– confirma o Comandante Distrital da PRM no Dondo, Sérgio Azevedo. Enquanto isso, o chefe de Relações Públicas da Polícia em Sofala, Feliciano Dique, queixa-se de falta de efectivo policial para patrulhar os bairros, numa situação em que, segundo ele, “a polícia comunitária pouco ajuda nesse sentido”
Dondo (Canalmoz) – Os assaltantes pilham, ferem e matam dia e noite com recurso a catanas nos bairros Concito e Nhamaiabue, no distrito do Dondo, a 30 quilómetros da cidade da Beira, na província de Sofala. As ocorrências, segundo relataram alguns munícipes ao Canalmoz, devem-se à ausência da Polícia.
Em contacto com o Canalmoz, Mónica Cipriano disse que ela e mais residentes dos bairros onde os criminosos implementam as suas leis à margem da ordem social, estão entregues ao destino, uma vez que não existe algum período de dia em que não estejam ameaçados.
“Aqui no bairro de Concito não há patrulha da Polícia. Aos munícipes são roubados seus bens, são feridos e até mortos por assaltantes. O que se vive no bairro de Concito é muito triste”, desabafa.
Um outro munícipe de nome Alberto Jeque, de 39 anos de idade, comerciante do mercado de Nhamaiabue, disse também que os referidos assaltos já foram várias vezes denunciados junto do comando distrital da Polícia, mas até ao presente momento nada se fez para contornar a situação.
Alberto Jeque disse não compreender como é que a Polícia só patrulha os locais iluminados, como por exemplo os restaurantes, as lojas, entre outros.
O chefe de Relações Públicas da Polícia em Sofala, Feliciano Dique, minimiza a situação descrita pelos munícipes ao declarar que os tais assaltos com recurso a catanas têm vindo a reduzir. E chama ao que ele próprio diz ser o desempenho da Polícia, “sucesso”. Quando a população se queixa ele refere que “o sucesso deve-se às operações policiais”. Ao tentar provar que a criminalidade está a diminuir, Dique disse que “no primeiro semestre do ano passado o distrito registou 357 casos, contra 296 do semestre deste ano”. “Houve uma redução de 61 casos”, acentua.
Porém, Dique admitiu que no distrito de Dondo a corporação enfrenta dificuldades para garantir a ordem, segurança e tranquilidades públicas. E justifica-se: “Um dos obstáculos é a falta de efectivo policial para patrulhar os bairros”.
“A polícia comunitária”, segundo o interlocutor, “pouco ajuda nesse sentido”.
Refira-se que a Polícia Comunitária não é profissional. É um corpo de voluntários.
Por seu turno, o comandante distrital do Dondo, Sérgio Azevedo, reconheceu a situação dos “assaltos com recurso a catanas”, ao afirmar que os mesmos se verificam com maior incidência “nos bairros de Concito e Nhamaiabue”. “Os mentores são jovens oriundos do próprio distrito e arredores, com idades compreendidas entre os 18 e 30 anos”, acusa directamente enquanto a população se queixa de que a Polícia não actua para resolver o problema.
(Conceição Vitorino) 2010-08-03 07:32:00
Imagem: geographicae.wordpress.com
A POLICIA NACIONAL UMA DAS VEZ TEM TIDO CULPA POR ESTES ROUBOS BANCÁRIOS PORQUE EM ALGUNS PERIFERIA
ResponderEliminarTEM ESTADO AUSENTE PARA SALVAGUARDAR A TRANQUILIDADE DO POVO E DOS MESMO BANCOS...O ANÓNIMO?