Maputo
(Canalmoz) - O jurista moçambicano, Carlos Manuel Serra, lançou, ontem, o seu
primeiro livro intitulado “Da Problemática à Mudança, Rumo a um Mundo Melhor”,
na Faculdade de Arquitectura e Planeamento Físico da Universidade Eduardo
Mondlane, na cidade de Maputo.
De
acordo com o autor, o livro procura reportar a relação dos problemas do
aquecimento global das temperaturas na superfície terrestre. “O livro “Da
Problemática a Mudança, Rumo a um Mundo Melhor” explica o problema das mudanças
climáticas, onde o clima está a modificar em alguns pontos de forma elevada e
noutros cai bruscamente”, disse o autor.
Carlos
Serra disse que a mudança brusca de temperaturas no nosso país está a pôr em
causa a segurança alimentar, a elevação do nível das águas e compromete a
biodiversidade.
Sublinhou
que uma das causas de desmantelamento em Moçambique é o recurso à lenha e ao
carvão para a produção de energia. Segundo ele, é preciso tirar as pessoas da pobreza
e dar uma alternativa que passa pela resolução dos problemas básicos e de
subsistência.
“É
possível desenvolver bastante, protegendo o ambiente, desde que compreendamos e
assumamos o princípio de desenvolvimento nas dimensões económica, social e fundamentalmente
ambiental. Se optarmos nos melhores termos de energia renováveis, logicamente
energia a um preço mais barato ou acessível do que a lenha e o carvão, podemos
defender a causa ambiental”, explicou a fonte. Serra acrescentou que a
agricultura de conservação é uma das respostas a uma agricultura de
subsistência, que é feita de maneiras prejudiciais ao meio ambiente.
O
livro contribui, por exemplo, para a reflexão e enquadramento das questões do
ambiente como o desenvolvimento e a sustentabilidade, o aquecimento global e o
aumento do nível do mar, a destruição da biodiversidade, as catástrofes
naturais e provocadas pelo homem, a questão do lixo que inunda as nossas vidas,
a destruição das florestas e dos sistemas bióticos sensíveis, a agricultura e a
degradação dos solos, a questão energética, a problemática da pobreza, a
segurança nutricional.
Na
ocasião, Carlos Serra sublinhou que a causa ambiental é uma causa nobre,
devendo ser colocada uma perspectiva construtiva nas pessoas, desconstruir o
entendimento da incompatibilidade entre o proteger o ambiente e o
desenvolvimento, uma vez ser esta uma verdade que o objectivo de um
desenvolvimento sustentável tem de diminuir os perigos para o futuro,
garantindo-se o ambiente para as gerações vindouras, principalmente no que
respeita aos recursos e valores ambientais. “A educação gera mudanças, e em
Moçambique, em termos do nível de educação ambiental, ainda não estamos bem,
por isso vemos cidades destruídas, poluídas, desorganizadas, vivemos nelas mas
não queremos saber delas, porque o povo moçambicano ainda padece de um
conhecimento ambiental”, disse. (Arcénia
Nhacuahe)
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