sábado, 18 de abril de 2009

Em busca da primeira edição de 'O retrato de Dorian Gray'


A Biblioteca Britânica estima em 9.000 o número de livros extraviados e roubados das suas prateleiras

EFE / EL PAÍS – Londres / Madride - 17/03/2009

Mais de 9.000 livros extraviaram-se na Biblioteca Britânica, entre eles os tratados renascentistas de teologia e alquimia, um texto de astrologia medieval, assim como primeiras edições. A Biblioteca não crê, sem dúvida, que alguém os roubou, senão que talvez estejam perdidos entre os 650 quilómetros de estantes desse centro, informa hoje o diário The Guardian.

Um dos livros que se perdeu a pista é o titulado Da Usura Legal e Ilegal dos Cristãos, do teólogo alemão do século XVI Wolfgang Musculus, que a biblioteca valoriza em 22.000 euros. Outros são uma Carta de Astrologia publicada em 1555 de que é autor o famoso filósofo judeu-cordovês Maimónides (1135-1204), primeiras edições do O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, e Canzoni, do poeta norte-americano Ezra Pound. Também desapareceu uma edição de luxo do livro de Adolf Hitler A Minha Luta, que se publicou por motivo dos 50 anos do ditador alemão.

Segundo Jennifer Perkins, da Biblioteca Britânica, os livros consideram-se extraviados quando um leitor os reclama e não aparecem nas estantes em que deveriam normalmente estarem. Os maiores tesouros da Biblioteca, entre eles a Magna Carta, guardam-se numa galeria especial submetida a controles de conservação e segurança extraordinários.

Muitas das perdas produziram-se justamente antes ou depois de 1998, ano em que se trasladou a colecção desde o Museu Britânico para um moderno edifício cerca da estação de St. Pancras.

No passado mês de Janeiro, um coleccionador iraniano chamado Farhad Hakimzadeh foi encarcerado por levar mapas, ilustrações e páginas de vários volumes valiosíssimos dos fundos dessa biblioteca.

EL PAÍS

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