Luanda – Expirou sensivelmente no passado dia 18 do mês em
curso, o prazo (de 15 dias) dado pelo Presidente da República, José Eduardo dos
Santos, a Comissão de Inquérito – criada por si – com o fito de apurar as
verdadeiras causas que deram origem à tragédia (que provocou à morte de 13
pessoas) no dia 31 de Dezembro de 2012, no estádio da Cidadela Desportiva, em
Luanda, por ocasião da vigília do "Dia do fim", promovida pela Igreja
Universal do Reino de Deus (IURD).
Fonte:
Club-k.net
O prazo de 15 dias
dado a Comissão de Inquérito já expirou
Em
reacção ao atraso (de quatro dias) da apresentação do relatório final do
trabalho já efectuado pela referida Comissão de Inquérito – coordenada pelo
ministro do Interior, Ângelo de Veigas Tavares, tendo como coordenadora-adjunta
a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva – o Presidente do Conselho de
Administração da Fundação 27 de Maio, o general José Fragoso, asseverou que a
referida Comissão de Inquérito “não pass(a)ou de uma faixada”, uma vez que as
causas da tragédia são conhecidas.
“Passados mais de 15 dias ainda não vimos nenhum relatório, uma vez que as causas são do conhecimento público”, lamentou, defendendo que os dirigentes da igreja Universal já deviam estar sob custódio dos órgãos judiciais a fim de responderem criminalmente por terem permitido a presença de mais pessoas no local do infausto acontecimento.
“Está igreja, a meu ver, já devia fechar as portas”, frisou, realçando que o regime angolano tem “interesses obscuros” com está instituição religiosa. “Para o MPLA quanto mais igrejas (de género com ligações maçónicas) houver, em Angola, para distrair o povo, melhor”, enfatizou, recordando o Novo Testamento, no Mateus 7, versículo 15 a 24 que diz “… cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. (…)”.
José Fragoso reforçou ainda que a igreja Universal tem distraído seus crentes e a população, em geral, “aproveitando-se, abusivamente, assim da miséria e pobreza que se encontra”. Acrescentando que muitos crentes da IURD pensam que “orando os bens matérias caiem, sem qualquer esforço, do céu”.
De acordo com o também vice-presidente instituidor da Fundação 27 de Maio, a igreja é uma instituição que serve para moralizar as pessoas. “Também serve para incutir na mente das pessoas a coabitação pacífica e, sobretudo, a coesão familiar”, disse, continuando que tirando as tradicionais, nomeadamente a Católica e Metodista, as restantes igrejas têm estado a dividir as famílias angolanas.
“Inclusive há uns que detectam feiticeiros, dizendo aos seus sequazes que não têm boas vidas porque são perseguidos pelos pais, tios, ou mesmo, irmãos”, contou, alertando que isso não é o papel da igreja. “Porque a mensagem que os bispos da IURD transmitem visa somente para os bens matérias”, justificou.
José Fragoso acredita que se Angola tivesse um “governo sério” a igreja Universal já teria as portas fechadas. “Porque só a propaganda enganosa – que dizia acabar com a miséria, pobreza, doenças, etc. – é prova suficiente para encerrar as portas da IURD como aconteceu em Moçambique”, esclareceu, dizendo que foi graça a está propaganda enganosa que milhares pessoas fluíram o local da tragédia.
Em gesto de remate, o também escritor – dos livros: O Meu Testemunho, a purga do 27 de Maio de 1977 e as suas consequências trágicas e Comandante Nito Alves, a última vítima do MPLA no século XX – narrou que o filho da sua ex-colega de nome Luísa Agostinho Neto (irmã do 1º Presidente de Angola), que trabalhava no Hospital Sanatório de Luanda, ficou mais pobre porque vendeu tudo, inclusive a casa, para dar a IURD. “Ele pensava que quanto mais dinheiro metia no balaio mais ia buscar”, revelou, questionando “mas, ia buscar aonde? Do céu não vem dinheiro!”
Por outro lado, José Fragoso afirmou que Deus só ajuda quando a pessoa se esforça trabalhando. “Dai Ele abre uma janela de prosperidade, porque você pode se fechar numa casa e ficar a orar durante anos e anos, nunca vai entrar uma nota de mil kwanzas sequer dentro da casa. É preciso trabalhar”.
De realçar que, segundo uma nota da Casa Civil da Presidência da República, datada de 1 de Janeiro, distribuída à imprensa no dia 03, dizia que referida comissão seria, ou melhor, é coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo de Veigas Tavares, tendo como coordenadora-adjunta a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva.
A mesma integra os ministros da Administração do Território, Bornito de Sousa, da Justiça, Rui Mangueira, da Saúde, José Van-Dúnem, da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, e o governador da província de Luanda, Bento Bento.
A comissão é apoiada por um grupo técnico, coordenado pelo secretário de Estado do Interior, integrando representantes das entidades supracitadas, e deve apresentar o relatório do resultado dos seus trabalhos ao Presidente da República no prazo de 15 dias.
Durante a vigília do "Dia do Fim", as forças da Polícia Nacional e do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergências Médicas (INEMA) transferiram 114 pessoas para os hospitais Américo Boavida, Josina Machel, Prenda e Maternidade Lucrécia Paim, onde 13 pessoas, entre as quais três crianças, morreram.
“Passados mais de 15 dias ainda não vimos nenhum relatório, uma vez que as causas são do conhecimento público”, lamentou, defendendo que os dirigentes da igreja Universal já deviam estar sob custódio dos órgãos judiciais a fim de responderem criminalmente por terem permitido a presença de mais pessoas no local do infausto acontecimento.
“Está igreja, a meu ver, já devia fechar as portas”, frisou, realçando que o regime angolano tem “interesses obscuros” com está instituição religiosa. “Para o MPLA quanto mais igrejas (de género com ligações maçónicas) houver, em Angola, para distrair o povo, melhor”, enfatizou, recordando o Novo Testamento, no Mateus 7, versículo 15 a 24 que diz “… cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. (…)”.
José Fragoso reforçou ainda que a igreja Universal tem distraído seus crentes e a população, em geral, “aproveitando-se, abusivamente, assim da miséria e pobreza que se encontra”. Acrescentando que muitos crentes da IURD pensam que “orando os bens matérias caiem, sem qualquer esforço, do céu”.
De acordo com o também vice-presidente instituidor da Fundação 27 de Maio, a igreja é uma instituição que serve para moralizar as pessoas. “Também serve para incutir na mente das pessoas a coabitação pacífica e, sobretudo, a coesão familiar”, disse, continuando que tirando as tradicionais, nomeadamente a Católica e Metodista, as restantes igrejas têm estado a dividir as famílias angolanas.
“Inclusive há uns que detectam feiticeiros, dizendo aos seus sequazes que não têm boas vidas porque são perseguidos pelos pais, tios, ou mesmo, irmãos”, contou, alertando que isso não é o papel da igreja. “Porque a mensagem que os bispos da IURD transmitem visa somente para os bens matérias”, justificou.
José Fragoso acredita que se Angola tivesse um “governo sério” a igreja Universal já teria as portas fechadas. “Porque só a propaganda enganosa – que dizia acabar com a miséria, pobreza, doenças, etc. – é prova suficiente para encerrar as portas da IURD como aconteceu em Moçambique”, esclareceu, dizendo que foi graça a está propaganda enganosa que milhares pessoas fluíram o local da tragédia.
Em gesto de remate, o também escritor – dos livros: O Meu Testemunho, a purga do 27 de Maio de 1977 e as suas consequências trágicas e Comandante Nito Alves, a última vítima do MPLA no século XX – narrou que o filho da sua ex-colega de nome Luísa Agostinho Neto (irmã do 1º Presidente de Angola), que trabalhava no Hospital Sanatório de Luanda, ficou mais pobre porque vendeu tudo, inclusive a casa, para dar a IURD. “Ele pensava que quanto mais dinheiro metia no balaio mais ia buscar”, revelou, questionando “mas, ia buscar aonde? Do céu não vem dinheiro!”
Por outro lado, José Fragoso afirmou que Deus só ajuda quando a pessoa se esforça trabalhando. “Dai Ele abre uma janela de prosperidade, porque você pode se fechar numa casa e ficar a orar durante anos e anos, nunca vai entrar uma nota de mil kwanzas sequer dentro da casa. É preciso trabalhar”.
De realçar que, segundo uma nota da Casa Civil da Presidência da República, datada de 1 de Janeiro, distribuída à imprensa no dia 03, dizia que referida comissão seria, ou melhor, é coordenada pelo ministro do Interior, Ângelo de Veigas Tavares, tendo como coordenadora-adjunta a ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva.
A mesma integra os ministros da Administração do Território, Bornito de Sousa, da Justiça, Rui Mangueira, da Saúde, José Van-Dúnem, da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, e o governador da província de Luanda, Bento Bento.
A comissão é apoiada por um grupo técnico, coordenado pelo secretário de Estado do Interior, integrando representantes das entidades supracitadas, e deve apresentar o relatório do resultado dos seus trabalhos ao Presidente da República no prazo de 15 dias.
Durante a vigília do "Dia do Fim", as forças da Polícia Nacional e do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros e do Instituto Nacional de Emergências Médicas (INEMA) transferiram 114 pessoas para os hospitais Américo Boavida, Josina Machel, Prenda e Maternidade Lucrécia Paim, onde 13 pessoas, entre as quais três crianças, morreram.
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