quarta-feira, 26 de maio de 2010

Fundação De Novo Partido Na Mente De Chivukuvuku


Destaques

Segunda, 24 Maio 2010 11:13
Lisboa – Abel Chivukuvuku mostra-se decidido em amadurecer a idéia de partir para um projecto de alternância “mais alargado” distante da UNITA, caso a direção do seu partido infrinja na meta por ele próprio estabelecida. Nos contactos que tem feito destinados a abordagem da sua “nova idéia” são lhe identificadas pretensões de avançar caso a actual direcção venha a criar-lhe bloqueios na aspiração de liderança da UNITA acrescidos com a acentuação da letargia que a sua corrente identifica na gestão de Isaias Samakuva.

Fonte: CLUB-K.NET

Adeptos de Abel começaram já a suspender militância a UNITA
Na corrente conotada ao mesmo, é defendida a idéia de empurrar a direcção do partido para um “congresso antecipado” vulgo extraordinário antes de 2011 ao contrario da data prevista estatutariamente. O desejo dos mesmos serve como prevenção de rumores postos a circular dentro do partido insinuando que a ala de Isaias Samakuva descarta a renovação de mandato por via do congresso.

Chivukuvuku encara como “mau exemplo” a pretensão de Isaias Samakuva em avançar para um terceiro mandato. Na segunda semana de Março, foi abortado em sua casa por jovens militantes ao qual descreveu como “coisas de África”, quanto a reacção do anuncio de Samakuva em pretender renovar o seu mandato partidário.

Na forma de pensar que é identificada em Chivukuvuku recai a noção de que o mesmo pretende avançar para uma candidatura ao próximo congresso caso haja abertura/apoio da direcção “cessante”. A sua forma de pensar é associada a medidas de prevenção de possíveis obstáculos que poderia alegadamente enfrentar do seu adversário que ainda tem apoio das bases tradicionais (no interior do país) e das correntes conservadoras do partido tidas como “muito decisivas”.

A decisão de Abel Chivukuvuku em seguir para o seu “próprio rumo” esta a ser sustentada pelas seguintes constatações internas que o deixam seguro:
- Conta com um crescente numero de adeptos favoráveis ao seu discurso. Dois influentes membros do Comité Permanente (nomes propositadamente ocultados) que apoiaram no congresso passado, o Presidente Isaias Samakuva manifestaram-lhe apoio e promovem a idéia de que 95% dos membros do CP estão do seu lado.

- Passou a ter do seu lado o antigo Ministro da Saúde, Anastásio Rubem Sikato que goza da reputação de quadro integro. Sikato encurtou as participações nos órgãos de cúpula do partido. Reuniu recentemente com Abel Chivukuvuku e este sentiu no seu interlocutor sinais de incentivo de avançar como alternância na liderança do partido.

- Tem desde a primeira hora e do seu lado, Carlos Morgado figura que goza de respeito nas bases por ter cuidado da saúde de muita gente na Jamba e de ter sido responsável da inserção laboral dos antigos enfermeiros da UNITA nas estruturas do governo, ao tempo que foi Secretario da saúde.

- A aderência que o seu Grupo de Reflexão - GR esta a ter, servi-lhe de tubo de ensaio na sua forma de inserção. O GR é na pratica o “draft” que daria corpo a um novo ou eventual projecto político de alternância. Militantes do partido que estão a se juntar ao GR, estão a fazer na condição “espontânea” de congelarem a sua militância a UNITA.

- Passou a ter apoio dos antigos 16 deputados que tiveram problemas com a direcção do partido na legislação passada. No Inicio do ano os mesmos tiveram uma reunião no bairro Nova-Vida que visou reflectir o partido. Desde então passaram a ter um discurso em favor de Abel Chivukuvuku.

- O seu grosso de apoio no interior do país estará no Huambo, facto verificado pelo mesmo no ano passado, a margem de um trabalho de mobilização que resultou na deslocação dos mesmos a Benguela para acompanharem-lhe (Chivukuvuku) numa palestra da OMUNGA. Tem apoios na província no Namibe, entre os quais o do actual Secretário Provincial da JURA, Jó Hotel Mbonga e da ex- Secretária provincial da LIMA, Odília Kandambo.

- Tem em mente de que o MPLA tem medo de si. Elementos próximos ao núcleo do general “Kopelipa” deram-lhe a entender que é a ele que JES mais teme num combate eleitoral democrático. Uma das figuras citadas como tendo sido portadora da mensagem “desta natureza” é o general (nome ocultado), que se tornou fiel ao general “Kopelipa”.

- Apoio nas franjas do MPLA sobretudo das mais urbanas e no seio dos jovens que se mostram desapontados com a falta de oportunidades ou que reclamam que apenas as famílias nobres estão a beneficiar dos cargos e casas.

Há cerca de duas semanas, Abel Chivukuvuku e um outro dirigente do gabinete de Samakuva, Claudio Silva enveredaram para um “debate de rua” que logo a seguir serviu de argumento a grupos do MPLA para apresentar a UNITA como um partido “tradicionalista” e “ruaceiro”, conforme definição nas hostes do regime.

Por outro lado, sectores “neutros” mas com tendências oposicionistas ao regime do MPLA, interpretaram a estratégia ou provocação de Claudio Silva como artifício para empurrar Abel Chivukuvuku para “dentro do partido” e de demitir-se das pretensões de criar o seu próprio projecto ao que surtiu efeito. Chivukuvuku acabou por fazer o jogo da ala de Isaias Samakuva ao ponto de invocar a sua condição de histórico na UNITA.

As “novas idéias” de Abel Chivukuvuku são também encaradas como “pressões” ou “ameaças” a direcção de Isaias Samakuva no sentido de força-la a ficar mais activa. Chivukuvuku, conforme já deu a perceber numa estrevista a Radio Ecclesia, é de opinião que se deve fazer uma oposição sem dar espaço ao adversário. Defende que a oposição deve semanalmente passar a reagir as decisões do regime saídas do Conselho de Ministro.

Chivukuvuku pretende ser Presidente do partido mas descarta participar num congresso concorrendo com Isaias Samakuva ou sem “apoio” da futura direcção cessante.
Razões ou argumentações que sustentam as suas decisões

- São lhe reconhecidos desabafos reconhecendo que o actual presidente do partido passou a ter a maquina partidária sob seu controle. Caso venha concorrer no próximo congresso teria duas hipóteses. Perder (o que seria humilhante) ou vencer Samakuva mas com o risco de enfrentar resistência ou insubordinação das bases de Isaias Samakuva correndo o risco de, mais tarde, lhe fazerem uma revolta interna caso não satisfaça a aspirações dos militantes.

- Samakuva tem o apoio de mais velhos com prestígio interno da linha de Jaka Jamba, Ernesto Mulato ao qual as bases prestam obediência cega. Samuel Chiwale que é também muito respeitado denota simpatia na agilidade de Abel Chivukuvku mas receia-lhe na questão da “reforma” ou “refundação” dos princípios básicos do partido.

- Familiares de Jonas Savimbi (filhos e sobrinhos) que se mantém neutros quanto ao apoio das duas correntes internas entendem apenas que se deve respeitar o legado de Savimbi. Rafael Massanga Sakaita, o filho de Savimbi que faz parte da direcção do partido, é citado como tendo tido um contacto com Abel Chivukuvuku mas entretanto sem o ter manifestado apoio. Não quer compromisso com as pessoas mas com os idéiais do seu falecido pai.

- Samakuva mantém apoio solido no interior do país com realce ao Bíe, Zaire e em Benguela, onde esta Marcolino Nhany, tido como o militante que mais mobiliza as massas a nível dos secretários províncias. No ano passado, o Grupo de Reflexão de Abel Chivukuvuku , mobilizou militantes do Huambo que se dirigiram em massa ao Lobito para acompanharem-lhe na palestra que deu ao “Quintas de Debate” da OMUNGA. Foi até então a secção de palestra da OMUNGA que mais enchente teve. Porém, foi superada, em Março passado com a presença de Isaias Samakuva que juntou pela primeira vez membros do governo provincial e do MPLA. (Em reacção a aderência, o regime pressionou o dono do salão onde decorria o debate para não mais por a disposição da OMUNGA).

- No seguimento da visita de Samakuva a Benguela, o mesmo deslocou-se ao Bocoio. O Secretario provincial, Marcolino Nhany prometeu-lhe por mais de duas mil pessoas no local do discurso e no decurso da visita as autoridades repreenderam a administradora municipal do Bocoio, Deolinda Valiangula por ter recebido o Presidente da UNITA como se fosse “um Presidente”.

Por outro lado, as analises de figuras fora da UNITA, entendem também que a transformação do Grupo de Reflexão (GR) de Abel Chivukuvku em projecto de alternância política iria fragilizar a UNITA, em beneficio do MPLA. Seria uma “brecha” para justificar que os 3% de votos que se pretende atribuir a UNITA nas próximas eleições deveu-se as divisões internas.

Conseqüências e riscos que Chivukuvuku teria

- Um novo projecto político formado por Chivukuvuku equivaleria demissão e rompimento dos idéiais de Jonas Savimbi que hoje constitui “sigla” que muitos militantes fora e dentro da UNITA, estimam. No seio da sociedade civil, a luta de Savimbi esta cada vez mais a ser percebida. Nas rádios e em locais publicos as populações chateadas já exteriorizam dizendo frases como: “Se Savimbi estaria aqui o MPLA não faria isso” ; “Angola, precisa de mais um Savimbi” e etc.

- Não teria apoio da ala de Lukamba “Gato” nem de alguns conservadores. Perderia apoio e consideração em meios da UNITA. Muitos que o seguem ainda são defensores do legado de Jonas Savimbi, o que contraria com o novo “projecto de alternância” que seria um rompimento com a imagem do ex líder guerrilheiro.

- Perderia prestigio dentro da UNITA e seria visto como alguém que agiu em função das instigações do circulo presidencial do regime angolano. O problema dos militantes da UNITA esta em reunir o partido e não na separação dos mesmos.

- Não teria apoio das hostes Universitárias em Luanda ou da sociedade civil. Logo após a sua resposta a Claudio Silva surgiram vozes nestes sectores dizendo que o mesmo cometeu uma gafe agindo como se fosse um miúdo. Estes sectores são de opinião de que ele como alguém que tenciona ser líder não deveria ter usado o discurso tradicionalista ao qual fez recurso.

1 comentário:

  1. Bié Vida e trabalho, política de sempre, visto que a terra é dos nossos antepassados, tais como: os Ekwikwi,os Ngola Kialuanje e Mbandi, Mutuyakevela, Mandume,os Kavongueka, Nguvus e outros, de sempre luta continuou para que os Angolanos fossem Independentes do Colonialismo Português, Abel a juventude está contigo, nada teme.

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