terça-feira, 16 de julho de 2013

Judith diz a polícia que era amante da amiga que assassinou




Lisboa - Judith Maria Graça da Silva, de 39 anos, a presumível autora do assassinato da bancária Bárbara Marise Menezes de Sá Nogueira revelou nos autos da investigação criminal que mantinha uma relação amorosa com a falecida e que a teria tirado a vida no seguimento de uma discussão que tiveram.

Fonte: Club-K.Net
No decorrer do interrogatório policial, que ocorreu na manha do dia 4 de Junho, a presumível autora contou a polícia que houve um desentendimento entre as duas por causa do envolvimento de uma terceira pessoa que se terá intrometido no seu seio e que foi Bárbara Nogueira, de 38 anos, que a teria inicialmente assaltado.

De acordo com a recomposição do crime, tudo começou na manha do dia 30 de Maio quando Judith Maria Graça da Silva começou a telefonar para Bárbara Nogueira desde as 6h da manha daquele dia invocando que precisava conversar urgentemente com a parceira. Bárbara por sua vez, desfez-se de alguns compromissos e telefonou para o Banco Millennium de que era gerente para avisar que chegaria tarde ao trabalho. Antes, levou a filha, de 11 anos, no Colégio Elizângela, junto ao Largo Primeiro de Maio tendo de seguida se dirigido ao encontro de Judith no apartamento daquela, nas imediações da Feira Internacional de Luanda (FILD).

Já no apartamento, ambas segundo o depoimento de Judith da Silva, fizeram (ainda) amor, tomaram o pequeno almoço e só depois deu lugar ao áspero debate. Judith confrontou Bárbara de que esta estaria a trair-lhe com um dos administradores do Banco Millennium e que não tolerava. Bárbara mãe de duas adolescente tinha um esposo e segundo depoimento de Judith, ambas comprometeram-se em desfazer-se das suas respetivas relações conjugais. Judith, é solteira e mãe de um rapaz de 18 anos.

Ambas brigaram e no decorrer no clima tenso, a falecida teria espetado com uma lapiseira perto da área do umbigo de Judith (ao qual mostrou sinais do ferimento a polícia) e esta por sua vez, pegou numa faca atingindo mortalmente a parceira.

 Ao dar conta que a outra perdeu a vida, Judith abandonou o apartamento para na manha do dia seguinte ter solicitado ajuda de um jovem taxista Angelo Lopes para transportar o cadáver que ela havia colocado numa mala alegando tratar-se de carne de cabrito para fins tradicionais. Contactou também uma curandeira identificada por Mama Santa para ajudar-lhe a não ser descoberta e fez desabafos com uma tia dizendo que matou “a sua rival”. A tia, por seu turno aconselhou-lhe a apresentar-se as autoridades policiais, o que não aconteceu.

Ao darem conta do desaparecimento de Bárbara, a família fez saber a polícia e esta através de diligências como rasteio das últimas chamadas telefónicas da falecida notaram que estabeleceu contactos com um numero que correspondia ao de Judith Maria Graça da Silva.
A presumível autora foi convocada pela investigação criminal de Luanda e ao seu interrogada negou conhecer o paradeiro da amiga. Após aplicação de métodos próprios, a mesma entrou em contradição durante a sessão de interrogatório acabando por assumir a autoria do crime. Na tarde do mesmo dia (4 de Junho) deslocou-se, na companhia de peritos da policia de investigação, ao local onde despejou o cadáver da amiga.

Judith da Silva é descrita como uma jovem com sinais de algumas perturbações. Cresceu no bairro, “mártires” em Luanda e desde a adolescencia revelou sentir-se algum incomodo por vir de uma família de baixa renda e sobretudo por a sua mãe ser de cor negra. Já, a falecida bancaria  cresceu na vila- alice, rua Eugénio de Castro onde conheceu o seu esposo Atos Sá Nogueira.

A dada altura, Judith da Silva contou com o apoio de uma irmã mais velha Teresa Silva que ajudou-lhe a imigrar para Holanda. Certo dia daquele país europeu conheceu uma senhora de orientação sexual oposta que alegou simpatizar-se com o seu tone de pele e logo a seguir experimentou uma relação homossexual.
  
Inicio da relação

Judith e Bárbara conhecem-se a cerca de 23 anos. Após, o seu regresso da Holanda, a presumível criminosa reencontrou a amiga e no seguimento de diálogos contou que durante a sua permanência no exterior teve a experiência de se ter relacionado com alguém do mesmo sexo. Por seu turno, a malograda confidenciou-lhe que a muitos anos atrás teria algo parecido mas “só uma vez”. Desde este dialogo, ambas começaram a experimentar e por em praticas as referidas experiências. A dada altura, concordaram que deixariam os seus respectivos parceiros para ficaram juntas.

Antecedentes

De acordo com uma pesquisa do Club-K, Judith tem antecedentes com a justiça num caso passional em que obrigou uma suposta rival a interromper uma gravidez. Tudo começou quando ao tentar reconciliar-se com um antigo namorado, este disse lhe que não podia mais voltar por ter engravidado uma rapariga de quem estaria sentimentalmente ligado. Judith Silva por sua vez, raptou a “rival” levando-lhe para um apartamento onde obrigou lhe a tomar comprimidos para provocar um aborto. Após a saída do feto, a mesma pegou no embrulho e colocou na sanita. Os familiares da jovem moveram lhe, na altura, um processo judicial e a sua irmã Teresa contactou a advogada Paula Godinho para o defender.


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