Luanda - O presidente instituidor da Fundação 27 de Maio, general Silva Simão Mateus, denunciou publicamente, num debate na Rádio Despertar, que Uanhanga Xitu, sob o pseudônimo literário de Mendes de Carvalho, como sendo o autor moral ou material do desaparecimento físico do seu sobrinho Caeiro Fortunato, que curiosamente era seu vizinho, no Bairro Popular.
Fonte: Terra Angolana CLUB-K.NET
“O velho Mendes impressionou a família quando se apercebeu que Caeiro estava foragido”, disse Silva Mateus, acrescentando que por temer represália, este (a família), entregou de mãos a beijar o foragido “e a partir daquela data, nunca mais foi visto”.
O general recorda ainda que, semanas posteriores a manifestação do 27 de Maio de 1977, o escritor, Uanhanga Xitu, foi louvado pelo então ministro da Defesa, Henriques Teles Carreira, vulgarmente conhecido por Iko Carreira, num discurso proferido no dia 1 de Agosto de 1977, juntos com outros nomeadamente, o general Zé Maria, Delfim de Almeida, Ary da Costa e Kamu de Almeida, por terem oprimido brutalmente até à morte os seus companheiros da jornada, por iniciativa própria.
O velho Uanhanga Xitu, de acordo com Silva Mateus, nunca foi militar “mas de repente, começou a ser visto publicamente fardado no Ministério da Defesa”. E nas cadeias, segundo consta no livro intitulado “Holocausto em Angola”, quando o escritor se deparasse com uma pessoa conhecida lhe questionava: Você também está aqui? Pois não tens juízo. Estas palavras, curiosamente, eram tidas como uma senha para a eliminação física do indivíduo.
O general Silva Mateus aconselha o escritor, caso se sinta lesado, a processá-lo judicialmente. “Só aceito um confronto no tribunal caso achar caluniado”, manifestou confiantemente.
Outrossim, o TA soube que a Fundação 27 de Maio deliberou a criação de um gabinete de advocacia que contará com alguns advogados da nossa praça para intentar acções crimes contra aqueles que a declaração do Bureau Político do MPLA, de 27 de Maio de 2002, acusa de terem cometido excessos e agido à margem das instituições do Estado.
Em remate, Silva Mateus, fez a leitura da declaração das Nações Unidas que dá conta que os crimes de genocídio ou holocausto não prescrevem, ou seja não se extinguem .
*Lucas Pedro
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