Pretoria (Canalmoz) - O ministro sul-africano da agricultura, Gugile Nkwinti, deseja ver aprovada legislação dentro de um ano, limitando a porção de terra que cada agricultor pode possuir. A medida, segundo Nkwinti, visa acelerar o processo de redistribuição de terras.
O ministro frisou que “a prioridade seria reter os agricultores brancos nas suas terras e assegurar que continuassem a ser produtivos”.
Até ao momento, o governo sul-africano conseguiu redistribuir apenas 7% dos 82 milhões de hectares de terras aráveis na posse de agricultores brancos a funcionar em regime comercial e que foram abrangidos pelo programa de redistribuição de terras. Ao ritmo actual, não parece ser possível que o governo venha a atingir a meta dos 30% em 2014. De acordo com Gugile Nkwinti, cerca de 1/3 das terras já redistribuídas voltaram para as mãos de agricultores brancos, o que significa que a taxa real de terras redistribuídas é de apenas 4,5%.
Em média, 9 em cada 10 propriedades agrícolas transferidas no âmbito do programa de redistribuição de terras deixaram de produzir. Uma refinaria de açúcar na província do Kwazulu-Natal foi forçada a encerrar as suas actividades pelo facto dos novos proprietários de plantações de cana sacarina terem deixado de produzir. Uma importante fazenda de citrinos na Província do Limpo, adquirida há dois anos a um agricultor privado ao abrigo do referido programa, encontra-se igualmente paralisada. O mesmo se passa como uma outra importante fazenda, esta vocacionada para a produção de leite na Província do Limpopo, ex-Transvaal.
(Redacção) 2010-09-13 08:15:00
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