pode funcionar bem ao longo prazo. Para os bancos é um negócio extraordinariamente seguro! Quando o país quebra, os abutres repartem o filé e deixam a carniça para o povo. Então acontece uma reforma monetária, o povo deve se ralar novamente e começar a construir tudo de novo, onde naturalmente deve contrair mais dividas juntos aos bancos. Joga-se para a matilha um pouco mais de carne, para fisgá-la. Elas mordem a isca, diz-se a elas que desta vez vai ser melhor. Mas a verdade é que não é possível melhorar, pois este sistema do dinheiro sem lastro – inventado pelos bancos – no sentido literário da palavra, é uma ciranda diabólica.
Stefan Erdmann: Soa como existisse atrás de tudo um plano ou um cálculo mal-intencionado.
Michael Morris: Por detrás de tudo existe sem dúvida alguma um plano. Ele é tão simples como genial, e funciona desde 1694, desde a fundação do Bank of England como banco privado, de forma extraordinária. Em períodos regulares, na maioria das vezes a cada duas até três gerações, tudo deve entrar em bancarrota, pois a montanha de débitos aumenta de forma exponencial por causa dos juros compostos e em algum momento explode simplesmente. Nós estamos agora neste ponto. Nós estamos perto da explosão. Vários países europeus estão insolventes há anos e são mantidos vivos artificialmente, o que torna tudo pior, pois as pessoas são lançadas cada vez mais para o fundo do poço. Os EUA estão finalmente insolventes a partir do início de agosto, a não ser que os dois partidos encontrem um compromisso no último momento e estabeleçam um limite superior para o total de endividamento. Isso proporciona ao país nada mais do que um ano de sobrevida. Mas antes disso a Europa provavelmente entrará em colapso, o que deverá levar consigo a economia dos EUA. É difícil dizer quem cairá primeiro, pois ambos mal podem se manter em pé.
Stefan Erdmann: Bem, se existe um plano, a gente se pergunta o que se esconde por detrás. Em seu livro, você afirma que são apenas algumas famílias que governam todo o mundo ocidental. Você também cita seus nomes. Como devemos imaginar isto? Para mim não é fácil imaginar tal cenário. Como eles fazem isso e por que nós não ficamos sabendo de nada?
Michael Morris: Sim, muitas pessoas têm a mesma dificuldade. E justamente por isso o sistema funciona perfeitamente. Para a maioria das pessoas, o fato de alguns poucos possuírem tudo, é facilmente rotulado como “teoria da conspiração” e logo dizem: “isso não é possível” – simplesmente porque vai além de sua imaginação. Mas de fato é assim, que algumas poucas famílias possuem quase tudo – todos os bancos, todos os grandes conglomerados, os meios de comunicação mais importantes. Eles têm participação em todas as grandes empresas de investimentos e gestoras de fundos, que por sua vez formam um grande emaranhado de difícil percepção por parte do público. Mas eu provei em meu livro como, por exemplo, as empresas dos Rothschild Blackstone eBlackrock têm participação em praticamente quase todas as grandes empresas alemãs.
Famílias como esta têm seus longos braços, seus “soldados”, na maioria das diretorias e dos conselhos administrativos. Através de suas fundações, eles doam quase todo o dinheiro para a pesquisa determinam assim, onde é pesquisado e em qual direção devem caminhar os resultados. O fiasco do Climagate é um típico exemplo. Está provado que o aquecimento global da Terra é uma grande mentira e todos os dados, que mostram a direção do aquecimento, foram falsificados. Está comprovado que as temperaturas globais diminuem constantemente. Mas com o suposto aquecimento pode-se ganhar muito dinheiro, por isso as mídias insistem em pichar o vilão CO2 e continuam a reportar sobre o aquecimento global. Tais coisas são planejadas lá em cima, e sua execução exata destas ações são levadas a cabo pelos grêmios inferiores. Trata-se de um sistema rigidamente hierárquico, que engloba tudo. Na parte superior estão algumas poucas famílias, cuja riqueza é inimaginável para o homem comum. Abaixo vem uma segunda e terceira fileira. Juntando-se tudo, temos talvez 200 famílias, que estão organizadas no CFR, na Comissão Trilateral, no Clube de Roma, no Grupo Bilderberg, entre outras associações. Através destes grêmios, são controlados a política, a chamada economia e os meios de comunicação. Os detalhes destas operações iriam extrapolar o foco da entrevista, mas eu esclareço tudo isso detalhadamente em meu livro.
Stefan Erdmann: Tem razão. Lá você aborda tudo pormenorizadamente – e ainda de forma didática! Eu tenho que reconhecer que seu livro foi o primeiro a esclarecer de forma simples as macro-ligações entre economia, dinheiro, ouro, as grandes organizações como FMI e o BCI. Você também vai mais além e apresenta as relações entre temas como chemtrails e a alegada luta contra o terror. Não é um pouco arriscado?
Michael Morris: Não, tudo está interligado…
Stefan Erdmann: Bem, então eu faço minha última pergunta: se tudo caminha desta forma e o grande crash é inevitável, o que ainda podemos fazer? Existe uma solução ou alguma saída, ou nós devemos nos preparar para um período sombrio e estocar alimentos?
Michael Morris: Sim, naturalmente existe uma saída! Nós precisamos simplesmente romper com o atual ciclo. Isso acontece através de educação e esclarecimento, e para isso nós dois tentamos dar nossa contribuição. Por sorte não somos os únicos. Nos últimos anos, a verdade sobre a manipulação das pessoas aparece em vários lugares. Parece que nós despertamos de uma espécie de longa hibernação e começamos a nos emancipar. Poder-se-ia dizer que nós passamos da adolescência para a maturidade. O importante é que nós aproveitemos o próximo crash como uma chance para mudanças e não um retorno ao antigo ciclo vicioso – não em medo e ódio como no passado, que levaram à guerra e miséria. O período de transição poderá ser, todavia, muito duro, o que não podemos ignorar. Alguma coisa em gêneros alimentícios deverão estar à disposição ou se prevenir para alguma outra eventualidade, tudo isso não custa manter. Aqueles que puderem, deverão ter também algo em ouro e prata, assegurando assim parte de seu patrimônio. Isso será importante principalmente durante a transição, pois este pode ser tortuoso. De fato está sendo elaborado atrás dos bastidores, em vários locais e por diversas personalidades, um novo sistema. Este novo sistema deve ser mais justo e promover uma convivência mútua pacífica. Para isso deverão ser abolidos o dinheiro de dívidas e os juros, o que não agrada uma certa elite, mas que há muito tempo é premente. Poderia ser talvez através de um salário básico incondicional. Mais eu não posso dizer aqui, pois isso está apenas começando. Mas algo acontece! E eu estou confiante que vai melhorar e nós vivenciaremos um salto quântico na consciência humana, que trará seus frutos a todos. Pois a princípio isto é possível! Mas naturalmente todos nós temos que nos colocar a postos e assumir nossas responsabilidades.
Stefan Erdmann: Eu agradeço pela conversa!
Kopp-Verlag, 13/08/2011.
Quem quiser entender como funciona o sistema, é imprescindível a leitura do artigo abaixo:
O governo mundial de facto da atualidade
As 60 nações aqui listadas estão endividadas com a astronômica cifra de aproximadamente 30 trilhões de dólares, o que na média representa mais da metade do PIB e em relação à população, cada recém-nascido já nasce com uma dívida média de 10 mil dólares. A uma taxa de juros de apenas 5% resulta anualmente a soma de 1,5 trilhões de dólares em juros. Uma soma que não pode ser mais gerada economicamente, mas que deve ser refinanciada através de novos endividamentos.
http://fimdostempos.net/bolha-imobiliaria-crise-bancaria-proposital.html

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Carro oferecido por general do regime causa separação de “Noite e Dia” e esposo


Lisboa – A kudurista Anabela Ferreira Bento “Noite e Dia” está separada do esposo, o jogador do petro de Luanda, “Locó”. Em causa esta um “violento” presente, ou seja uma viatura Toyota Sequoia que a kudurista recebeu como oferta de um conhecido general do regime. O gesto do general que não agrado do esposo da cantora.

Fonte: Club-k.net
A figura que deu a prenda é o general na reserva Bento Santos “Kangamba”, igualmente membro do Comitê Central do MPLA. Não há provas de que a cantora tenha algum momento se amigado com “Kangamba”, a troco da viatura. A variante mais contundente é a de que o empresário ofereceu a viatura como iniciativa humanitária enquadrada na sua política de ajudar os jovens que a ele procuram para pedir apoio. Tem fama de nada pedir em troca.

“Locó”, o esposo da cantora que não gostou da “ajuda” terá se sentido ofendido tendo abordado alguns amigos e familiares que o aconselharam a desistir da relação optando pela separação. (Na sua pagina no facebook, a kudurista declarou já o seu estatuto como “Sou solteira”)

O jogador é uma figura bastante discreta que sempre cultivou o habito de não falar na imprensa a cerca da relação com a kudusrista. Em Maio deste ano, “Noite e Dia” deu uma entrevista ao Jornal de Angola tendo avançado que “Ele não gosta de falar da vida intima” para de seguida revelar que “as vezes tenho problemas por causa da minha vida artística, mas tudo se resolve”.

De realçar que a kudurista “Noite e Dia” começou a cantar em 2002, por impulso de Puto Prata, a quem a mesma contactou levando-lhe a fazer uma musica. Tem se notabilizado no bairro Precol onde vive desde que nasceu em 1984. Faz parte do grupo de kudurista que foi encorajado a aprofundar os estudos desde ao tempo do general Fernando Miala. Passou pelo IMEL como estudante e desde 2010 que esta na Universidade UTANGA, onde freqüenta o curso superior de gestão.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Origem da palavra Malanje


A palavra Malanje, vem do contexto kimbundu antigo que significa "as pedras" (MA-LANJI).
Versões sobre surgimento do nome Malanje:

1ª versão:
Antes da colonização portuguesa, o rio Malanje era conhecido como rio Kadianga ou Carianga, para os portugueses. Ao chegarem na região de Malanje, os portugueses atravessaram um rio, como na época não existiam pontes, os portugueses tinham que passar pelos rios em cima de pedras. Após atravessar o rio, os portugueses viram moradores locais. Assim, eles perguntaram qual era o nome do rio e os moradores (que não compreendiam a língua portuguesa na época) responderam "Ma-lanji Ngana" (são pedras, Senhor).

2ª versão:
Uma expedição portuguesa, liderada por Rodrigues Graça (1843), chegou às margens no rio Kadianga e encontraram 3 mulheres locais. Então os portugueses perguntaram o que as moradoras locais estavam a fazer e elas responderam "Estamos moendo mandioca". Os europeus ficaram encantados com a quantidade de mulheres e perguntaram sobre os homens da região, então elas responderam em kimbundu: "Mala hanji", que significa: "Também há homens."

3ª versão:
Os portugueses enviaram emissários ao soba (mwen'exi) locais com o objectivo de prevenir que eles tivessem que usar a força para ocupar a região. Quando um dos emissários foi dar a mensagem ao soba local, ele respondeu: "Malagi?", em português: "São malucos?"
In Wikipedia

Elementos que mataram Eurídce Candido receberam 15 mil dólares


Luanda - Ventos de mais um escândalo aprestam-se a soprar forte no seio da Polícia Nacional. Em causa está ainda o assassinato que vitimou a funcionária bancária, Eurídce Cândido. É que agora surgem novos elementos em torno do caso, como por exemplo o facto de uma alta patente da corporação poder estar também envolvida, conforme confissão de um dos executores e, agora, sustentada por um rigoroso trabalho de investigação

*Mariano Brás
Fonte: Semanário A Capital Club-K.net
Fala-se de suposto envolvimento policial
Uma volta de 360 graus pode estar prestes a mudar o rumo dos acontecimentos na investigação que peritos da Direcção nacional de Investigação Criminal (DNIC) levam a cabo e que pode, por isso, as causas, circunstâncias e os mandantes do assassinato de Eurídce Cândido (Dodó).

É que, a fazer fé nas fontes deste jornal próximas ao dossier, os investigadores terão franqueado a boca e levado as mãos à cabeça diante de novas revelações de um dos dois assassinos confessos da jovem de 30 anos, entretanto já a contas com a justiça, que, ao que se diz, ‘despejaram tudo para fora’, nos últimos dias.

Os supostos carrascos de Dodó, segundo ainda a fonte, terão, a determinada altura, confidenciado à investigação que teriam sido contratados para executar aquela indefesa mulher, por uma suposta alta patente da Polícia Nacional.

Recentemente, os executores, já detidos, terão citado o nome de um suposto contratante, mas os investigadores do processo preferem manter todos os pormenores em sigilo, a ter de comprometer toda a investigação.

Adiantaram, porém, dispor de elementos bastantes, fornecidos pelos presumíveis executores, de que se trata de um oficial superior de renome no seio daquela corporação castrense, mas que se encontra ainda em actividade.

Outra informação disponibilizada pelos algozes é o que dá conta, por exemplo, que para a realização daquele infausto ‘servicinho’ teriam recebido das mãos do referido contratante, mais de 15 mil dólares norte-americanos a cada um dos integrantes do bando de malfeitores.

A investigação chegou a tal extremo, por a arma usada na execução da jovem é de uso exclusivo da Polícia Nacional, no caso uma Makarov, além de que os alegados executores terão indiciado alguma experiência militar, facto que faz aumentar ainda mais as suspeitas, de algum conluio de uma figura interessada em ver a vítima sumida do mapa.

Por outro lado, não está ainda clarificado por que naquela sexta-feira do assassinato, 28 de Janeiro último, não se notou a presença de uma patrulha policial na rua Eurico, como é habitual acontecer noutros dias naquela zona, que responde pela Divisão da Ingombota. Esta é também uma das peças que faltam para completar o puzzle.

Sem se referirem a um ajuste de contas, os investigadores procuram saber por que os assassinos terão decidido silenciarem-na. Além de se encontrarem a trabalhar com elementos de possíveis crimes passionais, não descartam, porém, outros elementos, como, por exemplo, um suposto negócio em que a vítima se terá envolvido com uma determinada figura bem posicionada. “Estamos a levar em conta todas as hipóteses investigativas”, revelou a fonte, bastante convictos nas suas palavras, para quem os resultados finais deste crime poderão assustar, uma vez mais, os angolanos, a julgar pelo que se julgam serem os rostos envolvidos.

E as investigações prosseguem. Até ao fecho da presente edição, segundo ainda a fonte que temos vindo a citar, eram interrogadas indivíduos próximos ao antigo governador provincial de Luanda.

Uma dessas pessoas terá sido um dos irmão do recentemente demitido edil de Luanda, José Maria dos Santos, uma vez que se notam contradições nos interrogatório. Aliás, aventava-se mesmo a possibilidade da sua detenção.

O nosso interlocutor mostrou-se, contudo, receoso quanto ao desfecho deste caso. “Será preciso muita coragem, pois as autoridades policiais terão de assumir a existência no seu seio a presença de elementos com a conduta indecorosa, que deveriam ser banidos da corporação”, sugeriu, uma vez mais, a fonte.

Efectivos da Polícia de Investigação garante que continuam no encalço de elementos ainda foragidos. Este é um assunto que procuraremos retomar em próximas oportunidades, trazendo novos desenvolvimentos em torno de mais este rocambolesco caso, sobretudo, agora, quando se fala que possíveis altas patente aterão também alinhado na catarse.

domingo, 21 de agosto de 2011

Mansão de JES em França vendida a um milhão e meio de Euros



Paris – Foi despachado, a poucos dias, para França, o Secretário da presidência angolana, para os Assuntos Diplomáticos e de Cooperação Internacional, Carlos Alberto Fonseca, para desfazer-se de uma casa de férias (actuamente em estado de abandono) que o líder angolano José Eduardo dos Santos tem naquele país e que fora proibida de ser tocada em conseqüência do caso “Angolagate”.

Fonte: Club-k.net
PR desfaz-se de bens em seu nome
A casa situada na cidade de Nice, província de Alpes Cote D'azur, foi posta a disposição do mercado imobiliário esta segunda-feira (15) estando a venda no valor de um milhão e quinhentos mil e noventa Euros (€ 1 590 000). É responsável pela venda, Tantilo Fabrice, um empresário Frances do ramo imobiliário que fora mandatado por Carlos Fonseca.

A Mansão do líder angolano em Nice, era usada para férias. Foi comprada, em 1993, por um já falecido funcionário sênior da presidência angolana. Dois anos depois foi passada, em favor, da Primeira-Dama angolana, Ana Paula dos Santos. No seguimento do processo, “Angolagate” , a casa foi apreendida durante 11 meses tendo sido liberada recentemente. É em função deste confisco, que JES deixou de passar as férias naquele país para não ser incomodado pelas autoridades francesas.

A venda da moradia, segundo consultas, é enquadrada no procedimento preventivo de JES em desfazer-se de bens matérias ou riquezas que o possam comprometer no futuro. Em meios associados, ao mesmo referem que terá despertado, logo apos o que aconteceu com Mobuto Sesse seko, que viu todos os seus bens confiscados. Uma investigação abalizada concluiu que dos lideres africanos, José Eduardo dos Santos é o único que a muito deixou de ter bens ou sinais de riquezas em seu nome. Os seus críticos, porém, insinuam como “seu”, os investimentos dos familiares.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Olho por olho, dente por dente


Embora a procissão ainda vá no adro, se o governo anterior era ladrão, o que dizer do actual? Passos Coelho está a conseguir transformar José Sócrates num ingénuo pilha-galinhas.

Quanto a mim, se quem roubasse o governo anterior deveria ter 100 anos de perdão (ladrão que rouba ladrão…), todos os que roubarem o actual devem ter pelo menos mil anos, tal é a lata e o descaramento dos seus super-ministros e similares.
Como se já não bastasse entrarem nos nossos bolsos, resolvem todos os dias pôr-nos de pernas para o ar, numa voraz sofreguidão para ver se não há nenhum cêntimo escondido nas dobras das calças rotas.
Num cenário de 800 mil desempregados, 20% da população já a viver sem comer e outros 20% a viver com o espectro da fome a bater à porta, creio que a solução é mesmo (seguindo, aliás, a metodologia do governo) não olhar a meios para atingir o objectivo de não ter os pratos vazios.
Se eles, Passos Coelho e companhia, entendem que devem roubar os milhões que têm pouco, ou nada, para dar aos poucos que têm milhões, é mais do que altura de responder na mesma moeda, eventualmente ao estilo de olho por olho, dente por dente.
É claro que poderemos ficar cegos e desdentados. Mas para quem só vê os outros a comer tudo e a não deixar nada, pouco diferença fará ter olhos e dentes…
Para além de tudo (impostos e mais impostos, desemprego e mais desemprego, miséria e mais miséria) o governo de Passos Coelho está a tratar os cidadãos como uma casta menor, intelectualmente estúpida.
O líder do governo disse na campanha eleitoral que não aumentaria a carga fiscal. Mudam-se os tempos, mudam-se as exigências, mantêm-se os burros de carga. Tão burros, segundo o governo, que vão agora pagar tudo o que os super-cérebros do PSD entendam como necessário para que os amigos, os assessores, os amigos dos amigos, continuem a chular o país à grande.
Ao passar, entre outros exemplos, o IVA da electricidade dos 6% para os 23%, mantendo os bilhetes de futebol nos 6%, o que estará a pedir esta corja de oportunistas?
Justificar, como o fez na sua habitual “câmara lenta” o ministro das Finanças, que "a esmagadora maioria dos países da União Europeia paga a electricidade à taxa máxima de IVA", é também uma forma de dizer aos consumidores que são uma cambada de burros.
Tão burros que, pensará o super-ministro, nem sabem que o seu nível de vida é dos mais fracos dessa mesma Europa.
Será que os portugueses aceitam continuar a ser “um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice”?
Será que os portugueses “já nem com as orelhas são capazes de sacudir as moscas” porque são “um povo em catalepsia ambulante, não se lembrando nem donde vem, nem onde está, nem para onde vai; um povo, enfim, que eu adoro, porque sofre e é bom, e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso da alma nacional, reflexo de astro em silêncio escuro de lagoa morta”?
Será que os portugueses vão continuar a aceitar “uma burguesia, cívica e politicamente corrupta até à medula, não discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem carácter, havendo homens que, honrados na vida íntima, descambam na vida pública em pantomineiros e sevandijas, capazes de toda a veniaga e toda a infâmia, da mentira à falsificação, da violência ao roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis no Limoeiro”?
Será que os portugueses vão continuar a aceitar “um poder legislativo, esfregão de cozinha do executivo; este criado de quarto do moderador; e este, finalmente, tornado absoluto pela abdicação unânime do País”?
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Orlando Castro
Jornalista (CP 925)
A força da razão acima da razão da força
http://www.altohama.blogspot.com
http://www.artoliterama.blogspot.com

(Mais) um colossal batoteiro


Vamos, caros amigos portugueses, fazer um exercício de memória. Quem terá afirmado que os políticos "recebem porcaria de volta dos cidadãos quando se lhes dirigem com falta de respeito e com promessas não-cumpridas"?

"Se lhes transmitirmos credibilidade os portugueses compreendem, se lhes falarmos sem verdade e com falta de respeito, eles compreendem que estamos a ser batoteiros e em Portugal já temos um Estado batoteiro", afirmou esse político.

Esse dirigente partidário falava no Bom Jesus de Braga, no dia 5 de Julho de 2008, sobre "Jovens e Política" durante uma conferência que foi uma espécie de "universidade de verão" para os militantes do seu partido.

Esse político considerou que, na política portuguesa, tem de acabar a situação de os poderes públicos darem emprego aos amigos em vez de optarem pela qualidade técnicas daqueles que escolhem para os cargos.

Abordando um estudo encomendado pelo Presidente da República, Cavaco Silva, sobre a participação dos jovens na política, disse que os dados revelados sobre o afastamento dos jovens "não são diferentes dos de Espanha, França ou mesmo de quase todo o mundo ocidental".

Também disse que "é preciso atacar as causas" desse afastamento, entre as quais destacou o facto de, muitas vezes, ainda se "confundir rituais democráticos e democracia". "Vemos isso acontecer em países de África ou da Ásia, mas, mesmo em democracias ocidentais, há, por vezes, mais ritual do que democracia", acentuou.

Em consequência dessa constatação, sublinhou que muitos jovens pensam que "votam mas o resultado é sempre o mesmo", o que os leva a afastarem-se das urnas e dos partidos ou movimentos políticos.

"Não interessa chegar ao poder apenas pelo poder, mas sim indicar ao eleitorado o que se vai fazer, dentro de paradigmas satisfatórios e cumprir", reforçou, considerando ser necessário "cultivar o gosto pelas novas soluções", apontando o caso dos problemas ligados ao estado social, para dizer que, quando se candidatou às eleições directas no seu partido, "não encontrou ninguém que fosse especialista na matéria".

"Precisamos de ter grupos de reflexão sobre a problemática social e há muita gente social-democrata que sabe pensar o problema, e o mesmo acontece na área das relações internacionais, quer no que toca à Europa quer noutras áreas", defendeu.

Disse ser fundamental que as pessoas, em vez de se habituarem a depender do Estado, pensem no que podem fazer para seu bem e da sociedade: "Porque não se propõe aos manifestantes desempregados que criem uma empresa, eventualmente com outros colegas, em vez de andarem em manifestações?", perguntou.

Foi também esse político que exigiu na negociação para viabilizar o Orçamento para 2011 que não houvesse aumento de impostos. Foi o mesmo que exigiu igualmente que “toda a diminuição da despesa fosse feita para que o país pudesse proceder à consolidação das contas públicas”.

Foi o mesmo que chegou a dizer que mexer no subsídio de férias ou no subsídio de Natal seria um autêntico disparate.

Ora então quem foi esse colossal batoteiro? Nada mais nada menos do que Pedro Passos Coelho.

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Orlando Castro
Jornalista (CP 925)
A força da razão acima da razão da força
http://www.altohama.blogspot.com
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Polícia prende radialista da RNA por falar língua nacional



Pretória (Canalmoz) - No passado domingo, 07, o radialista António Kiala, da Rádio Nacional de An¬gola, locutor de kikongo da emissora regional de Maquela do Zombo, foi humilhantemente detido e arrastado para as dependências da polícia municipal, supostamente a mando de oficiais superiores daquela corporação que terão ordenado a sua prisão, depois de uma partida de futebol.
O jogo de futebol foi suspenso em consequência de uma cena de violên¬cia. O epicentro da confusão, segun¬do informou a suposta vítima dos excessos policiais, foi motivada por uma reclamação proferida em lingala [uma das línguas ou dialecto de Angola] pelo capitão da equipa do bairro Va¬lodia, onde, por sinal, mora António Kiala, o árbitro da partida.
Integrantes da equipa adversária, «pertencente» a polícia, advertiram que o capitão do «Valodia» não devia expressar-se em língua estrangeira. Este replicou dizendo que as mulhe¬res dos seus adversários também se comunicavam no seu dia-a-dia em lingala.
António Kiala, o radialista, que havia defendido o termo da parti¬da, em virtude da violência entre os contendores, acabaria por ser detido, visto que o seu posicionamento não terá caído bem entre os elementos da polícia.
A detenção foi algo surpreendente, uma vez que o referido radialista já havia deixado a cena confusão, quan¬do lhe foi dada a ordem de prisão. Este negou-se a entrar no carro da polícia, pelo que teve de ser arrastado para a viatura à força.
De acordo com o relato do profis¬sional da comunicação social, ele só foi liberto depois de uma intervenção das autoridades municipais locais.
Há informações de que uma pessoa ficou ferida como consequência das pedras que foram arremessadas para o recinto de jogos, e que mais duas pessoas foram igualmente detidas, sendo uma delas o filho do próprio radialista da RNA. (RNA)

Jornalista moçambicana conta a sua expulsão de Angola


Maputo - “Angola é dos angolanos” – escreveu o escritor angolano Wanhenga Xito, na decáda de 1960. O texto do escritor, de seu nome Agostinho Mendes de Carvalho, foi incorporado no livro da cadeira de português da décima classe em Moçambique, para os alunos moçambicanos. Mas, ninguém sabia que um dia, jornalistas moçambicanos podiam ser testemunhas do significado real do texto de Wanhenga Xito.

Fonte: VOA
Embaixada confirma que deu visto legal
Aconteceu semana passada com dois jornalistas moçambicanos e diplomatas de alguns países da SADC à sua chegada a Luanda, capital angolana.
Joana Macie, do jornal Notícias, o diário de maior circulação em Moçambique, conta na primeira pessoa que, quando chegou ao Aeroporto de Luanda, foi imediatamente levada para uma sala, juntamente com outros passageiros, incluindo um jornalista do “Magazine Independente”, um semanário, publicado em Maputo. Algum tempo depois, o grupo foi encaminhado para autocarro e, depois, para o avião, rumo à África do Sul.

A sua mala de roupa ficou em Luanda. O grupo tentou protestar, exigindo explicação pela atitude da Polícia.
“Tentamos resistir, dizendo que éramos moçambicanos e membros da SADC. Uma senhora da emigração respondeu-nos que isso não era nada. Disse que ali estávamos em Angola e não na SADC e que devíamos entrar no autocarro pois, caso contrário, usar-se-ia a força” - lamentou Joana Macie.
Os jornalistas tinham sido convidados pelo Centro de Formação de Jornalistas de Angola, para um seminário sobre o Género no Jornalismo.

Em Maputo, a Embaixada de Angola diz que foi apanhada de surpresa pela atitude da polícia em Luanda, porque os vistos passados aos jornalistas são legais.

Até agora, ninguém sabe o que teria motivado a emigração angolana a recambiar os jornalistas moçambicanos e outras pessoas, alguns por sinal diplomatas, que iam participar na Cimeira dos Chefes de Estado e de Governo da SADC, que vai decorrer esta semana em Luanda.

A Polícia provou que Wanhenga Xito, aliás, Agostinho Mendes de Carvalho, tinha razão: “Angola é dos Angolanos”.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

“Kopelipa” reage compra de avião por parte do filho


Lisboa – O general Manuel Hélder Viera Dias “Kopelipa”, reagiu em fórum familiar, quanto ao vazamento nas redes sociais, a cerca do avião comprado, por um dos seus filhos identificado por “Buchecha”. A compra da aeronave era até então mantida, sob controle e do domínio de um circulo restrito. Por decisão do mesmo o avião deve manter-se temporariamente parqueado até que as “chamas” baixem.

Fonte: Club-k.net
Chamou atenção dos filhos para não a exposição
Porém, amofinado, pela forma como lhe foi confrontado o assunto, o general, conferenciou com os filhos tendo feito uma “dura chamada” de atenção e explicado aos mesmos, sobre os riscos da exposição dos bens matérias. Recomendou inclusive que se abdicassem, de realizar festas de extravagâncias.

O pensamento identificado no general é de que tais “exposições” (por parte dos filhos) podem servir de aproveitamento para intrigas, por parte de correntes internas, no palácio presidencial, com realce as que apelam pela redução das suas competências, em função do seu estado de saúde. O assunto da compra do avião propagou no circulo presidencial, e a dada altura, figuras ao seu redor chegaram a suspeitar de se estar diante de trabalho dos seus opositores internos.

Por seu turno, o filho proprietário do avião mostrou-se sereno quanto ao vazamento do assunto. Soube-o, através de um amigo, Yuri Guimarães que após ter lido, na internet, ligou-lhe, no sábado (13) para transmitir que o seu avião “Falcon 50” estava a ser objecto de acesos debate nas redes sócias.

A opulência por parte dos filhos do regime é encarada por uma corrente intermédia do MPLA, como um fenômeno que prejudica a imagem do partido. Recentemente, tais sectores partidários ficaram indignados com a informação do caso de um jovem identificado por Dódó, filho de um ex funcionário da PR, que ficou conhecido como “melhor cliente da discoteca Don-Quixote” por ter gasto 30 mil dólares por dia na área VIP, daquele espaço nocturno. A cifra ultrapassou o caso do filho de dois ex-ministros, que em Junho do ano passado notabilizaram-se por terem gasto 5 mil Euros, na área VIP da discoteca BBC em Lisboa.

domingo, 14 de agosto de 2011

Última Hora: Autoridades angolanas prendem David Mendes


Lisboa - As autoridades policias angolanas prenderam na tarde deste domingo, no município do Quitexe, província do Uíge, o político e advogado David Mendes por divulgar panfletos do Partido Popular, a formação política de que é líder. O político foi detido na companhia de 25 correligionários. Informações preliminares apontam que a ordem da detenção terá partido da sede local do MPLA.

Fonte: Club-k.net
Por distribuir panfletos do seu partido
De recordar que em Novembro de 2010, o advogado e mais dez activistas do seu partido teriam sido detidos por agentes da polícia nacional, em Luanda, pela mesma razão quando procediam a distribuição de papeis, contendo por um lado o manifesto e por outro, um reproduzido de uma Carta Aberta enviada ao governador da província de Luanda. O grupo havia sido conduzido para a 36ª Esquadra da polícia sita no município do Kilamba Kiaxi.

sábado, 13 de agosto de 2011

Filho de “Kopelipa” compra avião


Lisboa - Até inicio de 2010, um dos filhos do general Manuel Vieira Dias “Kopelipa”, identificado por “Buchechas” passou a dispor o seu próprio jacto privado, o conhecido “Falcon 50” que é uma aeronave fabricada pela francesa Dassault cujo preço de venda ronda a partir de 9 milhões e 900 000 euros - manutenção anual avaliada em 2 milhões de dólares - .

Fonte: Club-k.net
Avaliado em 9 milhões de Euro
O avião do jovem é geralmente usado para as frequentes viagens privadas que faz a parís e Lisboa, na companhia dos seus mais próximos. Um dos profissionais a quem o mesmo convida para "tripular" a sua aeronave é Miguel Prata, piloto ligado a TAAG, de quem é igualmente cunhado.
Embora seja apresentado como empresário, “Bochecha” é igualmente conhecido no círculo restrito do gabinete presidencial, como a figura a quem o pai, Manuel Vieira Dias Júnior “Kopelipa” coloca os bens em nome, razão pela qual, o jovem é visto como um empresário ao estilo de Bento Kangamba: “Que tem dinheiro mas que não dispõe de um gabinete”.
Em círculos internacionais que acompanham a dinâmica do país, notam que a “grande moda” de momento de personalidades da elite angolana é aquisição da aeronave Falcon. Ao tempo que foi Primeiro Ministro, Fernando da Piedade dias dos Santos “Nandó” já havia adquirido a sua própria aeronave que o transporta nas conhecidas e regulares visitas privadas a Londres. Outros rostos notáveis que já dispõem do avião Falcone é Higino Carneiro, Aguinaldo Jaime, Sindica Dukola e Zenú dos Santos que mais usa para transportação dos seus sócios.
De todos os possuidores do “Falcone”, o Presidente da ANIP, Aguinaldo Jaime é o que teve menos sorte. No ano passado quando as autoridades americanas levantaram o caso dos 50 milhões de dólares que ele transferiu para uma conta naquele país, o dirigente angolano despachou no seu avião um mandatário aos Estados Unidos a fim de conversar com as autoridades americanas. Posto naquele país, a aeronave foi confiscada pelas entidades americanas, a pretexto de que o seu nome estaria numa lista de “figuras envolvidas em lavagem de dinheiro”.

Líder do MRIS, rende-se ao regime do MPLA – Em troca – Uma Viatura


Os jovens que marcaram à duas semanas atrás a realização de uma manifestação para exigir a demissão de José Eduardo dos Santos, no poder a 32 anos, renderam no final desta semana ao partido dos Camaradas.
Segundo uma fonte do Comité Provincial do MPLA, foi criado uma comissão de espécie bombeiro para apagar os eventuais alaridos de manifestações em Angola.
Segundo a mesma fonte o grupo cuidará de igual forma a identificar as opiniões contrárias no seio da sociedade civil para o devido tratamento.
Após os jovens terem se pronunciado numa das emissoras em Luanda, o José Tavares, General na reserva e Administrador do Município do Sambizanga foi indigitado para aprimorar as negociações com o jovem Luís Bernardo “Matéria Orgânica” Mário Bernardo, que foram contemplados segundo outra fonte com uma carrinha de marca Mitsubishi, mais conhecida entre nós por “gafanhoto” e mais de quatrocentos mil kwanzas já depositado. Os outros integrantes prometem se pronunciar dentro de dias.
Lembro que Luís Bernardo em entrevista a emissora católica de Angola diz já não estar ligado as manifestações mais sem ao movimento Akwa Sambila organização coordenada pelo Administrador José Tavares
Angola24horas.com

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Angola. ENDOCOLONIALISMO ANGOLANO E DESALOJAMENTOS FORÇADOS


1. Todas as formas de colonialismo são sempre processos de desenvolvimento separado que deserdam a maioria da população do país colonizado e foram quase sempre produzidos por países que ocuparam territórios e subjugaram os seus povos.

2. O neo colonialismo na maior parte dos casos é exercido por ex potências colonizadoras servindo-se de marionetes das elites locais que governam a "ex" colónia para se servirem enquanto particulares e a essas potências que regra geral acolhem os rendimentos dessas marionetes.

3. O endocolonialismo é uma forma de subjugação antiga e em vários casos antecedeu a colonização de outros territórios pelos seus agentes.

3.1. O endocolonialismo é um sistema de dominação que também impõe um desenvolvimento separado em que a elite nacional que o conduz e dele se serve para obtenção de posses e de fortuna de forma fraudulenta subjuga a maioria da população do país que excluí do seu processo de desenvolvimento.

3.2. A situação actual angolana consubstancia um endocolonialismo. As demolições seguidas de expulsões violentas de comunidades sem que lhes seja garantido alojamento condigno primeiro nem o respeito pelas suas posses fundiárias são a evidência mais demonstrativa do endocolonialismo que o regime de JES/MPLA vem impondo à nação Angola e consolidando na nossa terra.

EXIGE DIGNIDADE COM DIGNIDADE
Luiz Araújo SOS-Habitat
Na fotografia mulher nua que se despiu frente aos demolidores para protestar contra a demolição da sua casa.

Embaixador da Bélgica em Angola envolvido em escândalo de paternidade


Lisboa - Daniel Charles Henri Alpanse Dargent, Embaixador, em final de mandado, do Reino Bélgica em Angola esta envolvido num escândalo consubstanciado na recusa de que o mesmo faz em não dar assistência a uma filha sua fruto da relação que manteve durante anos com uma cidadã angolana E.L.

Fonte: Club-k.net
Não quer assumir responsabilidades
O embaixador reconheceu oficialmente a filha como sendo sua, porém tem sido discreto como insensível com a família da cidadã angolana dizendo que não tem condições para sustentá-la e que não seria o primeiro diplomata a ter filho no País onde trabalha.

Atribuem-lhe justificações segundo a qual “nada aconteceria consigo” por estar protegido pelos acordos de Genebra. Entretanto, indagado ao telefone por este portal o Embaixador Danie Dargent não desmentiu a acusação, limitando-se apenas a dizer que não aborda com a imprensa questões de fórum pessoal.

Há conhecimento aludindo que a família da “vitima” teme apenas que o embaixador, que já se encontra em final de mandato, abandone o País sem deixar uma autorização que permite a mãe zelar pela criança assim como uma declaração que o obrigue, onde quer que esteja, a prestar todo apoio a criança. Sabe-se por outro lado que os familiares de E.L. estão já procura de apoio das autoridades angolanas.

O Embaixador Daniel Dargent que está em vias de deixar o país, notabilizou-se em círculos da elite como exímio promotor de festas e frequentador assíduo de discotecas. A sua filha com a cidadã angolana nasceu em 2009 na cidade de Johanesburgo onde esta teria se deslocado para o efeito.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CULTURA TRADICIONAL BANTU. C. Estermann assegura que o chefe de Evale tinha poderes mágicos para atrair a chuva


O último mandamento que se ensina ao jovem nhaneca-humbe diz assim: «Na guerra não mates anciãos nem anciãs. Um ancião é “epa lyohi”, que quer dizer, duro e respeitável como a crosta da terra, ou noutro sentido, deve ser apreciado, como a planta medicinal do mesmo nome».

Os membros da sociedade «Jindungo», Cabinda, foram, na sua origem, agentes secretos do rei do Congo. Recolhiam informações, denunciavam os abusos dos poderosos e faziam abortar qualquer intento de revolta. Cobravam também as dívidas, apresentando-se mascarados na casa do devedor.

C. Estermann assegura que o chefe de Evale tinha poderes mágicos para atrair a chuva. Mas só os conseguia se sacrificava uma jovem mãe cujo filho era entregue a outra mulher. Juntamente com a vítima, sacrificavam também uma vaca negra, antes do sacrifício, o leite da mulher e o da vaca eram aspergidos várias vezes por terra, como prenúncio da chuva. A mulher era assassinada com um golpe de lança e, com o seu sangue, aspergiam as árvores da chuva. O seu cadáver ficava insepulto e ninguém podia chorar a sua morte nem guardar luto.

O chefe é temido e respeitado na sociedade, porque recebe o poder de Nambe.

Chefe ou dembo da região dos Dembos (fusão étnica e cultural de congolídeos [bacongos] com quimbundos [kimbundu]

Por exemplo, na área quimbunda angolana, os chefes principais chamam-se sobas-banzas, e os inferiores, sobetas.

A audiência é pública, aberta a toda a comunidade, à excepção dos não iniciados e das mulheres em impureza menstrual. Em Angola, serve de fórum a praça aberta debaixo da mulemba, a árvore heráldica e tutelar das chefias bantus, que plantam cada vez que se inaugura uma nova chefia ou se estria uma povoação. O chefe eleito crava, diante de sua casa, várias estacas da mulemba ficus, dedicadas aos seus antepassados ilustres e como testemunho permanente da sua nobreza. Se alguma delas não pega, os antepassados não estão satisfeitos; tornam-se urgentes os sacrifícios propiciatórios de animais.

Costuma estar presente em muitos grupos, o «árbitro da justiça», «grande mestre em questão de direito», que no Nordeste angolano, se denomina «nganji». Intervém, não como conselheiro, mas como guarda legal do depósito jurídico comunitário. É um jurisconsulto, cuja sabedoria e prudência acumulam os códigos tradicionais.

Noutros ordálios fica inocente quem consegue extrair uma agulha do fundo de uma panela de água a ferver. Outras vezes, submetem-se à «prova da agulha»: se não sai sangue depois de picar a língua, o lóbulo da orelha ou as pálpebras, fica provada a sua inocência. Também é inocente quem consegue pisar com lentidão, várias vezes, as brasas, sem queimar os pés.
Mais perigosa, aterrorizante e frequente a prova do veneno, usada sobretudo para esclarecer a acusação de feitiçaria. Em muitas regiões de Angola denominam-se «mbambu». Só o adivinho conhece as propriedades altamente venenosas de certas plantas.

Parece que desfaz em pó a casca de uma árvore chamada, nessas regiões, mbambu, talvez o Erythrophleum guineense. Este composto é mortífero. Também se pensa que extraem veneno das raízes fervidas do estrofanto, da seiva de certos cactos, do suco de algumas euforbiáceas e de bílis dos emidossaúrios. São prodigiosos tanto o conhecimento que os adivinhos e curandeiros guardam sobre os venenos tão variados, como a prática pericial consumada que adquiriram para dosificá-los. «Conhecem com certeza diversos venenos pouco conhecidos fora do mundo especial dos toxicólogos competentes, e talvez tenham encontrado outros que a ciência nem sequer suspeita que existam. Entre os venenos, alguns produzem efeitos imediatos; outros ficam sem acção visível durante meses; outros ainda, causam sintomas idênticos a doenças bem conhecidas». «Observe-se que há 570 plantas africanas conhecidas pela ciência ocidental como venenosas de um modo ou outro. Sem dúvida os curandeiros e adivinhos conhecem muitas mais».
Nos ordálios, o adivinho mistura o veneno com água e obriga os presumíveis culpados a pegar numa colher de pó e a ingeri-lo com água. Devem tomá-lo em jejum. Passado pouco tempo, um dos acusados vomita com fortes convulsões; a sua inocência está provada. Outro morre. Embora a morte seja rápida, não deixa de ser horrorosa, porque chega entre convulsões e vómitos de sangue, com a boca cheia de espuma e os olhos injectados de sangue.

Nos Camarões, damos alguns exemplos, e na Nigéria recordam certas mulheres que dirigiram migrações, fundaram e conquistaram reinos. Ainda permanecem na galeria dos heróis nacionais.
No antigo Ruanda, a mãe do Mwami, a «Umu-Gabe-Kasi», era corresponsável no governo. São famosas as rainhas Jinga de Angola, Anima dos Haussas, Aura Pokú de Bule, Lovedu na África do Sul, a rainha viúva de Baganda e as celebradas amazonas do Benim, temíveis guerreiras que se lançaram em guerras de conquista e resistência, apesar de os monarcas do país costumarem exercer tiranias extremas.
A «Mafo» dos Bamiliké era considerada mulher-chefe. Entre os Bemba, a «Caudamukulo», parente uterina mais velha do rei, gozava de grande poder político; fazia parte do conselho dos anciãos e regia numerosas aldeias.
No reino Ngoyo, Cabinda, as princesas gozavam de estatuto especial. Eram livres na escolha do marido, que não podia recusar, pois passava à condição de semiescravo; saía sempre guardado à rua.
Em Angola, como em outros países bantus, encontram-se mulheres-chefes. Assim as Sobasmmaholo e as Muangana luenas; também aparecem com frequência entre lundas e ksokwes. Os cuanhamas recordam as rainhas Nekoto e Hanyanha.

Segundo os Bacongos, o homem é composto de corpo (nitu), sangue (menga) que é a sede da alma espiritual (moyo), o princípio específico do homem.
In Cultura Tradicional Bantu. Pe. Raul Ruiz de Asúa Altuna. Edições Paulinas
Imagem: south-africa-tours-and-travel.com

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Demolições em Viana. Polícia militar dispara a matar




Um cidadão angolano foi ferido e outro morto hoje por disparos de armas de guerra efectuados por agentes policiais durante demolições no 30 em Viana-Luanda
INSTRUMENTO DA GESTÃO URBANA E DE TERRAS ENDOCOLONIALISTA EM ANGOLA
Luanda – Activistas defensores dos direitos humanos presenciaram hoje demolições realizadas na comunidade situada nas proximidades do mercado do 30, Município de Viana – Províncía de Luanda.
Os defensores dos direitos humanos comunicaram que às 14:00 o cidadão Firmino João do Rosário, 42 anos, foi morto por disparo de arma de guerra feito pela policia.
Além dessa vítima mortal outro cidadão, Santos António, foi ferido na palma da mão.
Os fiscais e as forças policiais depois de terem iniciado demolições no 30 viram-se confrontados pela aglomeração da comunidade para protestar contra essa acção. Visando dispersar a aglomeração da comunidade a força policial disparou.
Essa acção contra a comunidade do 30 foi realizada por fiscais da administração que chegaram ao local transportados por duas viaturas Land Cruiser de cor castanha, protegidos por cerca de 15-18 agentes da Polícia Nacional equipados com armas de guerra de fabrico israelita Galil e por cerca de 14-16 militares da Polícia Militar equipados com armas de guerra AKM -Kalashnikov modernizada. Essa força armada fazia-se transportar em carrinhas Chevrolet da Brigada Auto.
Segundo os activistas as casas habitadas em que os moradores estavam presentes não foram visadas mas casas habitadas cujos moradores se encontravam ausentes foram demolidas sem que tivessem sido salvaguardados os pertences daqueles que as habitavam. Conforme essa informação esses bens foram simplesmente destruídos.
A comunidade do 30 permanece no local e, portanto, corre o risco de voltar a ser atacada.
1. A SOS Habitat apela às organizações de defesa dos direitos humanos angolanas e internacionais para que divulguem este caso de flagrante violação dos direitos humanos.
2. A SOS Habitat considera ser necessário que, com urgência, seja apurada a verdade dos factos sobre o procedimento da Administração e das forças policiais envolvidas.
3. Apelamos inclusive à identificação de quem ordenou, dirigiu e executou esse acto e que sejam intimados a prestar declarações em fórum judicial competente.
4 A SOS Habitat porque essa acção causou danos irreparáveis, considera que só a realização duma investigação judicial poderá e deverá apurar e atribuir tanto as responsabilidades como as sanções que couberem a quem as deva assumir.
5. A SOS Habitat exige que as autoridades administrativas com competência sobre a área em que se situa a comunidade do 30 esclareçam a sociedade angolana sobre todos os aspectos dessa acção.
Voltaremos com mais informações sobre este caso logo que tenhamos procedido ao seu tratamento detalhado em função das informações que continuaremos a apurar e do apoio que prestaremos à acção das vitimas junto das instituições de polícia e de justiça competentes.
Luiz Araújo
Coordenador da Direcção da SOS Habitat

Zé Maria “queima” Carla Ribeiro


Lisboa - Carla Leitão Ribeiro, até pouco tempo vice-governadora de Luanda estava em vias de assumir a chefia da gestão de Luanda, em função da programa saída/exoneração de José Maria dos Santos Ferraz. No seguimento das declarações prestadas, o demissionário governador terá citado a mesma como parte envolvida do “negocio do terreno” que impulsionou a sua demissão.

Fonte: Club-k.net
É cunhada da primeira-dama Ana Paula dos Santos, porém , as ligações que a prendem ao circulo familiar daquela, não serviram para que impedisse a decisão de JES em “acabar” com a carreira política de ambos. Carla Ribeiro que já foi também vice Ministra dos transportes, tem a reputação de ser uma figura a quem não se lhe reconhece sinais de desmotivações aos “esquemas”. Enquanto Vice-Ministra dos Transporte notabilizou-se por ter cedido, a familiares e amigos, as lojas do aeroporto 4 de Fevereiro, logo apos a sua reabilitação para o Can 2010.

Carla e “Zé” Maria foram demitidos devido a tentativa de venda da parcela de um terreno avaliado em “milhões” que envolvia um astronômico suborno. Teriam, usado de forma abusiva, o nome do Chefe da Casa Civil da PR, Carlos Maria Feijó, como parte do esquema, deixando este abalado pela desfeita. O caso, que foi inclusive parar na PGR, deverá dar continuidade em fóruns judiciais habilitados.

sábado, 6 de agosto de 2011

POVO NO PODER, Azagaia



“Senhor presidente, largaste o luxo do teu palácio
Finalmente te apercebeste que a vida aqui não está fácil
E só agora é que reúnes esse conselho de ministros
O povo nem dormiu, já tamos há muito reunidos
Barricamos as estradas
Paralisamos esses chapas
Aqui ninguém passa
Até as lojas estão fechadas
Se a policia é violenta
Respondemos com violência (O quê?)
Muda a causa pra mudares a consequência
Mais de metade do meu salário vai pra impostos e transporte
Se o meu filho adoece fica entregue a sua sorte
Enquanto isso, esse teu filho está saudável e forte
Vive na fartura leva uma vida de lord
Viver aqui é um luxo, o custo é elevadíssimo
Trabalhamos como escravos e entregamos tudo no dízimo
Baixa a tarifa do transporte ou sobe o salário mínimo
Xeeeeeeeee...isso é o que deves fazer no mínimo
À não ser que queiras fogo nas bombas de gasolina
Assaltos a padarias, ministérios, imagina
Destruir os vossos bancos comerciais, a vossa mina
Governação irracional parece que contamina
Que tenham aprendido a lição
E não esperem pela próxima
Aviso-vos meus senhores que terão pela próxima”

– Extracto (estrofe) da letra da música de Azagaia intitulada “Povo no Poder” que lhe valeu processo pela Procuradoria da República em 2008

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Terror dos espoliadores do nosso petróleo prende jornalista da Rádio Ecclesia, e arrasta-o para parte incerta.


Colocando uma rolha na imprensa para que não noticie a onda de desmaios do regime de JES-MPLA, é um erro grave, que só complica ainda mais as coisas, pois que facilita e incrementa boatos. Onde não há informação, há ditadura, nazismo, estalinismo.

«Polícia prende jornalista da Eclésia que destacou-se pela reportagem dos desmaios

Lisboa - Adão Tiago, jornalista da Radio Ecclésia que destacou-se nas últimas semanas pelas reportagens ao caso dos desmaios em Angola, foi detido, pelas autoridades policias angolanas, na manha de terça-feira em Luanda.

Fonte: Club-k.net
Levado para parte incerta
O repórter que é igualmente professor do ensino de base, encontrava-se a ensinar os alunos quando agentes da policia invadiram a sala de aulas para e “solicitaram” que o profissional os acompanhassem.

Antes de chegar a para a 9ª esquadra da policia, onde terá sido levado inicialmente, o jornalista Adão Tiago, telefonou a familiares e colegas a dar conta do ocorrido.

A estranha detenção do mesmo coincide no momento em que o regime angolano responsabiliza a comunicação social pela a onda dos desmaios que se registra em escolas angolanas. A informação apontando que os jornalistas da media do regime foram desde ontem proibidos a noticiar sobre este incidente nas escolas.»