quinta-feira, 28 de maio de 2009

Eleições burras


Hoje ninguém sabe explicar para onde foram as cisternas. Por sua vez, os técnicos que estavam a montar os PTs, deixaram de ser vistos com frequência.

«No calor das eleições, boa parte dos bairros de Luanda, onde a água potável era uma miragem viriam a beneficiar do líquido precioso através de cisternas. Na mesma altura, parecia que estava a avançar rapidamente o projecto de instalação de postos de transformação de energia em toda a dimensão.

De repente, muitas casas da população foram iluminadas, ao mesmo tempo que nas ruas fora se mantiveram acesos os candeeiros tornando as noites mais seguras. A satisfação foi sendo notória já que com estes dois bens públicos se melhora a qualidade de vida.

As donas de casa passaram a queixar-se menos porque já era possível conservar frescos por muito tempo. No entanto, terminada a azáfama eleitoral, a tristeza voltou a tomar conta de muitos lares. Hoje ninguém sabe explicar para onde foram as cisternas.

Por sua vez, os técnicos que estavam a montar os PTs, deixaram de ser vistos com frequência. Por este andar da carruagem, não resta outra alternativa senão lembrarmo-nos do período eleitoral com muita nostalgia.»

In semanário AGORA nº 601 de 18 de Outubro de 2008

Foto: Angola em fotos

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