segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Vaticano comprou em ‘segredo’ prédios de luxo em Londres


Igreja Católica é dona de prédios de luxo no Reino Unido, França e Suíça, alguns adquiridos em 2006, que estão em nome de terceiros. Património terá sido criado com ajuda de Mussolini, em troca do reconhecimento do regime fascista que vigorou em Itália.
Maputo (Canalmoz) – O Estado do Vaticano continua a acumular riqueza. O seu património imobiliário internacional não para de crescer. Alguns dos edifícios comerciais nos bairros mais caros de Londres, muitos dos quais adquiridos nos últimos anos, são parte de um império imobiliário ‘secreto’ da Igreja Católica na capital britânica, de que são exemplo a sede do banco de investimento Altium Capital, na esquina da praça St. James com a Pall Mall, e as instalações da joalharia Bulgari, em New Bond Street.
A Igreja tem também prédios de escritórios de luxo em França, nomeadamente em Paris, e na Suíça.
Segundo revela o “The Guardian”, a carteira internacional de imóveis da Igreja Católica, expandida ao longo dos anos, foi criada com dinheiro pago por Mussolini, em troca do reconhecimento do regime fascista pelo Papa, em 1929. Desde então, o valor desse património tem estado a crescer, até atingir os 500 milhões de Libras (cerca de 595 milhões de Euros).

Investimento guardado em ‘segredo’ em nome de terceiros

Em 2006, no auge da mais recente bolha imobiliária, o Vaticano investiu 15 milhões de libras para adquirir o imóvel n.º 30 da praça St. James, em Londres. Outros imóveis no Reino Unido, de propriedade da Igreja católica, ficam em 168 New Bond Street e na cidade de Country.  
O mais surpreendente é que esses imóveis não estão registados diretamente em nome do Vaticano. O edifício da praça St. James, por exemplo, foi adquirido por um empresa denominada Britsh Grolux Investmente, que detém outros imóveis no Reino Unido.
Curiosamente, a Conservatória de Registo Predial britânica não revela os nomes dos verdadeiros  proprietários da empresa, mas, sim, os de dois acionistas de peso, ambos católicos. Ou seja, John Varley, que até há pouco tempo presidia o Barclays Bank, e Robin Herbert, ex-administrador do bando de investimento Leopold Joseph, os quais, questionados pelo “The Guardian” sobre quem representavam, não responderam.
Ainda de acordo com o jornal britânico “The Guardian”, os investimentos com o dinheiro de Mussolini são controlados por um funcionário do Vaticano em Roma, Paolo Mennini, que é, de facto, o banqueiro de investimento do Papa Bento XVI. (Maria Luiza Rolim, in Expresso, com a devida vénia do Canalmoz)

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