O juiz da 7ª Secção de Crimes Comuns do Tribunal Provincial de Luanda, António Morais, condenou esta quarta-feira a 17 anos a ré Nerika Loureiro, acusada de assassinar o seu esposo Lopo Loureiro com 11 golpes de faca.
Após sete audiências e ouvidos 27 declarantes foi de igual forma um total de três milhões e cinqüenta mil kwanzas é à ser paga a família da vítima.
O advogado da Ré Sergio Raimundo disse que não concorda com a sentença e vão recorrer à decisão do Tribunal. A mesma intenção foi revelada pela Ana Paula Godinho a assistente de acusação. No final os familiares da vítima protestarão a decisão do TPL.
HISTORIAL DO CRIME
A morte do jovem Lopo Loureiro deu-se por volta das duas horas da manhã na sua residência, em Nova Vida, algumas horas depois de ter ido buscar a sua esposa no Aeroporto Internacional de Luanda 4 de Fevereiro.
A acusada chegara à Angola por volta das 18 horas e 40 minutos do dia 31 de Março 2010, num dos aviões da TAAG que fazia a escala Lisboa-Luanda, em companhia da sua mãe Beatriz da Conceição e dos seus dois filhos, Naió e Ângelo Loureiro, de dois anos e de dez meses, respectivamente. A jovem que trabalhava na Sonair, se deslocara à Portugal para gozar ferias de 15 dias com a mãe e os filhos e aproveitou fazer check up médico.
Este jornal apurou que, às 21 horas e 45 minutos do dia 1 de Abril, Lopo Loureiro enviou uma mensagem para um dos seus colegas do Banco de Poupança e Crédito (BPC) avisando-o que a sua família havia chegado bem das terras de Camões e que levou a sua sogra em casa. De seguida o casal deixou a senhora Beatriz da Conceição na sua residência e rumou para o seu apartamento no bairro Nova Vida.
Depois de ter cometido o crime, a ré se deslocara à residência dos seus progenitores. Deixou as crianças no carro e subiu ao apartamento para os avisar sobre o que havia sucedido. Em pânico, ela deslocou-se à Embaixada dos Estados Unidos da América (EUA) para pedir asilo, mas foi rejeitada. O facto de não ter sido bem sucedida no território americano terá concorrido para a acusada se deslocar posteriormente à Embaixada Portuguesa, por volta das 4h30, em companhia de um dos agentes que protegia aquele local. Ao ver que teria de esperar que os serviços diplomáticos abrissem, ligou para uma das suas colegas da SONAIR para contar o que havia cometido.
Os parentes de Lopo Loureiro estão a ser defendido pela advogada Paula Godinho. O malogrado trabalhava na direcção de Corporate do Banco de Poupança e Crédito (BPC) desde 2007 e estava prestes a abandonar este posto para integrar o departamento de negociações da petrolífera angolana Sonangol.
Formado em gestão e administração pública, do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade Técnica de Lisboa e pela Universidade de Abeerden, na Escócia.
Após concluir o curso superior de gestão de empresa, em 2007, regressou a Angola e começou a estagiar na Endiama, mas em Outubro do mesmo ano pós fim a essa etapa para exercer a função de gestor de contas do BPC. Função que exerceu até à data da sua morte.
Angola24horas.com
Sem comentários:
Enviar um comentário