domingo, 15 de setembro de 2013

Polícia Económica denuncia existência de rede de burladores em Luanda




Luanda - A Policia de Inspecção e Investigação das Actividades Económicas denunciou recentemente a existência de redes de criminosos em Luanda que pratica vários tipos de burla denominado “Burla a Sexta-Feira“.

Fonte: Angop
O porta-voz deste órgão, afecto ao Comando Geral da Polícia Nacional, inspector chefe Hélder António, disse que os protagonistas destes actos, numa primeira fase, procedem abertura de uma conta bancária em bancos comercias, com o propósito de obter os cheques.

“Uma vez em posse destes cheques, normalmente aparecem devidamente bem trajados, com uma linguagem cuidada e de bom trato, deslocam-se a qualquer estabelecimento comercial, com realce para os de venda de viaturas, materiais de construção civil, bens alimentares, alegando serem proprietários de determinadas obras, fora da cidade de Luanda”, explicou.

Com os contactos conseguidos, prosseguiu, solicitam ao estabelecimento comercial uma factura pró-forma, manifestando o seu interesse na obtenção de mercadorias.

De acordo com o oficial da corporação, os elementos uma vez em posse da factura utilizam a caderneta de cheques preenchendo-o, parecendo que possui perspectivas de efectuar o pagamento por esta via. “Esta perspectiva de pagamento em cheques só é efectuada as sextas-feiras e normalmente em horários onde as instituições bancárias estão prestes a encerrar.

Posteriormente, uma vez efectuado o depósito do cheque, os meliantes utilizam um terceiro elementos que lhe entrega o talão de depósito, no estabelecimento comercial, confirmando terem feito o pagamento da mercadoria e exigindo o levantamento da mesma”, explicou.

Acrescentou que em seguida utilizam veículos alugados com objectivo de efectuar a transportação da mercadoria, e também arrendam imóveis para a descarga da mercadoria e subalugam uma outra viatura que remove a mercadoria da primeira casa para destino incerto.

Entretanto, segundo o porta-voz da Policia Económica, já na segunda-feira o comerciante em causa (vendedor da mercadoria através do cheques) desloca-se ao banco para a consulta, mas por regra o banco envia os supostos valores em cheques para área de compensação do Banco Nacional de Angola (BNA) e ai dá-se conta que o cheque não tem cobertura.

Hélder António esclareceu, por outro lado, que os burladores não depositam normalmente os cheques nos balcões do banco de origem, no sentido de impossibilitar o sistema de comunicação e não serem detectados logo, numa primeira fase, se a conta tem ou não cobertura.

Por este facto aconselhou aos cidadãos a não aceitarem pagamentos em cheques, principalmente a sexta-feira, sem contudo certificar se os cheques têm ou não cobertura dos valores em causa.

Na sua opinião, a banca deve esclarecer melhor os seus clientes, uma vez que desde princípio do ano foram já apurados a burla de cerca de 180 milhões de kwanzas em diversos estabelecimentos comerciais da cidade de Luanda e ate ao momento não foram detidos os envolvidos nas burlas.

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