domingo, 8 de abril de 2012

Luanda. Os sistemas dos bancos sem sistema e sem bancos. (título deste blogue)


«Cartas do Leitor. Os sistema nos bancos 27 de Julho, 2010 
 Realmente a falta de sistema nos bancos leva os nervos de qualquer cliente à flor da pele, principalmente quando o problema é recorrente e a maioria das instituições bancárias públicas e privadas não têm sequer um plano B, C ou outro que salvaguarde os interesses dos seus clientes, principalmente os pais e mães de família. Enquanto os gestores dos bancos vêem os seus salários a tempo e horas, muitos angolanos são obrigados a esperar dias e horas em filas intermináveis para levantar dinheiro ou fazer uma simples operação bancária como consultar o extracto ou efectuar transferências interbancárias. Há ainda aqueles gestores que justificam o problema pela falta de interesse do cidadão nas novas tecnologias como o internetbanking, como se isso fosse a solução dos problemas, além de que muitos Angolanos não têm sequer um computador ainda que antigo em casa, quanto mais a internet e a energia essencial em todo processo. É verdade que em Angola temos um défice muito grande de infra-estruturas básicas como luz, água e telecomunicações, mas os bancos quando entraram no mercado já sabiam de tais factores negativos, mas não souberam preparar-se para os problemas associados a esta falha de infra-estruturas. Muito menos foram capazes de se associar e criar um sistema de comunicação alternativo e viável para a banca que actua em Angola. Alegam que os clientes podem recorrer às multicaixas para levantamento de numerário, Qualquê! Na maior parte dos bancos as multicaixas nunca têm dinheiro ou estão sempre desligadas ou com problemas. Se a falha é da Emis até percebo, mas cabe ao banco exigir deles um serviço à altura da instituição. Devia-se começar a punir aqueles bancos que constantemente e curiosamente sempre no final de cada mês ficam sem sistema dias seguidos, como se numa tentativa de reter liquidez o máximo de tempo possível até terem alguma vantagem comercial. Não é assim que o nível de bancarização em Angola irá ser maior. Este nível será maior com serviços rápidos e com a qualidade exigida, e com produtos que abranjam todas as camadas sociais. Enfim, quem gere o sector bancário em Angola, está a ter uma visão limitada do mercado e oferece produtos de curto prazo e com custos muito elevados aos consumidores. Tem que se acabar em Angola com a mania de se pagar tudo a pronto. E para que tal aconteça as instituições bancárias e financeiras têm de oferecer produtos que possibilitem ao cidadão comum melhorar a sua qualidade de vida sem sobrecarregar o seu bolso. Tenho a certeza que o consumo aumentaria e as empresas sairiam a ganhar. Claro está, com a supervisão rigorosa de uma entidade reguladora de forma a não acontecer connosco o que aconteceu nos EUA e União Europeia. Edgar Santiago | Luanda 
http://jornaldeangola.sapo.ao/19/45/os_sistema_nos_bancos 
Imagem. A fugir à miséria. Angola, Luanda, Prov. Luanda afonsoloureiro.net

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