“O que a Shell e a Chevron fizeram ao povo ogoni, às suas terras e a seus rios, a seus riachos, à sua atmosfera, chega ao nível de um genocídio.
- A Shell e as alterações climáticas.
Ken Saro-Wiwa era escritor e fazia parte do povo ogoni da Nigéria. Assumiu funções de presidente do “Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni” (MOSOP). Num livro que publicou em 1992 pode-se ler: “O que a Shell e a Chevron fizeram ao povo ogoni, às suas terras e a seus rios, a seus riachos, à sua atmosfera, chega ao nível de um genocídio. A alma do povo ogoni está a morrer e eu sou testemunha.” Saro-Wiwa juntou 300 mil pessoas numa marcha de protesto, exigindo à Shell e à Chevron o pagamento de indemnizações e a reparação dos danos ambientais causados no delta do rio Níger.
No ano seguinte, o líder do movimento é preso, junto com outros dirigentes, acusados da morte de quatro líderes Ogoni. A Amnistia Internacional considera Saro-Wiwa, defensor da não-violência, um “prisioneiro de consciência”. Um tribunal militar condena-o por homicídio. Governos e organizações de todo o mundo acusam o tribunal de fraude, apelam à libertação do ecologista e tentam levar a Shell a intervir. Sem êxito. A 10 de Novembro, Saro-Wiwa e os oito dirigentes do movimento são enforcados pela ditadura militar. Em homenagem a estes activistas, o dia 10 de Novembro é considerado, internacionalmente, o Dia Contra a Shell.
A destruição das florestas naturais e a libertação de grandes quantidades de dióxido de carbono e outros gases pelos automóveis e máquinas afins que utilizamos, têm vindo a intensificar a concentração desses gases na atmosfera. Como consequência, temos vindo a assistir por todo o planeta ao chamado aquecimento global: um aumento da temperatura média superficial global que se têm registado nos últimos 150 anos e que conduz às alterações climáticas.
Embora a Shell alegue estar a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono (o principal causador das alterações climáticas), a quantidade de dióxido de carbono produzida pelo petróleo da Shell excede a produzida pelo Brasil. A Shell pretende aumentar a sua produção de petróleo para além dos 100 milhões de barris por dia nos próximos 10 a 15 anos. Simultaneamente, procura aumentar a dependência mundial do gás natural, que também contribui para o aquecimento global. Como membro do American Petroleum Institute, a Shell continua a fazer um lobby feroz contra as medidas para mitigar as alterações climáticas, incluindo o Protocolo de Quioto.
O núcleo de Coimbra do GAIA está a preparar acções surpresa para assinalar o Dia contra a Shell. No Porto, o GAIA também está a preparar accções para o mesmo dia e está a realizar um documentário sobre alterações climáticas, que depois irá ser divulgado e projectado e nas duas cidades. Contactos: coimbra@gaia.org.pt 969739685 (Susana) 914461319 (Sofia)
http://www.gaia.org.pt/?q=node/719
Ken Saro-Wiwa, um escritor nigeriano que ajudou a criar um movimento pacífico de massas em defesa do povo Ogoni, foi executado em Novembro de 1995, juntamente com outros oito activistas do meio ambiente e dos direitos Humanos. Catorze anos depois circunstâncias em torno das nove execuções, juntamente com os incidentes relacionados de ataques brutais e torturas, estão sendo novamente investigados.
Quem se vê envolvida no caso é a Shell. A família do escritor acusa a companhia petrolífera holandesa Shell por cumplicidade no caso. Uma condenação teria repercussões e poderia tornar claro que grandes empresas não podem simplesmente actuar impunemente nos países mais pobres e não só.
http://notasaocafe.wordpress.com/2009/05/28/relembrar-ken-saro-wiwa/
Foto de Ken Saro-Wiwa: WIKIPEDIA
- A Shell e as alterações climáticas.
Ken Saro-Wiwa era escritor e fazia parte do povo ogoni da Nigéria. Assumiu funções de presidente do “Movimento para a Sobrevivência do Povo Ogoni” (MOSOP). Num livro que publicou em 1992 pode-se ler: “O que a Shell e a Chevron fizeram ao povo ogoni, às suas terras e a seus rios, a seus riachos, à sua atmosfera, chega ao nível de um genocídio. A alma do povo ogoni está a morrer e eu sou testemunha.” Saro-Wiwa juntou 300 mil pessoas numa marcha de protesto, exigindo à Shell e à Chevron o pagamento de indemnizações e a reparação dos danos ambientais causados no delta do rio Níger.
No ano seguinte, o líder do movimento é preso, junto com outros dirigentes, acusados da morte de quatro líderes Ogoni. A Amnistia Internacional considera Saro-Wiwa, defensor da não-violência, um “prisioneiro de consciência”. Um tribunal militar condena-o por homicídio. Governos e organizações de todo o mundo acusam o tribunal de fraude, apelam à libertação do ecologista e tentam levar a Shell a intervir. Sem êxito. A 10 de Novembro, Saro-Wiwa e os oito dirigentes do movimento são enforcados pela ditadura militar. Em homenagem a estes activistas, o dia 10 de Novembro é considerado, internacionalmente, o Dia Contra a Shell.
A destruição das florestas naturais e a libertação de grandes quantidades de dióxido de carbono e outros gases pelos automóveis e máquinas afins que utilizamos, têm vindo a intensificar a concentração desses gases na atmosfera. Como consequência, temos vindo a assistir por todo o planeta ao chamado aquecimento global: um aumento da temperatura média superficial global que se têm registado nos últimos 150 anos e que conduz às alterações climáticas.
Embora a Shell alegue estar a reduzir as suas emissões de dióxido de carbono (o principal causador das alterações climáticas), a quantidade de dióxido de carbono produzida pelo petróleo da Shell excede a produzida pelo Brasil. A Shell pretende aumentar a sua produção de petróleo para além dos 100 milhões de barris por dia nos próximos 10 a 15 anos. Simultaneamente, procura aumentar a dependência mundial do gás natural, que também contribui para o aquecimento global. Como membro do American Petroleum Institute, a Shell continua a fazer um lobby feroz contra as medidas para mitigar as alterações climáticas, incluindo o Protocolo de Quioto.
O núcleo de Coimbra do GAIA está a preparar acções surpresa para assinalar o Dia contra a Shell. No Porto, o GAIA também está a preparar accções para o mesmo dia e está a realizar um documentário sobre alterações climáticas, que depois irá ser divulgado e projectado e nas duas cidades. Contactos: coimbra@gaia.org.pt 969739685 (Susana) 914461319 (Sofia)
http://www.gaia.org.pt/?q=node/719
Ken Saro-Wiwa, um escritor nigeriano que ajudou a criar um movimento pacífico de massas em defesa do povo Ogoni, foi executado em Novembro de 1995, juntamente com outros oito activistas do meio ambiente e dos direitos Humanos. Catorze anos depois circunstâncias em torno das nove execuções, juntamente com os incidentes relacionados de ataques brutais e torturas, estão sendo novamente investigados.
Quem se vê envolvida no caso é a Shell. A família do escritor acusa a companhia petrolífera holandesa Shell por cumplicidade no caso. Uma condenação teria repercussões e poderia tornar claro que grandes empresas não podem simplesmente actuar impunemente nos países mais pobres e não só.
http://notasaocafe.wordpress.com/2009/05/28/relembrar-ken-saro-wiwa/
Foto de Ken Saro-Wiwa: WIKIPEDIA
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