Uma
empresária brasileira de 44 anos foi queimada viva por três criminosos que a
assaltaram e durante dois dias a torturaram e abusaram sexualmente dela no interior
do estado de Goiás, no centro-oeste do Brasil. Numa reação rápida, a polícia do
estado conseguiu prender os três assassinos e o homem que os contratou.
Por:Domingos Grilo Serrinha, Correspondente no
Brasil
Cleonice Marinho de Araújo foi cercada e
dominada pelos três homens na terça-feira, numa estrada de Valparaíso de Goiás,
a 268 km da capital do estado, Goiânia, e o seu corpo, já sem vida e totalmente
carbonizado, só foi encontrado quinta-feira, numa estrada da zona rural de
Cristalina, cidade a 90 km de Valparaíso. Durante esses dois dias, a empresária
foi repetidamente espancada e torturada pelo trio de criminosos, que abusaram
sexualmente dela repetidas vezes.
"Foram muitas horas desde que foi
sequestrada em Valparaíso de Goiás até ao momento em que foi abandonada, ainda
com vida e com o corpo todo a arder”. declarou a inspectora Karina Duarte,
chefe do Grupo de Investigação de Homicídios de Luziânia, outra cidade da
região, que comandou as investigações. Apesar de vários anos na polícia, Karina
ficou chocada com a crueldade praticada pelos três assassinos, que viviam
e foram presos em Luziânia, tal como o homem que os contratou.
Quando se cansaram de inflingir tanto
sofrimento à empresária, os suspeitos esfaquearam-na várias vezes,
tentando matá-la. Como Cleonice, apesar de tão maltratada e gravemente ferida,
continuava viva, os criminosos atearam-lhe fogo dentro do próprio veículo e
deixaram-na arder até morrer.
De acordo com a inspetora, o homem que
contratou os três assassinos tinha-lhes mandado apenas roubarem as rodas do
carro da empresária, um Renault Mégane. Apesar disso, e mesmo não tendo
participado diretamente nos abusos e na morte de Cleonice, o homem deve ser
igualmente acusado desses crimes.
Imagem: Ricardo Cabral
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