quarta-feira, 14 de julho de 2010

Consultora exorta empresariado a reforçar presença em África



Pretoria - África está a ganhar peso na economia global e os executivos e investidores devem reforçar a presença das suas empresas nos países africanos com melhores perspectivas, entre eles Angola e Moçambique, afirma a consultora McKinsey.


No boletim trimestral, intitulado “O Que Faz Mover o Crescimento de África”, a consultora sublinha que em 2040 um em cada cinco jovens de todo o mundo serão africanos e a mão-de-obra será superior até à da China. “Se as recentes tendências continuarem, África vai ter um papel cada vez mais importante na economia global”, afirma a McKinsey.
O continente conta com 60% de terras aráveis incultas a nível mundial e uma grande percentagem dos recursos minerais. A classe consumidora está a crescer a um ritmo duas a três vezes superior ao dos países da OCDE.
Ao nível do investimento estrangeiro, a taxa de retorno é maior do que em qualquer outra região em desenvolvimento.

“Os executivos e investidores globais não podem ignorar isto. Uma estratégia para África deve ser parte do seu planeamento a longo prazo. A altura para as empresas agirem de acordo com esses planos é agora”, refere o relatório.
“As empresas que já têm negócios em África devem considerar expandir as suas actividades. Para outras que ainda estão à margem, entrar cedo nestas economias emergentes dá a oportunidade de criar mercados, estabelecer marcas, moldar estruturas industriais, influenciar as preferências dos consumidores e estabelecer relações a longo prazo”, adianta o relatório da consultora McKinsey.

A consultora agrupa as principais economias do continente em “diversificadas”, como a África do Sul, ou em “pré-transição”, caso da Etiópia. Angola surge no grupo dos exportadores de petróleo, os que têm os maiores PIB per capita, mas cuja economia é menos diversificada. Têm “fortes perspectivas de crescimento”, mas devem investir as suas receitas petrolíferas em infra-estruturas e educação, além de introduzir reformas que estimulem o sector privado. Moçambique é considerado uma economia em transição, cujas perspectivas dependerão da expansão das trocas entre os países africanos.
“Se estes países melhorarem as suas infra-estruturas e sistemas de regulação, poderiam também competir globalmente com outras economias emergentes de baixos custos”, adianta o relatório da consultora.
(Redacção / macauhub)

2010-07-13 06:56:00

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