sábado, 15 de agosto de 2009

Aung San Suu Kyi


Origem: WIKIPEDIA, a enciclopédia livre.

Nascimento 19 de Junho de 1945 (64 anos). Rangum. Nacionalidade. Mianmar. Ocupação política


Aung San Suu Kyi, em birmanês , (Rangum, 19 de Junho de 1945) é líder política e ativista birmanesa, premiada com o Nobel da Paz em 1991, líder da oposição ao regime ditatorial do país, activista dos direitos humanos.

É filha de Aung San, o herói nacional da independência da Birmânia, que foi assassinado quando Suu Kyi tinha apenas dois anos de idade.

Depois de ter vivido em Londres, regressou ao seu país em 1988, por altura da morte da mãe. O seu retorno à Birmânia coincidiu com a eclosão de uma revolta popular espontânea contra vinte e seis anos de repressão política e de declínio económico no país. Em pouco tempo, Suu Kyi tornou-se a líder do movimento de contestação ao regime militar.

Manifestação pela liberação de Aung San Suu Kyi, 2005.

Nesse ano de 1988, morreram dez mil pessoas em consequência das medidas de repressão adoptadas pelo regime. Após o seu partido (a Liga Nacional para a Democracia) ter obtido uma vitória esmagadora nas eleições de 1990, Suu Kyi viu-se remetida a prisão domiciliária pela junta militar que governa o seu país. A Birmânia - denominada Myanmar, a partir de 18 de junho de 1989 - continuou a ser dirigida pelo general Ne Win num regime ditatorial, mas a luta pela democracia ganhava crescente visibilidade e apoio internacional.

Manifestação pela liberação de Aung San Suu Kyi, em Nova York, 2003.

Em 1990, Aung San Suu Kyi ganhou o prémio Sakharov de liberdade de pensamento, e em 1991 foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz.

Em 1995, o regime militar decidiu levantar a pena de prisão domiciliária imposta à Prémio Nobel, como sinal de abertura democrática dirigido à comunidade internacional. Mas sua liberdade durou pouco. Dos últimos 19 anos, ela passou 13 em prisão domiciliar.[1]

Em 2001, o grupo U2 fez uma canção em sua homenagem chamada Walk On.

Em 2008, Suu Kyi foi classificada como a 71ª mulher mais poderosa do mundo, pela revista Forbes. Em setembro do mesmo ano, seu estado de saúde suscitou preocupação. Ela estaria recusando a comida que lhe era fornecida pela junta militar.[2]

Prisão e julgamento
A duas semanas do fim de sua mais recente pena de prisão domiciliar, Aung San Suu Kyi foi enviada para a prisão de Insein, nos arredores de Rangum. Ela e seu médico particular estão detidos desde 7 de maio de 2009. As autoridades acusaram formalmente Suu Kyi de descumprir os termos de sua detenção quando permitiu que um americano dormisse em sua casa, no início de maio. Seu estado de saúde é delicado. "Ela não pode mais comer. Sua pressão é baixa e ela sofre de desidratação", segundo seu médico.

Nove ganhadores do Nobel manifestaram apoio a Aung San Suu Kyi, que atualmente está sendo julgada.[3]Segundo a Secretária de Estado para os Direitos Humanos da França, Rama Yade, a detenção de Suu Kyi, a poucos dias de sua liberação, visa afastá-la do processo eleitoral. O objetivo do regime é chegar às eleições legislativas de 2010 sem entraves. "Trata-se de um estado que vive sob o terror há vinte anos," [4].

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, qualificou de escandaloso o processo contra Aung San Suu Kyi. "É escandaloso que ela seja julgada e continue a ser detida em razão de sua popularidade", declarou Clinton em Washington. [5]

Em 30 de maio, os dois juízes militares que julgam a principal opositora birmanesa, adiaram a data de apresentação das razões finais no processo contra ela, de 1º para 5 de junho. "O tribunal pronunciará a sentença depois das razões finais" − disse Kyi Win, da equipe de três advogados que defendem Aung San Suu Kyi. [6]

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