terça-feira, 20 de outubro de 2009

Mary Shelley Por Caroline Faria



Mary Wollstonecraft Godwin nasceu em 1797 e faleceu em 1851 deixando apenas um filho e várias obras publicadas, porém, é geralmente lembrada por uma única obra de grande sucesso intitulada: Frankenstein.

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Mary Shelley era filha de Mary Wollstonecraft, considerada uma das primeiras feministas e que, infelizmente, morreu dez dias após o nascimento da filha. Ela ficou conhecida pela publicação das obras “A Reivindicação dos Direitos da Mulher (1792)” e “Os Erros da Mulher”. O pai de Mary Shelley, William Godwin, era jornalista, escritor e teórico anarquista, considerado o precursor da filosofia libertária. Publicou a obra “Uma Investigação Concernente à Justiça Política” (1793) que o tornou famoso e mais algumas obras dentre as quais destacamos “As Coisas Como São” e “As Aventuras de Caleb Williams” (1794).

Como boa filha de seus pais, Mary publicou seu primeiro poema aos dez anos de idade e aos dezesseis, ousadamente, fugiu de casa para viver com Percy Bysshe Shelley, apenas cinco anos mais velho, mas já bastante famoso poeta romântico que se casara há apenas cinco anos antes com Harriet Westbrook com quem tivera dois filhos. Após o suicídio de Harriet, Mary e Percy se casaram, em 1816 e Mary adotou o sobrenome de seu marido passando a se chamar de Mary Wollstonecraft Shelley.

A fuga de ambos os levou a se encontrar com Lord Byron em Genebra, na Suíça, com quem manteriam bastante contato e que teria sido o responsável por instigar Mary a escrever sua obra mais famosa. Segundo a história, Mary e Percy Shelley, Claire Clairmont e Lord Byron estavam em mais uma de suas reuniões quando Byron propôs a Mary que escrevesse a mais terrível história que pudesse. Encorajada por Percy, um ano depois Mary publicaria sua obra intitulada “Frankenstein, ou Moderno Prometeus” (título completo) com um prefácio, não assinado, dele mesmo e que lograria enorme sucesso.

Mas, ao contrário do que muitos podem afirmar, e do que se tornaram os filmes que, mais tarde, tentariam reproduzir a belíssima história de Mary Shelley, Frankenstein não é uma história de terror. Frankenstein fala da história de um cientista (Victor Frankenstein) que obcecado por tentar recriar a vida, fica horrorizado ao ver que cometera um erro. Em uma certa parte do livro ele chega a refletir sobre sua responsabilidade sobre o que fizera e a criatura à quem dera a vida, e o quão errada é a busca cega e pelo conhecimento.

Em 1822, porém, Mary perderia Percy que morreu afogado na baía de Spezia, próximo a Livorno (Itália). Mary então voltou para a Inglaterra e dedicou-se a publicar as obras de seu marido, sem contudo deixar de escrever.

Algumas obras de Mary Shelley foram “Faulkner” (1937), “Mathilde” (publicada em 1959), “Lodore” (1835), “Valperga” (1823) e “O Último Homem” (1826), considerada pela crítica como sua melhor obra e que teve grande influência sobre a ficção científica. Em “O Último Homem” Mary conta a história do fim da civilização humana e sua destruição por uma praga.


foto: http://covildoorc.files.wordpress.com/2008/05/mary_shelley_author_frankenstein.jpg

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