Luanda
– O juiz-presidente da 6º Sessão de Crimes Comuns do
Tribunal Provincial de Luanda, Carlos Baltazar, procederá no passado dia 18/01,
à leitura da sentença dos cinco indivíduos supostamente envolvidos no rapto da
cidadã, Fátima “Mimi” Bembe, filha do secretário de Estado para o Direitos
Humanos, António Bento Bembe.
Fonte: O País. Club-k.net
Fonte: O País. Club-k.net
A leitura do acórdão estava marcada para o dia
16/01, mas foi transferida para o dia 18, pelo facto de os funcionários dos
serviços prisionais não terem encaminhado os reclusos, entre eles duas
mulheres, ao tribunal.
O representante do Ministério Público revelou, durante a audiência das alegações finais realizadas que os raptores exigiram ao governante o pagamento de 500 mil dólares em troca de libertação da sua filha. Desde montante, Bento Bembe procedeu ao depósito de 100 mil dólares, que terá sido repartido entre alguns dos réus. A própria vítima terá recebido 25 mil dólares.
A jovem, de 28 anos, que se encontrava a frequentar o terceiro ano do curso superior de Medicina, numa das faculdades de medicina de Kinshasa, República Democrática do Congo, terá participado de todo a trama com o intuito de conseguir algum dinheiro para ajudar o seu noivo a custear o casamento.
Ela terá sido motivada a praticar tal acto pelo facto de o seu progenitor não se ter mostrado disponível a custear o casamento, porque o genro pertence a uma família de baixo nível económico.
Segundo as alegações do Ministério Público, “Mimi” Bembe ter-se-á sentido obrigada a proceder deste jeito pela suposta postura pouco branda que o seu progenitor havia assumido. Consta que a razão terá sido o fracassado casamento de uma outra filha, cuja cerimónia matrimonial e o copo de água terá custado elevadas somas monetárias, pelo facto da família do noivo ter as mesmas condições financeiras.
As investigações desencadeadas pelos peritos da Interpol (Polícia Internacional) e da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) revelaram que a jovem terá sido uma das principais mentoras do crime e por esta razão esteve inicialmente entre os detidos.
O namorado da jovem, que foi arrolado no processo em julgamento e continua em Kinshasa, revelou que ela, segundo a pronuncia, exigiu-lhe que se comprometesse a fazer de tudo para que a sua participação não fosse revelada caso o crime fosse descoberto. Mas, inconformado, o político endereçou uma carta ao Tribunal pedindo que ela fosse solta com base num pressuposto legal, o que veio a acontecer.
Para evitar qualquer injustiça, o Ministério Público propôs que três dos cinco réus sejam postos em liberdade, por não ter sido encontrada qualquer prova que os incriminasse e que a proprietária da conta bancaria, onde foi depositado os valores, fosse condenada a fazer o reembolso. E que também cumprisse uma pena que pudesse ser convertida a pagamento de dinheiro.
O advogado de defesa dos réus, José Carlos, protestou alegando que todos devem ser mandados em liberdade para evitar que haja conflitos entre a jurisprudência e a justiça.
A suposta vítima foi resgatada bastante débil na localidade de Kimpezi, República Democrática do Congo, alguns dias depois. Regressou a Angola em companhia das autoridades policiais e dos seus familiares.
Na altura em que desapareceu foram divulgados pormenores, como o nome e idade, bem como as circunstâncias e o responsável ou responsáveis pelo sequestro. Na ocasião, Bento Bembe confirmou o rapto da filha, mas não revelou as razões do sequestro. “Confirmo a situação mas, neste momento, ainda não posso dizer nada”, afirmou na altura o governante angolano.
Um porta-voz de Nzita Tiago, dirigente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda – Força Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), afirmou, na oportunidade, ter conhecimento do caso, mas também recusou qualquer envolvimento. “Nós não fazemos isso”, frisou o porta-voz de Nzita Tiago.
António Bento Bembe, figura histórica da resistência cabindesa, foi o principal protagonista do Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação na Província de Cabinda, assinado entre o governo de Luanda e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD), a 01 de Agosto de 2006. Após a assinatura deste documento, o até então líder do FCD passou a integrar o governo na qualidade de secretário do Estado para os Direitos Humanos.
O representante do Ministério Público revelou, durante a audiência das alegações finais realizadas que os raptores exigiram ao governante o pagamento de 500 mil dólares em troca de libertação da sua filha. Desde montante, Bento Bembe procedeu ao depósito de 100 mil dólares, que terá sido repartido entre alguns dos réus. A própria vítima terá recebido 25 mil dólares.
A jovem, de 28 anos, que se encontrava a frequentar o terceiro ano do curso superior de Medicina, numa das faculdades de medicina de Kinshasa, República Democrática do Congo, terá participado de todo a trama com o intuito de conseguir algum dinheiro para ajudar o seu noivo a custear o casamento.
Ela terá sido motivada a praticar tal acto pelo facto de o seu progenitor não se ter mostrado disponível a custear o casamento, porque o genro pertence a uma família de baixo nível económico.
Segundo as alegações do Ministério Público, “Mimi” Bembe ter-se-á sentido obrigada a proceder deste jeito pela suposta postura pouco branda que o seu progenitor havia assumido. Consta que a razão terá sido o fracassado casamento de uma outra filha, cuja cerimónia matrimonial e o copo de água terá custado elevadas somas monetárias, pelo facto da família do noivo ter as mesmas condições financeiras.
As investigações desencadeadas pelos peritos da Interpol (Polícia Internacional) e da Direcção Nacional de Investigação Criminal (DNIC) revelaram que a jovem terá sido uma das principais mentoras do crime e por esta razão esteve inicialmente entre os detidos.
O namorado da jovem, que foi arrolado no processo em julgamento e continua em Kinshasa, revelou que ela, segundo a pronuncia, exigiu-lhe que se comprometesse a fazer de tudo para que a sua participação não fosse revelada caso o crime fosse descoberto. Mas, inconformado, o político endereçou uma carta ao Tribunal pedindo que ela fosse solta com base num pressuposto legal, o que veio a acontecer.
Para evitar qualquer injustiça, o Ministério Público propôs que três dos cinco réus sejam postos em liberdade, por não ter sido encontrada qualquer prova que os incriminasse e que a proprietária da conta bancaria, onde foi depositado os valores, fosse condenada a fazer o reembolso. E que também cumprisse uma pena que pudesse ser convertida a pagamento de dinheiro.
O advogado de defesa dos réus, José Carlos, protestou alegando que todos devem ser mandados em liberdade para evitar que haja conflitos entre a jurisprudência e a justiça.
A suposta vítima foi resgatada bastante débil na localidade de Kimpezi, República Democrática do Congo, alguns dias depois. Regressou a Angola em companhia das autoridades policiais e dos seus familiares.
Na altura em que desapareceu foram divulgados pormenores, como o nome e idade, bem como as circunstâncias e o responsável ou responsáveis pelo sequestro. Na ocasião, Bento Bembe confirmou o rapto da filha, mas não revelou as razões do sequestro. “Confirmo a situação mas, neste momento, ainda não posso dizer nada”, afirmou na altura o governante angolano.
Um porta-voz de Nzita Tiago, dirigente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda – Força Armadas de Cabinda (FLEC-FAC), afirmou, na oportunidade, ter conhecimento do caso, mas também recusou qualquer envolvimento. “Nós não fazemos isso”, frisou o porta-voz de Nzita Tiago.
António Bento Bembe, figura histórica da resistência cabindesa, foi o principal protagonista do Memorando de Entendimento para a Paz e Reconciliação na Província de Cabinda, assinado entre o governo de Luanda e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD), a 01 de Agosto de 2006. Após a assinatura deste documento, o até então líder do FCD passou a integrar o governo na qualidade de secretário do Estado para os Direitos Humanos.
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