sábado, 14 de agosto de 2010

Julgamento de Charles Taylo. Graça Machel citada durante acareação da modelo britânica


Pretória (Canalmoz) - Prossegui ontem no Tribunal Internacional de Crimes de Guerra em Haia o julgamento do antigo presidente liberiano, Charles Taylor. O ex-chefe de Estado da Libéria é acusado de 11 crimes, incluindo a instigação de assassínio, violação, mutilação e de transformação de crianças em soldados. Pesa ainda sobre Taylor a acusação de ter utilizado diamantes para financiar a guerra na Libéria.

Na sessão de ontem, a modelo britânica, Noami Campbell, admitiu perante o tribunal ter recebido diamantes entregues por dois agentes do ex-chefe de Estado liberiano. O caso passou-se em Setembro de 1997, quando Campbell encontrava-se de visita à África do Sul a convite do Presidente Nelson Mandela.

Depondo perante o tribunal, Campbell disse que após um jantar na residência oficial de Mandela, dois homens bateram à porta do quarto da modelo, tendo-lhe entregue um saco contendo diamantes, oferta de Charles Taylor. O então presidente liberiano era um dos convidados presentes ao jantar oferecido por Nelson Mandela. Da lista de convidados constavam individualidades como a viúva do primeiro presidente moçambicano, Graça Machel, o compositor americano, Quincy Jones, a estrela de cinema Mia Farrow, entre outros.

Nas declarações perante o colectivo de juízes que está a julgar Taylor, Noami Campbell negou que Graça Machel tivesse levantado objecções pelo facto de Charles Taylor contar-se entre os convidados ao jantar. Campbell desmentiu versões que haviam circulado de que Graça Machel, em protesto contra a presença de Charles Taylor, teria alegadamente abandonado o local onde decorria o jantar.

Fotografias tiradas por ocasião do jantar na residência oficial do presidente sul-africano mostram o Mandela e Graça Machel ladeados de Charles Taylor e Quincy Jones.

(Redacção) 2010-08-06 09:32:00

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