Maputo (Canalmoz) – Maputo e Luanda, cidades capitais de Angola e Moçambique, enfrentam os mesmos problemas de ausência de planeamento territorial que gera assentamentos desordenados, aumento do comércio informal e jovens desempregados, constatam os representantes dos parlamentos angolano e moçambicano, num encontro para troca de experiências em Maputo.
Os partidos no poder em Moçambique e Angola sempre estiveram no poder depois das respectivas independências, sendo a responsabilidade do que agora acabam de concluir os parlamentares, precisamente o resultado da governação da Frelimo e do MPLA.
O presidente do Parlamento Nacional de Angola, António Paulo Kassoma, deputado pelo MPLA, manteve ontem um encontro com a governadora da cidade de Maputo, Lucília Hama, no âmbito da visita que aquele parlamentar efectua a Moçambique desde segunda-feira última, com o término previsto para amanhã.
Na “troca de experiências” sobre a gestão das cidades, os dois governantes reconheceram que os problemas acima alistados resultam do crescimento desordenado das urbes, algo que deturpa a estética das cidades.
António Kassoma, que se faz acompanhar por vários deputados angolanos, disse que a cidade de Maputo é tranquila e tem muitas coisas em comum com Luanda. Ele sugere que os governos dos dois países devem manter contactos permanentes de modo a criarem mecanismos conjuntos de minimizar os empecilhos apontados.
Tudo com vista a melhorar a estética das urbes e desenvolvê-las.
Apesar dos problemas estéticos reconhecidos, o presidente do Parlamento angolano disse que Luanda está a conhecer e a melhorar o seu ordenamento territorial. Atribui ao êxodo rural, como consequência fim da guerra, o caos em alguns locais. Diz que há estratégias em curso para regular o crescimento desordenado em Luanda, antes que se agrave. Não referiu quais.
Comércio informal
Em relação ao comércio informal nas capitais de Angola e Moçambique, a preocupação manifestada visa a existência de muitas mulheres envolvidas nessa actividade devido à pobreza. António Kassoma encara o facto dessas mesmas mulheres exercerem tal actividade, levando crianças às costas, como “prejudicial à saúde infantil”.
A solução sugerida para o cenário é a formalização desse negócio sem prejudicar qualquer que seja o praticante, mesmo para o caso em que haja renitentes em abandonar a venda informal sob diversas alegações.
Por sua vez, a governadora da província Maputo-cidade que tem os mesmos limites territoriais do Município de Maputo, apontou vários problemas, entre eles, o deficitário sistema de saneamento do meio. Ela cingiu-se a esta vertente por considerar que contribui para eclosão de doenças, “principalmente na época chuvosa”.
(António Frades) 2010-08-26 07:56:00
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