Maputo (Canalmoz) – O presidente da República, Armando Guebuza, que constitucionalmente é também o comandante-chefe das Forças Armadas de Moçambique, reconhece que há graves problemas no pagamento das pensões aos antigos combatentes, dentre os quais a exiguidade das pensões pagas. Entretanto, Guebuza não avança soluções para o problema. O PR diz que os antigos combatentes devem entender que “somos um país pobre e a luta ainda não terminou”.
“A nossa luta ainda não chegou ao fim. Ainda temos que continuar a lutar. Temos que continuar a fazer aquilo que nos dará um país com o qual sonhamos. Reconhecemos o problema de pensões”, disse o chefe do Estado, falando a jornalistas no dia da celebração dos 46 anos das Forças Armadas de Libertação de Moçambique (25 de Setembro), assinalado sábado.
Guebuza prosseguiu afirmando que o problema das pensões não estagnou, mas, sim, está a ser resolvido, embora de uma forma lenta. “É preciso entender que temos menos problemas em relação aos que tínhamos no passado, mas não podemos esquecer que ainda temos muitas coisas por resolver”, disse.
Entretanto, de ano em ano tendem a aumentar as reclamações por parte dos antigos combatentes que se sentem discriminados pelo Governo, em detrimento de um suposto grupo que assumiu a luta de libertação como propriedade sua.
Guebuza responde dizendo que “ainda estamos a batalhar para criar essa riqueza, e só depois disso é que podemos falar de pensões condignas”. Para Armando Guebuza, vivemos um processo de conquista constante que vem da nossa determinação e sobretudo do aumento da produtividade, por isso quanto mais se produzir mais depressa se resolverão os problemas.
Moçambique com o qual sonhámos está próximo
Falando sobre os 46 anos após o início da luta de libertação que culminou com a independência nacional, em 1975, Armando Guebuza disse que há motivos suficientes para que se preste homenagem àqueles que deram tudo de si para uma pátria livre. É, segundo Guebuza, uma ocasião para se reflectir sobre que fundamentos em que estamos a construir a nossa nação.
“Acredito que aquilo que se iniciou no dia 25 de Setembro de 1964 como uma luta, continua ainda hoje. E hoje estamos muito avançados do que estávamos antes. Conquistámos a independência e estamos a construir o nosso país. Estamos a definir os nossos programas e tudo aquilo que queremos”, disse o PR que é simultaneamente o presidente do partido Frelimo.
(Matias Guente) 2010-09-27 07:21:00
Sem comentários:
Enviar um comentário